O Texto Como Complexidade De Compreensão
Por JOSE JAILSON | 07/08/2008 | Educação1 INTRODUÇÃO
Os textos vêm sendo expostos principalmente em concursos e vestibulares em grandes estilos, contudo, sua função esteja mais para apavorar do que para debruçar pelo encantamento das belas palavras devido os questionários, cujas, opções para respostas são remetidas em alternativas de escolhas.
Com esse foco é necessário que haja uma compreensão papável e, sobretudo, "instantânea", uma vez que, há tempo determinado para solucionar as referidas questões. É neste mesmo contexto, que ainda, o individuo precisa de fato refletir sobre o texto como um todo, desde a visão social quanto psicológica numa dimensão que perpetua vários olhares despertando a criticidade.
Sabe-se que o Ensino de Língua Portuguesa, por vezes é desprestigiado dentro do âmbito escolar devido às classes muito numerosas, o ensino puramente gramatical, textos com perguntas de respostas óbvias, leituras feitas sem objetivos e sem momento reflexivo de provocação do alunado, ou seja, esses fatores determinam coerentemente a complexidade diante de um concurso ou vestibular, isto de fato, interfere diante da compreensão mútua ao dar a resposta correta.
Neste Artigo, pretende-se enfatizar através de estudiosos algumas justificativas que conduz sistematicamente os textos para um entendimento propicio a informatividade e ao crescimento intelectual, social e cultural do individuo.
2 REFERENCIAL TEÓRICO
O texto dentro de sua singularidade é foco de grandes complexidades e a compreensão para discernir as idéias principais provoca extremamente caos irreparáveis.
A função primordial de um texto é transmitir informações, embora nem sempre essas informações sejam conduzidas com seriedade e autenticidade, pois seu caráter que caracteriza-se através de reflexões distanciam-se do que é esperado, ou seja, não há uma verdade critica sobre o que ele expressa.
A partir deste paradoxo, Costa Val (1999), afirma que um texto com baixo poder informativo, que não fornece os elementos indispensáveis a uma interpretação livre de ambigüidades, ou que se limita a repetir coisas que nada somam à experiência do recebedor, tem como efeito desorientá-lo, isto é, o texto por ser o "centro" ou simplesmente sinônimo das informações muitas vezes desnorteia o leitor justamente pelo baixo nível de informação permitindo que repetições de palavras e intenções sejam desnecessárias trazendo para o mesmo (LEITOR) desinteresse e desmotivação, uma vez que, elementos que proporcionariam uma compreensão ampla tornam-se supérflua.
O exemplo desta argumentatividade é o texto de Quintana (1979), "Conto de Todas as Cores".
Eu já escrevi um conto azul, vários até. Mas este é o conto de todas as cores. Porque era uma vez um menino azul, uma menina verde, um negrinho dourado e um cachorro com todos os tons e entretons do arco- íris.
Até que parece uma comissão de doutores – os quais, por mais que esfregassem os nossos quatro amigos, viram que não adiantaram. E perguntaram se aquilo era de nascença ou se...
_ Mas nós não nascemos _ interrompeu o cachorro.
_ Nós fomos inventados!
O texto não precisa ser necessariamente pequeno ou grande demais para que uma informação seja transmitida coerentemente, onde a reflexão consiste nos aspectos da sociedade mediante realidade em que vive o individuo. Textos, como este de Quintana, deixa claro, ou seja, não possui uma relevância abrangente de idéias, pelo contrário, é baixo o seu nível de informatividade em que está inserido no contextualismo.
Na sala de aula, todo professor deseja que seus educandos participem acidamente da reflexão textual compartilhando da compreensão coletiva, para então, construir respectivamente a opinião. Diante desta concepção, pode-se até "imaginar" os tipos de questionários para este texto, uma vez que, não traz informação para o crescimento intelectual do leitor. Exemplo:
1 De que fala o texto?
2 Quais os personagens do texto?
3 O narrador participa do enredo?
Questões como estas é típica para alunos até de 6ª série. E o mesmo texto para outras turmas seria basicamente o seguinte questionário:
1 Reflita sobre o título do texto.
2 Quais os elementos indispensáveis para não perder uma amizade?
3 Há presença de preconceitos?
Na verdade, perguntas desta natureza dimensionam concepções cansativas que estão no habitual do individuo. Questões como estas não permitem avanço intelectual, do contrário, como é de rotina estas perguntas, tornam-se cansativas e desprezíveis, isto é, não há motivação e nem desenvoltura em continuar entusiasmado para ir estudar ou ir à escola. Sua dimensão é também limitada e sua expressividade enfoca essa situação.
A compreensão textual não possui uma regra que determina como devemos entender um texto, isto porque, nos dá liberdade de viajarmos nas palavras, e com isso, construir um novo texto. Acontece que nem sempre o texto proporciona uma visão ampla dos fatos abordados e daí a explicação sucinta para a complexidade de compreensão.
O PCN de Língua Portuguesa (1998), vem analisando os textos escritos (...) que na grande maioria são curtos, às vezes apenas fragmentos de um texto maior _ sem unidade semântica e / ou estrutura, simplificados em alguns casos, até o limite da indigência. Ocorre neste contexto, que com essa simplificação, os textos perdem grande essência e a complexidade existente torna-se fluente e visível nas entrelinhas.
Na verdade, textos neste aspecto, são empregados para dificultar o leitor diante de uma prova, onde o tempo determinado não é acessível para interpretar tanto o contexto quanto as questões propostas, principalmente quando essas questões advêm de opções semelhantes. Quando isto ocorre, as dificuldades são mais presentes e concretas. É nesta finalidade que textos fragmentados são expostos nas salas de aulas quando o objetivo resulta em não aprovar o aluno, ou então, nos vestibulares ou concursos. A maioria das pessoas que vão submeter-se a este tipo de exame de "conhecimento" fica atordoados psicologicamente devido as questões perfeitamente elaboradas e a "pressão" de ter que passar na PROVA, e enfrentar este desafio é sem dúvida, verdadeiros objetos do trauma.
Outra especificidade consiste na má preparação dos alunos para desafiar com exatidão os rumos que levam ao fracasso, mediante a prova, com a função de obter um futuro de sucesso.
Geraldi (2003), alerta que sem fazer a critica verdadeira e histórica do saber que coloca aos alunos, a escola considera tudo e muitas vezes baseado em preconceitos, ignorâncias, verdades incontestáveis, dogmáticas. Com essa problemática, a escola permite que alunos sejam alienados por não serem condutores da dimensão abrangente do conhecimento, isto é, despercebidos, aceitam informações transmitidas por professores como verdade absolutas e universais e contestar nesta singularidade é extremamente fora de cogitação.
Para fazer uma compreensão de texto adequada deve-se ter por base hábito da leitura de análise Crítica do texto, pois, é a partir daí que o leitor realiza um trabalho ativo de compreensão e produção, ou seja, sem este hábito, a complexidade é muito maior.
3 METODOLOGIA
A partir da expectativa de chegar à compreensão da complexidade dos textos, foram realizadas algumas análises fundamentadas nas concepções dos indivíduos (alunos – professores). Para orientação de resultados mediante a investigação desta demanda.
Vendo esta conflituosidade entre leitor e texto resultante de uma interpretação embaraçada, compreende-se que a metodologia usada na escola muitas vezes não influi e não contribui para desenvolver a criticidade que até então é necessária quando então, não motiva o aluno a pensar e fazer comentários sobre suas abordagens. Não há uma preparação, nem tão pouco um incentivo que desperte o indivíduo para os fatores intelectuais, mas quando é forçado a submeter-se a essa postura, percebe-se que as idéias são limitadas e sem fundamentação, onde justifique sua expressividade. Transformar nossos modos de ensinar implica, além da busca teórica, redefinir um conjunto de valores que englobam não só a questão da educação, mas na forma de pensar o mundo em geral. (SUASSUNA, 1995), confirma a expressividade.
4 CONCLUSÃO
Este artigo visou compreender o texto dentro da sua complexidade influenciada pela escola sob a responsabilidade do professor enquanto motivador da aprendizagem, e da criticidade.Analisando o posicionamento dos estudiosos, constatou-se difícil do que se possa imaginar, isto porque, a maioria são fragmentados e restritos para expansão de olhares críticos.
Ressalta também a complexidade textual nos vestibulares, e concursos, onde os indivíduos se deparam atordoados com esta demanda desesperando – se com os questionários dos respectivos textos, onde o fator, ensino médio, é alvo de má preparação para lhe dar com a situação presente.
Em fim, os textos são apregoados com finalidade de confundir e causar pânico, e como o aluno, professor, e entre outras pessoas não estão prontos para lhe dar com situação, ficam as margens de apavoramento trazendo para si diversas conseqüências como depressão e estresse, que são as principais, e então, chegam a fracassar.
5 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BRASIL, Parâmetros Curriculares Nacionais. Língua Portuguesa. Brasília: MEC/SEF, 1998
COSTA VAL, Maria das Graças. Redação e textualidade. 2ªed. São Paulo: Martins fontes, 1999
GERALDI, João Wanderley (Org.). O Texto na Sala de Aula. 3ªed. São Paulo: Ática, 2003
QUINTANA, Mário. A Vaca e o Hipogrifo. 3ªed. Porto Alegre: L&PM, 1979
SUASSUNA, Lívia. Ensino da Língua Portuguesa. São Paulo: Papirus, 1995