O SUJEITO DA PRÁTICA EDUCACIONAL DIANTE DA ATIVIDADE LÚDICA

Por sirlene mendes gomes | 18/10/2012 | Educação

sirlene mendes gomes

silvane mendes de jesus

Resumo

Educar não se limita a repassar informações ou mostrar apenas um caminho, aquele caminho que o professor considera o mais correto, mas é ajudar a pessoa a tomar consciência de si mesma, dos outros e da sociedade. É aceitar-se como pessoa e saber aceitar os outros. É oferecer várias ferramentas para que a pessoa possa escolher entre muitos caminhos, aquele que for compatível com seus valores, sua visão de mundo e com as circunstâncias adversas que cada um irá encontrar. Educar é preparar para a vida (KAMI, 1991, p. 69).

O sujeito da pratica educacional que não sabe brincar ou não gosta de brincadeiras dificilmente desenvolverá a capacidade lúdica em seus alunos, pois o professor que não gosta de brincar, facilmente será identificado pelas crianças, antes de lidar com a ludicidade do aluno, é necessário que o professor desenvolva a sua própria.

Para Maluf (2003, p. 20), “brincar é uma forma mais perfeita para perceber a criança e estimular o que ela precisa aprender”.

O professor é uma figura importante, para esse processo de desenvolvimento, portanto é necessário que o mesmo tenha espírito aberto para as brincadeiras, reconhecendo a sua importância enquanto fator de desenvolvimento da criança.

Muitas das dificuldades apresentadas pelos alunos podem ser facilmente sanadas no âmbito da sala de aula, bastando para isto, que o professor esteja atento, e mais consciente da sua responsabilidade como educador e despenda mais esforço e energia para ajudar a aumentar o potencial motor, cognitivo e afetivo do aluno (OLIVEIRA, 1997, p. 108).

É de total relevância que o educador descubra e trabalhe as dimensões lúdicas que existe em sua essência, de forma que venha aperfeiçoar a sua prática pedagógica, como também será necessário que o professor tenha amor em tudo que faz, e que goste de brincar com seus alunos, pois de nada vai adiantar um educador que goste de jogos e brincadeiras, e no seu cotidiano escolar, não trabalha o lúdico com seus alunos.

Na opinião de Severino (1991, p. 124), “os profissionais das escolas infantis precisam manter um comportamento ético para com as crianças, não permitindo que estas sejam expostas ao ridículo ou que passem por situações constrangedoras”.  

O sujeito da prática educacional deve sugerir diferentes formas de brincadeiras para a construção e socialização de um conjunto de alunos, observando e respeitando as diferenças de cada criança e também deve intervir sempre que necessário, mostrando para a maneira mais justa e correta de brincar em grupo.

É preciso que os profissionais de educação infantil tenham acesso ao conhecimento produzido na área da educação infantil e da cultura em geral, para repensarem sua prática, se reconstruir enquanto cidadãos e atuarem enquanto sujeitos da produção de conhecimento. E para que possam, mais do que “implantar” “currículos “ou” aplicar” propostas à realidade da creche/pré-escola em que atuam, efetivamente participar da sua concepção, construção e consolidação. (KRAMER, 1982 apud BRASIL, 1996, p. 19).

Desse modo é muito importante que o educador tenha conhecimento dos saberes que a criança construiu na sua vivencia no ambiente familiar e sociocultural, para oferecer sua proposta pedagógica de qualidade. 

Planejar atividades, fazer uma boa organização do trabalho possibilita ao educador ter uma direção nas coisas que se propõe a fazer, bem como oferece segurança às crianças, permitindo-lhes desde muito pequenas a compreensão de que vivemos num mundo organizado, onde as coisas acontecem numa sucessão do tempo: antes, durante e depois. (DORNELLES E HORN, 1998, p. 111).

 Sobre esse aspecto o profissional da educação deve buscar ampliar seus conhecimentos a fim de adequá-los à práxis cotidiana, como também será necessário que o educador crie um clima de total confiança, ou seja, um ambiente aconchegante, agradável, estimulante e prazeroso, para que a criança possa se soltar, livrando-se da timidez e de outras dificuldades. Pois o mesmo deve estar sempre atendo para as capacidades, dificuldades das crianças, para que assim possam ser oferecidos materiais diversificados e adequados, garantindo o desenvolvimento sadio da criança.

Organizar situações de aprendizagem adequadas à criança de quatro a seis anos a partir da compreensão de que vivem um processo de ampliação de experiências com relação à construção das linguagens e dos objetos de conhecimento, considerando o desenvolvimento, em seus aspectos afetivo, físico, psico-social, cognitivo e lingüístico. (BRASIL, 2000).

Um professor deve possibilitar a todos os alunos o acesso ao jogo, aos brinquedos e as brincadeiras, criando um espaço de convivência que propicie interações espontâneas e prazerosas, promovendo o uso de objeto lúdico enquanto atividade facilitadora do desenvolvimento global da criança, ensinando através das atividades lúdicas, regras de civismo e convivência.