O SISTEMA DE INFORMAÇÃO ARQUIVÍSTICA: CASO DO MUSEU REGIONAL DA HUÍLA
Por Santos Garcia Simão | 08/03/2017 | Admhttp://hdl.handle.net/10451/18313
RESUMO
Este trabalho de fim do curso, subordinado ao tema "O Sistema de Informação Arquivística: Caso do Museu Regional da Huíla", tem como finalidade compreender cientificamente o objecto de estudo o Museu Regional da Huíla como um sistema de informação arquivística, à luz da Teoria Geral dos Sistemas. A vista disso, procedeu-se com a análise orgânico-funcional, a fim de percebermos o tipo e modelo de gestão adotados, em contrapartida, procurámos também saber as tipologias documentais produzidas pela instituição, com a intenção de propormos ferramentas de gestão da informação. Por conseguinte, utilizámos uma metodologia que permitiu aferir os conhecimentos através dos diplomas analisados, bem como estudo in-loco.
A análise feita a diplomas e o estudo no terreno ajudaram-nos a perceber os problemas que constituíram as ameaças, e, consequentemente, a traçar uma política que ajudasse a ultrapassar o problema. Assim, apresentámos uma proposta para a organização e gestão de todo fundo informacional do Museu, tendo como base as operações de classificação, avaliação, selecção, eliminação, normalização, finalizando com a elaboração do quadro e plano de classificação.
INTRODUÇÃO
[A informação arquivística] representa um meio de transmitir a herança cultural do passado, pois encerra ideias e princípios, nos quais se apoiam os governos, a explicação da intricada organização social e económica do homem e a prova do seu crescimento, material e intelectual.
(Schellenberg, 1980)
Na sociedade em que vivemos, deparamo-nos diariamente com inúmeros desafios de âmbito teórico e prático relacionado com a informação produzida pelo homem durante as suas actividades dentro de uma determinada organização. Ao longo dos tempos o homem, procurou formas de comunicar com os de mais que o rodeavam, através de gestos, sons e outras técnicas que a natureza lhe oferecia. Mas foi precisamente por volta do ano 3000 a.C. que surgiu a escrita, factor importante para o processo informacional até aos tempos actuais. Desta forma, podemos ver que foi um longo processo até chegarmos a fase actual, em que a escrita, como forma de comunicação, ganhou espaço no mundo da arquivística. Autores como Jacques Herman (1981), Rousseau e Couture (1998) e Cruz Mundet (2001) sustentam que a escrita teria tido um factor decisivo para a arquivística e, consequentemente, no surgimento do objecto funcional e orgânico da Ciência da Informação que é a informação, sendo os documentos o suporte infocomunicacional.
As pessoas físicas ou jurídicas, singular ou colectiva, produzem e recebem informação no âmbito de um determinado processo de negócio, seja ela de caracter administrativo, legal, financeiro ou para qualquer outro fim. Nesse sentido, se a informação é recebida, produzida e acumulada, podemos notar a materialização do processo de negócio com a informação acumulada e integrada no sistema de informação.
2-CONTEXTO HISTÓRICO DOS MUSEUS EM ANGOLA
É necessário garantir a preservação dos artefactos, objectos, dos símbolos do poder, da cultura material, do património móvel das diferentes fases de desenvolvimento, político, social e económico de Angola, desde os tempos imemoriais e do presente.
Rosa Cruz e Silva
2.1 Breve estudo dos museus de Angola
2.1.1 Origens
Torna-se difícil o conhecimento da História dos museus angolanos, pois poucos são os relatos datados e conservados a esse respeito. Porém, a maior parte da informação foi obtida através de pesquisas feitas no catálogo da Sociedade de Geografia de Lisboa, do Arquivo Histórico Ultramarino, do Arquivo Nacional da Torre do Tombo e, finalmente, na Hemeroteca da Câmara Municipal de Lisboa. Nestas bases de dados encontrámos: o boletim oficial da então Província de Angola e artigos publicados a respeito do Museu17 do Dundo. É de salientar que a evolução histórica das coleções etnográficas da população angolana remonta à década 70 do século XIX, quando os governadores da antiga província do ultramar preocupados com a riqueza cultural de Angola, bem como a sua conservação, levavam objectos de valores Etnográficos, Zoológico, Antropológicos, etc., para Portugal. Porém, Santos (1998) afirma que,
Há notícia indirecta de que, em 1871, governando Angola o conhecido colonialista que foi José Maria da Ponte e Horta, (…) foi criado um museu cuja localização se não indica mas que podemos colocar em Lisboa, sem perigo de incorrer em erro grave. Destinava-se a reunir artigos, produtos e objectos de interesse museográfico, provenientes dos territórios ultramarinos. Sabemos que, apesar do valor real das suas colecções e dos esforços dos funcionários, não conseguiu por falta de adequada instalação em casa própria, tornar-se tão conhecido do público como seria quando, ligado ao da Sociedade de Geografia de Lisboa, pudesse ter classificação, catalogação e disposição dos seus produtos mais em harmonia com o fim especial de tais instituições. Efectivamente foi confiado à guarda daquele organismo por diploma com data de 10 de Março de 1892. A Sociedade de Geografia de Lisboa, que tanto se interessou pela divulgação de conhecimentos relativos ao ultramar e se preocupou a sério com o problema do desenvolvimento daqueles territórios e a elevação social das suas populações, obrigar-se-ia a constituir, com o que já possuía e com o recheio que lhe era entregue, um bom Museu Colonial e Etnográfico (p. 297).
Passados alguns anos, a preocupação nas descobertas culturais de angola cresce, pois em documento datado em 3 de Junho de 1897, o governador-geral Guilherme Augusto de Brito Capelo referia-se também à iniciativa da criação do Museu Provincial de Angola. Os objectos que o constituíam tinham estado, até aí, a cargo de um amanuense da Secretaria-Geral. A sua fundação situar-se-á no período entre 1882 e 1886. Para Santos, segundo declaração expressa no diploma legal, o Museu "tinha a finalidade de fomentar e tornar conhecidas as riquezas minerais, agrícolas, industriais e comerciais do solo angolano" (Santos, 1998, p. 298).
Sustentando uma política favorável à defesa dos valores ultramarinos ameaçados, em 17 de Março de 1886 recomendava-se que fossem remetidos ao Museu Colonial, a cargo da Sociedade de Geografia de Lisboa, a que atrás fizemos menção, produtos das diferentes regiões de Angola, amostras etnográficas e objectos de valor histórico. Procurava-se assim, segundo a expressão do documento oficial, enriquecer aquele museu e ampliá-lo cada vez mais. Sugeria-se que fossem organizadas colecções de interesse e feita a sua remessa em transportes do Estado. Este pormenor visava, certamente, a diminuição das despesas.
Colonização científica: primeiros museus em Angola
Para a compreensão da evolução histórica dos museus em Angola, teremos em consideração três fases, apontadas pelo historiador Mazambi Vuvu Fernando: A primeira situa-se nos anos de 1911 a 1925, período em que José Mendes Ribeiro de Matos, Governador-geral da colónia de Angola, procurava mudar a forma de ocupação através da colonização científica (Fernando, 2001). O autor sustenta que Norton de Matos projetou instrumentos normativos para as actividades científicas, que tiveram como consequência o surgimento das instituições científicas no domínio das ciências sociais com a grande preocupação na criação de museus para a conservação dos artefactos por eles "descobertos", objecto de trocas, bem como elementos que mostrava os traços culturais dos povos de Angola.
Uma segunda fase é a que compreende os anos de 1925 a 1960, fase que podemos chamar de incrementação da criação dos museus como instituições Científicas em Angola. E uma terceira fase está ligada precisamente ao período pós-independência, pois foi depois dos anos 70 que surgiu uma nova vaga de estudos das sociedades angolanas por parte de antropólogos.
O objectivo fundamental da missão enviada a Angola no âmbito do programa de explorações científicas anteriormente referida era, tal como sucedia com as restantes viagens, o de documentar a história natural de Angola, mediante a organização das colecções pormenorizadamente inventariadas, dos respectivos produtos, registo iconográfico de exemplares desse acervo, bem como de outros aspectos do país. Como se não bastasse, a então província de Angola, sendo a mais rica entre as demais colónias ou territórios portugueses em África, foi a pioneira na experiência de uma colonização científica. Neste sentido,
(...) o processo da colonização científica foi introduzido e consolidado com a primeira administração do governo de José Mendes Ribeiro Norton de Matos (1912-1915), pois, foi nesta altura que se estabeleceu um programa de investigação para o conhecimento das populações de Angola. (...) foi considerada como período da organização da investigação concebendo e decretando leis que foram regulamentando a actividade (Fernando, 2001, p. 129).
É provável que dai tenha surgido o regulamento e enquadramento legal das instituições museológicas de Angola, através das leis decretadas em prol destas instituições. Um conjunto de diploma tinha sido divulgado, instrumentos normativos e legislativos da época que permitiram o surgimento das instituições científicas em Angola. Dos decretos publicados, citamos os seguintes: o Decreto n.º 215 de 23 de Fevereiro de 1912, publicado em 24 de Fevereiro, que ordenava aos agentes do quadro administrativo, chefes de posto, administradores de circunscrições, residentes, capitães-mores, missionários, respondessem ao questionário etnográfico sobre as suas respectivas áreas, tal como podemos ver na informação abaixo,
Hei por conveniente ordenar que, no prazo de quatro mezes, respondam os administradores de conselho, capitães-móres, residentes, administradores de circumscripção e chefes indígenas, os missionários, o pessoal subordinado, e as pessoas ilustradas da região, ao questionario ethnographico que será publicado opportunamente no Boletim Official.
3- SISTEMA DE GESTÃO DA INFORMAÇÃO ARQUIVÍSTICA
3.1 Pressupostos teóricos da informação arquivística
Desde os tempos mais remotos o homem sempre preocupou-se em desenvolver formas para o relacionamento com o meio envolvente. Desta maneira surge a informação, como um facto, uma notícia, ou qualquer dado de conhecimento. Sendo difícil precisar quando nasceram os arquivos, considera-se que a sua origem remonta ao início da escrita, entre o terceiro e quarto milénio a. C., surgindo de forma natural nos palácios e nos templos, estando ligada à gestão do poder (Cruz Mundet, 2001; Silva et al., 2002).
Posteriormente, preocupados com o futuro e o registo das suas vivências, os homens sentiram a obrigação de conservar a informação em vários suportes. A informação já vem a ser tratada desde os séculos passados da nossa era. A esse respeito, (Silva et al., 1998) afirmam que,
A actividade humana manifesta-se e é dada a conhecer através de testemunhos, como construções, objectos, textos escritos, (...) a escrita surgiu precisamente pela necessidade de o homem registar e comunicar os seus actos, conhecimentos ou sentimentos, (...) à consciência de que era preciso conservar tais registos, tendo em vista a posterior utilização (p. 45).
É nesta perespectiva que nasceram os arquivos36, pois a sua origem deu-se naturalmente desde que a escrita começou a estar ao serviço da sociedade humana, concretamente nas civilizações do médio oriente onde remotam as primeiras informações arquivísticas.
Por conseguinte, (Louise Gagnon apud Rousseau & Couture, 1998) afirma que,
(...) é ao aparecimento da escrita que remonta o nascimento dos arquivos e da arquivística, bem como as novas ocupações, entre as quais a de arquivista. Assim, desde que o homem utiliza a escrita para registar a informação que é possível seguir a evolução do suporte no qual foi inscrita essa mesma informação, o tipo de informação retida, os métodos de trabalho utilizados para tratá-la, bem como a evolução das funções das pessoas afectas à gestão dessas informações (p.29).
Por outro lado, no Dicionário de Terminologia Arquivística, do Conselho Internacional dos Arquivos (C.I.A), a arquivística é vista sob duas perspectivas: como disciplina que trata dos aspectos teórico e prático do arquivo e em uma segunda perspectiva é vista como gestão da informação arquivística. Reforçando a ideia, (Silva et al., 2002) opinam que,
(...) definição genérica e ambígua de Arquivística: «(1) Discipline traitant des aspects théoriques et pratiques de la fonction «archives». (2) [Administration et gestion des archives]». O segundo ponto remete-nos a ideia de arquivo administrativos. E para este último ponto várias foram as concepções, por exemplo temos: «(1) The theoretical and pratical study of policies, producers and problems relating to archival functions. (2) The direction ande management of archives» (pp. 211-212).
Cruz Mundet (2001) na sua obra Manual de Archivística, ao tratar da arquivística, coloca a arquivística como uma ciência emergente. E ao mesmo tempo é ciência porque possui um objecto, os arquivos em sua dupla reflexão: os fundos documentais e o seu ambiente; e tem também um método, composto por um conjunto de princípios teóricos e procedimentos práticos, um objetivo: tornar a informação recuperável para uso.
4- PARA UM NOVO PARADIGMA DA GESTÃO DA INFORMAÇÃO: UMA ABORDAGEM FUNCIONAL
A informação acumulada pelo Museu Regional da Huíla é fruto do processo de negociação que envolve tanto os colaboradores internos como externos. Todavia, estudos feitos no Museu levaram a reflectir a seguinte questão "como será o futuro da gestão da informação acumulada pelo Museu, sem a aplicação de um plano de classificação?". Só é possível responder esta questão se as organizações de caracter social aberto criarem, exportarem e adotarem uma política de gestão integrada da informação, tendo em conta a interoperabilidade semântica entre elas.
Assim, entende-se por processo de negócio o conjunto estruturado de actividades que produzem um produto ou serviço, no exercício de uma função, sobre agentes, relativo a objectos e em determinado contexto122. Para (Davenport,1993 apud Silva, 2013) o processo de negócio é "(…) uma ordem específica de atividades que ocorrem ao longo do tempo e em lugares determinados, com um início e um fim e entradas e resultados claramente identificados; uma estrutura para a ação" (p.6).
Existem inúmeras dificuldades no que concerne a gestão da informação recebida e produzida pelo Museu, devido a falta de uma política arquivística em Angola ou diploma com preocupações de gestão da informação em todo território nacional. O referido Museu não possui profissionais qualificados (com nível aceitável para a atribuição de cargo), facto que dificulta a execução de certas funções dentro da organização.
Uma vez que a organização é a combinação dos meios humanos e materiais disponíveis, para a execução de um fim, segundo um esquema preciso de dependências e a inter-relação entre os diversos elementos que a constituem, torna-se necessária a elaboração de um plano de classificação baseado nas funções, seguindo-se o modelo português através da Macroestrutura Funcional (MEF) versão 2.0elaborada pela DGLAB. Veja-se na íntegra a lista consolidada de 3ºs níveis em planos de classificação para Administração Local (V.4:2014) conforme à MEF, no site do Arquivo Nacional da Torre do Tombo/DGLAB.
A Macroestrutura Funcional é entendida como a "representação conceptual de funções desempenhadas por organizações do setor público, concebida para servir de quadro de apoio à elaboração de planos de classificação funcionais".
Se a abordagem é funcional então estaremos a colaborar com Cruz Mundet (2006) ao afirmar que a divisão por funções " (…) consiste en agrupar las actividades de acuerdo com la función desarrollada por cada una de las unidades organizativas. Su ventaja mayor es la especialización, que hace má fácil la coordenación y la ejecución de las funciones (…) " (p. 101).
Tendo como base as funções, Silva (2013) defende que,
A classificação consiste em identificar e agrupar os documentos e a informação de âmbito arquivístico em classes e ou categorias de acordo com a estrutura funcional e respectivas subfunções ou actividades das diversas entidades produtoras da administração pública, independentemente da sua natureza (p. 2).
A afirmação acima apresentada coloca-nos a reflectir seriamente no Museu Regional da Huíla, uma vez que existem departamentos que não "funcionam", visto que possui somente sete profissionais e apenas um (directora) formada em Arqueologia e uma pós graduação em biblioteconomia, e não havendo competências para tal, algumas funções e subfunções são suprimidas, colocado dificuldades no funcionamento do Museu. Tal facto podemos verificar na forma como organizam os processos, uma vez que não obedecem a nenhum padrão internacional, já que não há nenhum de caracter nacional.
Há uma inevitável importância de um profissional (arquivista) no quadro dos efectivos do Museu, uma vez que este é o responsável pela formação de quadros para gestão da informação, bem como a colaboração com os gestores do topo. A esse respeito (Silva, s.d) sustenta que,
É função e responsabilidade do (s) arquivista (s), entre outros aspectos da gestão documental, o desenho, a implementação e a manutenção dos sistemas de gestão de documentos e das suas operações, assim como a formação de utilizadores. Aos gestores de topo, cabe-lhes a responsabilidade de apoiar a política de gestão documental em toda a organização, de forma sistémica. As chefias intermédias, por sua vez, são responsáveis por assegurar que as suas equipas criam e mantêm documentos como parte integral do seu trabalho, de acordo com as políticas, os procedimentos e normas estabelecidos, proporcionando os recursos necessários para a gestão de documentos, no âmbito das suas actividades, em relação estreita com o serviço de arquivo. (…) Os colaboradores são responsáveis por manter os documentos adequados e completos no âmbito das suas actividades, de acordo com as políticas, normas e procedimentos estabelecidos.
Outra situação encontrada é que toda informação recebida pelo Museu não lhe é atribuída nenhum número ou código de entrada, pois, até ao final do ano 2014, o Museu estava sobre o controlo da Direcção Provincial da Cultura, e toda documentação afecta ao Museu, tinha de dar entrada na Secretaria da Direcção Provincial da Cultura, e, é de lá onde eram atribuídos os códigos de entrada, pelo que, somente depois "subia" para o Museu. Agora com a nomeação da nova Direcção, o Museu poderá num futuro próximo, ter todas as suas "dependências" devidamente preenchidas.
Segundo a Directora cessante do Museu128, este estudo poderá ajudar na gestão da informação, uma vez que estão sendo evidenciados esforços para que cada departamento possa funcionar, de acordo com as suas funções e subfunções.
Silva (2013), tendo em conta ao novo paradigma da gestão da informação centrada na abordagem funcional, adianta que na classificação funcional coloca-se a dificuldade da distinção entre órgãos/unidades administrativas e funções, quando as unidades administrativas se estabelecem, ou deveriam estabelecer, com base na especialização funcional.
A classificação baseada nas funções é claramente o critério mais estável, sendo tão objectivo quanto o orgânico. Com a disponibilização da MEF, o Museu Regional da Huila tem agora a possibilidade de desenvolver os seus planos de classificação a partir deste instrumento, numa perspetiva supra organizacional, que garanta a interoperabilidade semântica, tendo em conta a aplicação de Metainformação.
A esse respeito, Silva (2013) sustenta que a,
Metainformação para a Interoperabilidade é um conjunto de elementos de Metainformação definidos com o intuito de suportar a interoperabilidade semântica no contexto da produção de informação dentro do Governo Eletrónico, enquanto a Macroestrutura Funcional constitui a normalização relativa ao elemento do MIP código de classificação, que visa identificar o posicionamento do recurso de informação no contexto funcional que o organismo desempenha, tendo este contexto de ser entendido transversalmente numa perspetiva interorganizacional (pp. 2-3).
Neste sentido, pensamos que a elaboração de um plano de classificação funcional para o Museu Regional da Huíla será uma mais-valia, uma vez que o principal objectivo segundo o modelo português é de contribuir para o melhoramento dos serviços administrativos, obtendo maior eficácia na gestão da informação e para desenvolvimento de interoperabilidade semântica nas trocas de informação entre os principais serviços museais de Angola.
Assim estaríamos de acordo com Silva (2013) ao relatar,
(…) impõe-se, cada vez mais, num contexto de globalização e da tão apregoada Sociedade da Informação, a permuta e a reutilização da informação, quer pela instituição produtora quer por terceiros, assim como a gestão da informação e documentos em ambiente digital, reclamando a normalização e a comunicabilidade da informação entre sistemas distintos (p. 2).
Portanto, a nossa intenção é que o plano proposto possa transcender as outras organizações de carácter social do sector público angolano, a fim de facilitar na criação de um sistema de informação arquivística no sentido Macro e ou arquivo total. Porém Silva et al. (2009) sustentam que o arquivo total deve ser "uma unidade integral e aberta ao (s) contexto (s) dinâmico (s) que a substancializa (m). Entra, assim, repleta de oportunidade a noção de sistema, ajustada ao fenómeno da informação social e definida, (…) como o conjunto de elementos identificáveis, interdependentes por um feixe de relações, e que se perfilam dentro de uma fronteira" (p. 213).
A título de exemplo, Portugal através da DGLAB tem vindo a promover a utilização de uma estrutura para classificar e organizar a documentação do setor público. O facto é que, em Angola, através do Arquivo Nacional, a Direcção Nacional dos Museus e outras organizações afectas ao Ministério da Cultura, têm vindo a trabalhar na criação de uma política nacional para a gestão dos arquivos.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Em razão deste estudo, a gestão da informação nos Museus de Angola não está completamente estruturada e elaborada, uma vez que não existem normas para tal. Temos um percurso muito longo por trilhar, devido aos vários factores que passaremos a descrever nas páginas subsequentes. Daí surge a necessidade de termos elaborado a presente dissertação, tendo por objecto de investigação "O Sistema de Informação Arquivística: Caso do Museu Regional da Huíla ", para colmatar as lacunas ainda existentes no processo da gestão da informação.
Ao longo deste trabalho, traçamos objectivos, desenhamos os métodos, elaboramos o problema, demarcamos as hipóteses e analisamos os dados recolhidos no local, que possibilitaram na concretização desta obra. O estudo significou em primeira mão, um aviso ao sistema de gestão da informação recebida, produzida e acumulada no Museu Regional da Huíla, tendo como ponto fulcral o seu melhoramento.
Sendo o sistema em estudo uma organização social de âmbito aberto, ele recebe e transmite energia tanto no ambiente interno bem como externo (inputs/outputs), e acumula informação durante o processo de negócio. Esta informação necessita de uma organização normalizada, a fim de alcançar-se maior eficiência e eficácia no processo de negócio, e, consequentemente, a satisfação dos seus clientes internos e externos. A presente obra servirá de guia, pois apresenta ferramentas de gestão da informação, que poderão ser implementadas, com o objectivo de permitir a interoperabilidade semântica entre os demais departamentos, sectores ou unidades da instituição.
Tendo feito a análise orgânico-funcional do Museu Regional da Huíla, concluiu-se que o Museu adota o modelo organizacional vertical e ao mesmo tempo a departamentalização e a divisão de trabalho, embora não seja na totalidade devido aos factores já apresentados. Porém, este tipo de modelo é flexível e adaptável para a satisfação dos seus objectivos. O modelo verificado permite a divisão de trabalho, através da horizontalidade e a verticalidade, o que facilita a comunicação entre os órgãos de direcção com os dependentes. Este modelo permite uma gestão eficiente e eficaz, uma vez que cada departamento ou secção do sistema é responsável por uma actividade específica e própria. Assim, quanto maior for a departamentalização na organização, maior será o resultado (eficiência).
A nossa proposta para além do quadro e do plano de classificação, é de proporcionar por meio de sugestões, condições apropriadas para o trabalho dos responsáveis da unidade de informação acumulada na instituição, bem como a abertura de um outro espaço para o acondicionamento e funcionamento do Arquivo.
Os conhecimentos adquiridos enquanto estudante do Mestrado em Ciências da Documentação e Informação, e a análise feita in-loco ao sistema em estudo, levam-nos a concluir que a mesma não era capaz de manter e organizar a longo prazo a informação recebida, produzida, por falta de uma norma internacional, nacional ou interna de gestão da informação, tanto como a inexistência de profissionais da área.
A título de exemplo, a informação recebida e produzida é conservada em pastas sem uma normalização adequada, o que impossibilita o acesso e recuperação da mesma, por parte dos colaboradores pelo menos, em tempo útil. Dai a razão da criação de um quadro e de um plano de classificação, aquele orgânico, este funcional, tendo como base a Macroestrutura Funcional elaborada pela Direcção-Geral do Livro, dos Arquivos e Bibliotecas (DGLAB), todavia, não incluímos a lista consolidada de 3ºs níveis em planos de classificação conforme à MEF (Macroestrutura Funcional) composta pela estrutura das classes e a caracterização das classes. Assim, sugerimos a visitar o site apresentado nas páginas anteriores.
Uma outra situação verificada é que, mesmo tendo estas ferramentas, o Museu continuará a enfrentar grandes dificuldades durante os próximos anos devido a falta de verbas suficientes que possibilitariam a formação destes quadros, tal como já elucidamos anteriormente, bem como a aquisição de equipamentos de trabalho.
Também o "chamado espaço do arquivo" da instituição está localizado no gabinete da directora, existindo uma funcionária sem formação em gestão da informação, que cuida da recepção de toda informação, atribui uma determinada classificação "sem uma normalização". Infelizmente, por falta de quadros formados, os serviços de secretaria e os demais não "funcionam", o que impossibilita o normal funcionamento do Museu. Mas, os sete funcionários incluindo a directora do referido Museu, trabalham de forma cooperativa, onde todos concorrem para a concretização dos objectivos do Museu.
Sugerimos que se crie uma unidade orgânica de gestão da informação, que terá a finalidade de gerir a informação arquivística, museológica e biblioteconómica, no sentido de melhorarem o seu serviço bem como na conservação do seu património informacional.
Existe uma biblioteca dentro da instituição, com obras de valor histórico, cultural e informacional, a sua organização nas estantes não obedecem os padrões internacionais, mas para, as "manter" nas estantes, utilizam o "sistema alfabético de A-Z", e descartam a Classificação Decimal Universal135 ou a Classificação Decimal de Dewey136 o que dificulta a consulta e recuperação da informação. Pensamos, que a implementação do departamento ou unidade acima mencionada ajudará para colmatar esta situação. O departamento terá como responsabilidade preservar e tratar da normalização de toda informação, de modo a promover o seu acesso.
Em conversação com os colaboradores do referido Museu, chegou-se à conclusão de que a criação desta unidade de informação, ajudará para o futuro de todo património informacional da instituição, bem como, a necessidade urgente em formação básica de gestão da informação aos funcionários encarregues ao tratamento bibliográfico e arquivístico do Museu. A implementação do quadro e do plano de classificação constituirão de ferramentas fundamentais de acesso a informação recebida, produzida e acumulada pelo Museu, e dará resposta aos problemas que a instituição enfrenta.
Seguindo a evolução das organizações de âmbito social bem como do progresso da tecnologia, a direcção do Museu pretende, nos próximos anos, adquirir um software para a gestão da informação, bem como a passagem dos documentos em formato convencional para o digital, e, pretende-se, de igual modo, adquirir um aparelho para o processo da digitalização dessa informação. Este projecto poderá ajudar, sobretudo no que concerne à rede de arquivos, projecto que está em "carteira", sobre a jurisdição do Arquivo Histórico Nacional de Angola.
O presente estudo, não é o fim, mas sim o começo de uma longa caminhada a trilhar, uma vez que Angola teve 27 anos de conflito armado137, que destruiu vários arquivos e, agora, está em fase de "reconstrução e recuperação" de todo o património arquivístico nacional devastado pelo conflito interno. O presente trabalho, servirá de base para a implementação de uma política de gestão da informação em Angola, visando a livre circulação e recuperação da mesma em todo território nacional, através da rede de arquivos, tendo apoio das ferramentas apresentadas.
Há quem diga que com a organização e tempo, acha-se o segredo de fazer tudo e bem feito. Por isso, foi com bastante dedicação, cuidado e, acima de tudo, tempo, que elaboramos o presente trabalho, convictos de que a sua aplicação prática mudará o rumo da gestão da informação nas instituições sociais em Angola.
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