O RIO DE JANEIRO QUE NÃO VOLTA MAIS

Por José Silveira de Oliveira | 23/04/2010 | Sociedade

Saudades do Meu Rio de janeiro, onde eu andava tranqüilo. Cheguei ao Rio de Janeiro no dia 18 de dezembro de 1967, poucos dias para o Natal, foi legal a minha chegada, fiquei em Copacabana na casa do meu Tio, depois fui morar em Caxias. Deslumbrado com a beleza da cidade, belas praias, muitos edifícios altos ,tinha poucas favelas, o centro do Rio tinha poucas pessoas, trabalhando, pois existia muitas industrias nos bairros e as pessoas trabalhavam por lá. Hoje o centro é muito transitado,empregos existentesnos bairros acabaram e suas industrias foram fechadas, com isso o centro do Rio virou um grande comercio informal, onde rola de tudo. Não conhecia bem o mar, morava em Estância-Se, lá na minha época quase não se ia a praia, pois era muito longe, ficava no Castro á água era muito suja.Outra coisa que me chamou à atenção, foram às passeatas dos estudantes contra o regime do governo, na época era ditadura, eu tinha 19 anos de idade, e estudava a noite no 1º ano do clássico, as aulas eram suspensas. Certa fez, estava procurando emprego no centro do Rio tinha mania de carregar livros para estudar dentro do ônibus quando deparei com uma massa humana, correndo, evidente eu sai correndo também, não sabia para onde ia, fui no bolo, a policia reprimia com bombas, e montados a cavalos .Imagine que certa vez fui parado por uma senhora na rua que, apavorada, me aconselhou a mudar de caminho, pois mais à frente havia muitos policiais e eu corria risco, já que estava com livros nas mãos! Onde já se viu correr riscos com livros nas mãos, Bem isso já passou, meu assunto é o Rio, não a ditadura, que trouxe muito progresso ao Rio de Janeiro com a construção da ponte Rio X Niterói. A nossa musica era o rock comprei logo uma vitrola para ouvir as musicas dos Beatles, Elvis Presley, jovem guarda; a maconha já existia, lembro também que estava em Paquetá uma praia do Rio, quando vários jovens, me pediu fósforo, eu disse que não fumava, mas sai para arrumar para eles,, os caras logo me ofereceram: Quer fumar? Eu disse não obrigado e sai de perto. Coisas de jovens sem objetivos, nunca mais eu voltei por lá. Isto é normal para um jovem com 19 anos de idade morando sozinho no Rio de Janeiro, tem que ter uma base de família, pois eu tinha mantido essa minha identidade de Estância, minha família. O ano de 1968 é conhecido como "O ano que não terminou", e entrou para a história como um ano extremamente movimentado e cheio de acontecimentos importantes, como os assassinato de Martin Lulther King e de Robert Kennedy, a Guerra do Vietnã, Movimento Hippie, além de inúmeras manifestações estudantis. Volto a dizer. Eu andava tranquilo,de onibus, as vezes há noite e não via nada, realmente a cidade era tranquila, pois viviamos na época da ditadura, o povo tinha medo, os ladrões de banco, carro e onibus,e a violencia urgananão existiam, os bandidos tinham medo de ser fuzilados, era uma paz o povo podia ir e vir, até de trem não acontecia nada, eu e meus colegas,conterraneos de Estância, sempre a gente se reunia aos domingos para passear hailton Souza sobrinho de Professora Joaquina, José Américo, que morava no bairro Santa cruz, em estância, falecido.Eu escrevi tudo isso para comparar o Rio de 1968 com o Rio de 2010,depois de 42 anos. Hoje a cidade é outra a população aumentou.

Nenhum governo depois dachamada Nova Republica fez um plano habitacional. Tem muita gente de posse que mora em favela, e não quer sair devido a mordomianão quer pagar água IPTU, esgoto Luz etc, ficam ricos morando na favela e não quer sair, outros realmente são pobres e não tem onde morar, moram por lá obrigado, mas não gostam .a cidade inchou, é muita favela por todos os lados o centro da cidade, Av Rio Branco, a principal do Rio, o transito é o caos na horade traballho, a população aumentoumuito e continua do mesmo jeito que eu cheguei aqui. Á Av Brasiluma das vias mais importante do Rio, passapor quase 35 favelas, de viatransitavel hoje é insulportavel , cheia de buraco realmente abandonada, dia de chuva é o caos fica toda alagada, outro dia quase meu carro ficou enguiçado, sorte que engatei uma primeirae pisei fundo o bicho saiu na marra. O sistema de escoamento da água é muito precario, os bueiros ficam sujos entupidos e sem a tampa , os moleques roubam que é de ferro, para vender. Quanta saudade do Rio dos anos 68, hoje a av. Brasil, virou foco de bandidos esta semana os caras fizeram um arastão, e roubaram vários carros, com uns trintas homens armados de fuzil até os dentes. A policia não pode fazer nada é aproximadamente um policial para patrulhar 30 KM sozinho, de rodovia, realmente ela é muito grande são muitos kilometros de via. Todas as vezes que chove, principalmente na parte da tarde, chuva de verãoenche sempre varias ruas, eu pergunto cadê o Governador e o Sr. Prefeito? Os politicos ficamviajando, conhecendo o mundo. Até nosso presidente não se manifesta, com o caos e a violencia da cidade, se preocupa com o PAC. Essa é a cidade que vai sediar a copa do mundo em 2016 e as olimpiadas, O maracanã, esse é lindo somente la dentro, fora é o caos, não tem lugar para estacionar carro, não tem segurança , dia de jogo é briga de torcida a policiamais uma vez toma a frente. Até no Cristo Redentor, está dificil de ir, os caras criaram uma organização corrupta para estacionar carros, eles exigem que você estacione onde eles querem, se você não concordar seu carro será quebrado e roubado. A praia deCopacabana, fica aquelasvalas com água de esgoto clandestino quedesemboca.Quando chove a vala aumenta e fica empossada, gerando mosquito. Realmente o Rio é muito bonito, mas esta abandonado, os politicos só pensam em roubar e ficarem ricos não tem gestão. Também nãoprecisaser Administrador para ser governador prefeito ou presidente, o cidadão precisa saber ler e escreve, assim está na nossa constituição . PLATÃO, inconformado com a injustiça pela morte de seu Mestre Sócrates, investe contraa democrácia grega, exigindo que as pessoas que excesse cargos publicos tivessem uma base educacional melhor,ou seja tivesse um diploma de faculdade e ser mais experiente Para ele o fim verdadeiro do Estadistas não deve ser o de apenas engrandecer o Estado,nem torná-lo mais rico e poderoso, mas sim tornar os cidadãos mais felizes e moralmente melhores. Não é isso que temos aqui no Brasil,vivemos numa sociedade onde nossosPoliticos, a maioria não tem preparo, e vivem únicamente para criar situações de corrupção. Outra coisa não adianta o governo emprestar dinheiro ao FMI, e o povo viver em favelas,guetos, palafitas, e nessa violência URBANA etc, Esta na hora de nossos governantes pensar mais no povoe investir em seus estados, principalmente agora com as enchentes, matando o povo pobre. "QUANTA SAUDADE DO MEU RIO DE 1968". Hoje moro na Ilha do Governador- RIO DE JANEIRO.