O ser-para-a-morte como projeção da existência autêntica em Martin Heidegger

Por Rarden Luis Reis Pedrosa | 02/03/2016 | Filosofia

A presente pesquisa tem como intento buscar a compreensão da fundamentação do ser-para-a-morte como projeção da existência autêntica na obra de Martin Heidegger. A abordagem investigativa é de cunho bibliográfico-teórica e está fundamentada nas relações existentes entre o ser humano visto como Dasein e a sua situação-limite. A morte é uma das questões que indaga o homem desde o início de sua existência. Heidegger reelabora a metafísica clássica a partir de três discursos: ontológico, ôntico e ôntico-ontológico, para fundamentar o sentido do ser. Ele parte da análise existencial do Dasein, enquanto ser-no-mundo. O Dasein é o único ente que pode acessar o ser. O Dasein está em construção, através da sua abertura às suas possibilidades. Porém, há uma possibilidade ainda-não. A morte é esta possibilidade que coloca em jogo a existência do Dasein. A morte é a possibilidade que singulariza o Dasein. A angústia é se colocar de frente com esta possibilidade extrema. A angústia abre o Dasein para a antecipação. A antecipação da morte possibilita ao Dasein a não vivência do impessoalmente-si-mesmo, proporcionando-o a liberdade de poder escolher dentre as suas possibilidades. A liberdade é o viver para a morte, projetando a existência autêntica. O mundo do século XXI, necessita redescobrir a singularidade de cada Dasein frente a possibilidade certa da morte, deixando a massificação marcada pela não aceitação da finitude, principalmente, por causa do capitalismo e materialismo, presentes no mundo globalizado. O trabalho, do ponto de vista metodológico, consistirá em análise bibliográfica e uma elaborada hermenêutica dos textos do autor tomando como base Ser e Tempo, além da busca em comentadores.

Artigo completo: