O QUE É VELOCIDADE DA LUZ
Por B. L. C. | 17/12/2014 | ArteO QUE É VELOCIDADE DA LUZ
Considerações sobre a velocidade da luz.
A luz viajará em linha reta? Se ela for como uma única bala de revólver sim, será em linha reta; se for uma sequência de balas, estas formarão uma linha curva. Mas a luz não é nenhuma dessas coisas. Por menor que seja a fonte, a luz emitida se abre em cone com uma maior intensidade no centro do cone.
O tempo desviará a luz? Se se considerar o tempo como o deslocamento no espaço, sim.
A luz se desloca a uma velocidade de 300.000 quilômetros por segundo, o que implica que a luz que é refletida por você (o que faz com que alguém te enxergue) também viaja a essa velocidade. A luz que vem do Sol, por exemplo, gasta 8 minutos para atingir a Terra, pois o Sol está a mais de 300 mil quilômetros de distância da Terra. Por isso, em algum ponto do universo, distante 160 milhões de anos-luz de nós é possível “ver” dinossauros na Terra.
Quanto mais longe nos posicionarmos de um objeto, mais no passado do mesmo enxergaremos.
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Do exposto acima, podemos tirar várias conclusões:
- O tempo é o mesmo em qualquer parte do Universo (basta viajar entre eles – instantaneamente – ficando uns dois “dias” em cada um).
- Um evento que está ocorrendo aqui agora pode estar coincidente com um evento que esteja ocorrendo a 160 milhões de anos-luz daqui.
- Um objeto não depende do tempo para existir. O tempo depende do objeto.
- Um objeto que depende do tempo e o tempo dele é um objeto mental.
- Um objeto depende do espaço para existir.
- O espaço depende de um objeto para existir, pois este delimita aquele. Um não existe sem o outro.
- Quanto mais distante está um corpo, menor é a probabilidade de ele existir (no nosso conceito de existência), o que implica que é impossível afirmar que algo não existe (veja Karl Popper).
- Existe um ponto no Universo em que a Terra ainda não existe aqui onde ela está, apesar de já existir (pois a luz dela não chegou naquele ponto ainda).
- Existem objetos no Universo que achamos que não existem, apesar de existirem (a luz deles ainda não nos alcançou, não apareceu no tempo). Alguns NUNCA existirão para nós.
- Existe um ponto no Universo em que nada existe (nada no espaço, nada no tempo, em termos materiais).
- Existe um ponto no Universo em que o Universo ainda não existe !!!
- Certos objetos no Universo não mais existem, mas ainda não começaram a existir para nós (apareceram e desapareceram no espaço sem aparecerem no tempo).
- Existe luz viajando para (e passando por) pontos do Universo onde ainda nada existe.
- O espaço só pode ser definido na mente. Não há como existir espaço sem ser através da mente. Não tem como pensar num espaço que esteja fora da mente. Então, tudo o que existe no espaço é mental, inclusive nosso corpo. O que vemos é o que podemos pensar. O que vemos são pensamentos que compartilhamos. São como pensamentos fixos coletivos.
- Quanto mais nos afastamos, em pensamento, de nosso centro, menos podemos afirmar (materialmente, em termos dos sentidos). Só poderemos afirmar se pudermos deslocar nossos sentidos instantaneamente. De outra maneira, o que achamos que é não será mais quando chegarmos lá. O fogo está queimando. Aqui mesmo, pertinho, o que parece que é, não é mais. A cada infinitésimo de tempo somos outros.
- A História é lançada para o infinito. Existe um ponto lá atrás em que nada existe. Partindo deste ponto a História começa, até chegar no presente, no fogo que queima e libera o calor que se expande mais e mais, preenchendo o infinito. Se este fogo se apagar, a História terá uma parte final, mas continuará eterna, enquanto o infinito for infinito.
- De um planeta a 160 milhões de anos-luz da Terra consigo ver dinossauros aqui. Se eu sair de lá em direção à Terra, à velocidade da luz, chegarei aqui no ano 2004+160 milhões de anos, o que implica que, se eu vier com velocidade instantânea, chegarei aqui hoje. E nos dois casos não verei os dinossauros!!!
- O tempo presente é o mesmo em todo o Universo. O tempo é o mesmo em todo o Universo. O passado está morto. Não há como interagir com ele no presente. São apenas imagens gravadas na grande fita do Universo. Se me mexo ou fico parado, a gravação continua, independente de mim. Se eu morro, a gravação continua para o que ficou. O passado morreu, não tem volta.
Brasilio – 2004.