O Sonho de Gaby

Por Anyelle Akila Aparecida Rodrigues De Sousa | 24/02/2016 | Literatura

Meu nome é Gaby, tenho seis anos,

Meu sonho é ter um cachorro, mas mamãe não quer me dar um,

diz que nossa casa é pequena, e que não terá espaço para ele,

Entendo que ela é pequena, mas eu só queria ter um amigo.

Antes papai era meu grande amigo;

Mas agora ele não está mais comigo.

Mamãe disse que ele foi pintar as nuvens do céu, pois papai é pintor;

Me disse que um dia iremos visitá-lo, mas ela não sabe quando.

Sinto falta dele, pois andávamos de bicicleta todas as tardes,

Mamãe não pode ir comigo, me diz que precisa trabalhar;

Por isso todas as tardes eu tenho que ficar na casa da vovó.

A vovó é legal mas não brinca comigo, pois precisa fazer seus bordados.

Vovó sabe que eu quero ter um cãozinho,

Me pediu para ter calma e esperar um pouquinho;

Não sei o que ela irá aprontar;

Mas me prometeu que meu sonho vai se realizar.

Vó Laura é muito misteriosa;

Por isso me deixa tão curiosa;

Não sei o que ela está aprontando

Mas já estou imaginando.

Hoje vovó falou com a mamãe quando ela veio me trazer,

Disse para ela me deixar ter um animalzinho de estimação,

Mas mamãe não gostou da ideia não.

Fiquei triste e fui falar com a vovó depois que a mamãe saiu;

Então ela me disse para ficar tranquila que tudo iria dar certo;

Me convidou para um passeio e eu aceitei.

Pegamos um ônibus e perguntei para onde estávamos indo;

Vovó me disse que iríamos  á casa de uma velha amiga;

Andamos um bom tempo de ônibus, eu já estava cansada.

Mas enfim chegamos a uma antiga casa cor de rosa;

E lá estava dona Isaura, a velha amiga da vovó;

Conversaram bastante, e tive que ficar quietinha escutando; 

Já estava quase dormindo, quando vó Laura disse que tinha vindo buscar a encomenda.

Fiquei curiosa, vovó e dona Isaura olharam sorrindo para mim e eu não entendi nada.

Dona Isaura pediu para esperarmos, e então foi no porão buscar a encomenda misteriosa.

Quando a mulher voltou eu não acreditei,

ela trazia em suas mãos um filhotinho lindinho,

chorei de emoção, e então vovó disse que ele era meu.

Mas no mesmo momento lembrei-me da mamãe, e falei para vovó;

Ela me disse que daria um jeito da mamãe aceitar meu amiguinho em casa;

E que se caso ela não deixasse, o meu cachorrinho poderia ficar na sua casa;

Fiquei tão feliz, gostei tanto dele e acho que ele também gostou de mim, pois não parava de me lamber;

Retornamos para casa com o meu amiguinho;

Nem acabamos de entrar e lá estava mamãe me esperando,

quando nos viu levou um susto,

e perguntou para vovó o que era aquilo.

Vovó chamou mamãe no quarto e me pediu para esperar na sala;

Conversaram um tempão;

Mas enfim tudo deu certo e ela conseguiu convencer a mamãe que não ficou tão contente como eu.

Dei o nome de sininho para meu cãozinho, e parece que ele gostou;

Nos tornamos grandes amigos,

assim como era eu e papai.

Agora estou completamente feliz;

Mas só queria que papai viesse conhecer o Sininho;

Tenho certeza que ele iria gostar muito do papai,

assim como eu.