O socialismo na Inglaterra

Por Afonso Rubao Monjane | 28/04/2020 | História

0. Introdução O presente trabalho surge no contexto da cadeira de História Contemporânea da América e da Europa, e tem como título O socialismo na Inglaterra, onde apraz tratar de assuntos relevantes ao socialismo na Inglaterra, onde está organizado de forma a permitir uma melhor compreensão dos conteúdos inerentes ao tema supracitado, onde o trabalho está dividido em três partes, em que na primeira parte encontramos a introdução, na segunda temos o desenvolvimento do mesmo, e por fim a parte conclusiva do trabalho. Este tem como objectivos os seguintes: Geral:  Compreender o sistema socialista. Específicos:  Definir o socialismo;  Contextualizar o surgimento do socialismo;  Caracterizar em linhas gerais o sistema socialista;  Demonstrar as particularidades de socialismo na Inglaterra Metodologia Para a efectivação do presente trabalho, recorreu se a fontes bibliográficas, que estão patentes na última página do trabalho, que consistiram na selecção de mesmas, leituras, analises, sistematização e por fim a compilação do trabalho final. 4 1. SOCIALISMO 1.1. Conceito de socialismo De acordo com Bobbio (1998, p.1195), Socialismo tem sido historicamente definido como programa político das classes trabalhadoras que se foram formando a Revolução Industrial. A base comum das múltiplas variantes do socialismo pode ser identificada na transformação substancial de ordenamento jurídico e económico fundado na propriedade privada dos meios de produção e troca, numa organização social. Segundo Arruda (1985, p.217), A expressão, empregada em seu sentido moderno nos anos de 1830, significa: reforma da sociedade beneficiando as classes mais numerosas, os mais pobres ou seja, o proletariado, isto é, o Socialismo é, então, uma ideologia ligada à revolução industrial. A avaliar por Aquino (1982, p. 231-32) a expressão socialismo no seu sentido moderno nos anos de 1830, significa reforma da sociedade beneficiando as classes mais numerosas, os mais pobres, ou seja, o proletariado. O socialismo é, então, uma ideologia ligada à revolução industrial. 1.2. Contextualização De acordo com Aquino (1982, p.232) 0 Surgimento das ideias socialistas explica-se pelos problemas económicos sociais criados pelo Capitalismo, a chamada Questão Social. Por essa denominação designam-se as condições sub-humanas do proletariado, cujas jornadas de trabalho, em geral, eram de 16 a 18 horas, e que não possuía férias ou qualquer garantia para a velhice, doença ou invalidez. Os salários eram baixos e os operários sofriam a concorrência do trabalho de crianças, cujo pagamento aviltava mais ainda os salários. As greves ou as associações de classes eram proibidas e consideradas como “casas de polícia". Os locais de trabalho maliluminados e sem higiene, não ofereciam segurança, sendo comuns os acidentes. Malalimentados, mal-remunerados, moravam em cómodos nos quais a família vivia em promiscuidade. 0 Alcoolismo, a prostituição, o desemprego, a miséria constituíam aspectos da sociedade capitalista em sua expansão. Propondo-se a solucionar essa situação, formularam-se numerosas ideias socialistas criticando o Capitalismo, atacando o Liberalismo e preconizando nova organização da sociedade. 5 As crises económicas e a miséria dos trabalhadores, conforme Arruda (1985, p.162), estimulavam os pensadores a buscar um remédio para esses males e a procurar uma nova organização para a sociedade. Tentava se compreender as causas das injustiças sociais e buscavam se os meios para solucionar esse problema. Já antes da revolução industrial, vários prensadores já tinham imaginado sociedades nas quais todos vivessem do seu trabalho, em igualdade de condições, sem que houvesse ricos e pobres, privilegiados e injustiçados. Para Silva (1994, p.86) os problemas sociais gerados e aprofundados pela rápida industrialização e urbanização, tais como, super povoamento urbano, pobreza, miséria, desemprego, precárias condições de trabalho, habitação e higiene, além dos excessos cometidos pelos empresários contra o proletariado, chamaram a atenção de alguns pensadores europeus. Estes pensadores, que ficaram conhecidos como socialistas, tinham uma visão mais profunda que os liberais dos problemas da massa trabalhadora e começaram a criar doutrinas de organização social, em busca de soluções racionais para o proletariado. O conjunto dessas novas doutrinas sociais forneceu os fundamentos de um sistema socioeconómico que se chamou socialista. Nesse sistema, a economia é planificada e controlada pelo estado. O estado dirige e administre todos os bens de produção, os meios de comunicação e transportes, as riquezas minerais, os bancos, a educação, etc. É o único que pode contratar trabalhadores, comprar máquinas e estabelecer empresas. Os socialistas visavam acabar com a desigualdade económica e com a propriedade privada dos meios de produção e fazer uma reforma social que beneficiasse principalmente as classes pobres, responsabilizando o estado pela educação, saúde pública e pelo bem-estar geral da população. Segundo ARRUDA (1985.,p.44), foi na Inglaterra que mais cedo se manifestou a oposição à doutrina liberal, mas pela intensidade de ideias e produção teórica, é na França socialismo mais se desenvolveu. Assim, o socialismo é por excelência produto das contradições no seio da produção capitalista. [...]

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