O Segredo do Silêncio.
Por Edjar Dias de Vasconcelos | 10/07/2013 | PoesiasO silêncio.
Em um determinado tempo.
Em um momento da história.
Solitariamente.
Em uma praça.
Sentado.
Refletindo o silêncio do tempo.
Ao perceber o encantamento.
Da praça.
Emocionei-me.
Ao sentir a profundidade das pedras.
Fui tantas outras vezes a praça.
Olhar para sua figuração.
Entendia o sorriso da sua beleza.
A terceira vez.
Que fui a mesma.
Palilogicamente.
Imaginei a sua exuberância.
A quarta vez.
Percebi.
Éramos iguais.
Tivemos a mesma origem.
O único fundamento.
A quinta vez que fui a referida.
Entendi que nosso significado.
Nao tinha diferença.
A sexta Vez.
Que a praça tinha por mim.
Profunda admiração.
Precedência.
Na sétima vez.
Que eu mesmo era a praça.
Esse fato inelidível.
Deixou me persuadido a veemência.
A luz do sol.
Fazia a praça ficar radiante.
Igual as danças das estrelas.
Ao infinito indelével.
Posteriormente.
A oitava vez.
Perecebi a imaginação da mesma.
Perscrutando a imprecação da distância.
Tantas outras vezes.
Fui aquela praça.
Para sentir o fluir de suas flores.
A nona vez.
Que fui a praça.
Surpreso.
Perecebi que a referida.
Escrevia belos poemas.
Explicava os fundamentos.
Das diversas Filosofias.
Heuristicamente.
A décima vez que fui a praça.
Lembro-me era uma tarde fria.
A praça fitou em mim.
Seus olhares diversos.
Inexoráveis.
Então a praça me disse.
Que éramos iguais em tudo.
Várias vezes voltei a praça.
Em outro momento.
A referida me revelou.
Que eu mesmo era a praça.
Então perguntei a referida.
Se era também as flores.
Os bancos.
O reflexo da luz do sol.
A praça solitariamente.
Respondeu com toda fiúza.
Você é exatamente.
Igual o que sou.
Porque sua essência.
Define-se pelo meu fundamento.
Sua substância é a mesma que tenho.
Afirmou a praça.
O segredo da vossa natureza.
É o que tenho em minha consistência.
Naquele instante.
Terminou o meu significado.
Em referência a praça.
A intuição ínvia entre a natureza.
E o homo sapiens.
Procurei entender o silêncio.
Da predestinação da realidade.
Descobri que a praça usava.
A minha linguagem.
Tínhamos o mesmo código.
Naquele momento o mundo.
Tornou-se.
Transformou-se em entendimento.
Dos nossos fundamentos.
Hoje a praça.
É signo da linguagem.
A luz do brilho dos olhos.
O mundo não néscio da interpretação.
A voz daqueles que não tiveram palavras.
O palúrdio tempo terá que ser esquecido.
Edjar Dias de Vasconcelos.