O QUE É TUDO 1 (DE 3)
Por B. L. C. | 27/04/2015 | FilosofiaO QUE É TUDO I
Causas e Efeitos
Não existe efeito sem causa. Se algo existe, então sua causa está atuando, está presente. Qualquer coisa cuja causa cesse se funde com o nada, desaparece.
Então, não pode existir causa no passado. A causa de tua existência não é a tua mãe. No início ela foi, junto com outras causas. Agora ela não é mais. Se ela ainda for tua causa, então, se ela morrer você morre também. Você sabe que não é assim. A causa de tua existência HOJE está aqui e agora. Mais: se você seguir estas causas até suas origens, você descobrirá que elas são efeitos e não causas realmente.
Assim como você, tua mãe, se ela ainda é viva, tem uma causa presente. E esta causa dela estava lá quando você nasceu. Então, na verdade, ela não foi e não é tua causa porque ela foi e é o efeito de outra causa. E assim por diante, para seu avô, bisavô, etc., até que você alcance (de novo) a causa primária.
E se tua mãe já morreu? Se ela morreu é porque a causa dela cessou, certo?
Bom, se existe uma causa primária, então ela é a única causa e causa de tudo. Se tudo, com exceção de tua mãe, ainda existe, então a causa de tua mãe ainda existe.
Então ela não morreu?
Só temos uma escolha: o corpo dela é que morreu. Ora, se é assim, então não somos apenas corpo. Temos que ser algo mais. Surge, então, uma questão: qual é a causa do corpo? De novo: se ele é um efeito, então a causa primária dele tem que ser a mesma da alma. Então, somos forçados a concluir que, mesmo o corpo não morre (no sentido de desaparecer). Mas é isso o que exatamente acontece: teu corpo NÃO DESAPARECE, ele "se torna pó". A forma do corpo desaparece.
A "aparência" dele desaparece. Então, de alguma maneira, aqueles que já morreram ainda estão por aí.
De novo, outras questões surgem: então, o que deu forma ao corpo? Por que a causa primária destruiu a forma dele, causou sua "morte"?
A causa primária não trabalha sozinha, isto é certo. Se ela faz isso, então ela é completamente, infinitamente inteligente, apesar de ela poder ser tudo isso e, ainda assim, não trabalhar sozinha. Parece que é assim, porque "nós" podemos interferir no processo. Esse "nós", seja ele a causa primária inteligente ou não, TEM QUE ser independente do corpo. É o que chamamos de "alma". Se ela for uma manifestação da causa primária, ELA NUNCA MORRERÁ, a menos que tudo morra, que Deus morra!
Nova questão surge: somos individualidades ou uma coisa só? Enquanto vivos, parece que nós somos individualidades, mas, quando morremos, parece que não somos (para aqueles que ficam vivos), porque perdemos contato com os que se foram. Como eles não falam conosco de lá, ficamos com duas escolhas:
1) Eles são proibidos de se manifestarem. Quem proíbe? Não pode ser Deus, porque Deus é amor. Se Deus não proíbe, ninguém mais pode proibir, a não ser eles mesmos (os que morreram). Se eles fazem isso, duas outras escolhas surgem:
a) Eles não são capazes de se comunicarem, devido a seus graus evolutivos.
b) Os que ficaram vivos são incapazes de perceber, pela mesma razão (evolução). Eu acho que 'a' e 'b' podem ocorrer, porque 'a' não se aplica a santos e anjos.
2) Não somos individualidades, mas apenas um único ser, uma única mente. Uma única vontade. Uma única alma. Apesar de a razão não concordar, isso pode explicar o silêncio daqueles que se foram: eles se fundiram com a causa primária, e agora nada sabem sobre nós (os que ficaram vivos), daí não podem fazer contato.
Eu não posso aceitar isso porque isso implica que nós realmente não existimos. Só a causa primária existe, só "Deus" existe, e somos apenas manifestações dele. Isso não pode ser porque Deus é amor e nós não somos.
Existe um monte de gente ruim neste planeta. Estas pessoas são como manchas negras, e manchas negras não podem estar em Deus. Simples assim.
Mais ainda: eles estão fundidos com a causa primária, daí fundidos conosco, mas eles não podem nos reconhecer e nem nós a eles. Podemos apenas pensar neles, mas podemos pensar só naqueles que conhecemos, apesar dos que não conhecemos estarem "presentes" também, mas não conseguimos nem "contatá-los" pelo pensamento.
Há algo errado aqui. Isso, fortemente, chama por '1b' acima. Se fôssemos uma manifestação de Deus, seríamos infinitamente bons. Sabemos que não é assim. Isso implica que somos individualidades e não uma coisa só, não uma única mente.
PREMISSA: CAUSA ÚNICA DE TUDO.
CONCLUSÃO: NADA MORRE
Será que existe uma única causa de tudo ou cada coisa tem sua causa primária?
O Nada, o Infinito e o Vazio
Infinito e vazio. Infinito é o ilimitado; vazio é o desprovido de qualquer coisa. O vazio é aquilo em que todos os limites estão presentes. Nada pode existir nele. Vazio não é necessariamente infinito; infinito não é necessariamente vazio. O zero é vazio, mas não é infinito; o conjunto dos números naturais é infinito, mas não é vazio.
Como imaginar o nada? Infinito vazio, ou vazio infinito. Um ou outro; são equivalentes. O infinito é um limite instransponível, por ser inalcançável. O nada não tem uma causa, pois ele não é um efeito. Ele, simplesmente, é (de estar), ou, não é (de ser). Esse nada pode ser causa de alguma coisa?
Esse nada parece ser diferente do nada comum. O que é o nada comum? O nada comum não é definível, não é imaginável, mas temos o senso do que ele seja: ele não é, mas ele pode estar. ELE NÃO É DIFERENTE do nada anterior. É que o usamos para pequenas coisas, coisas limitadas:
"O que você tem na mão?", pergunta o pai para o filho.
"Nada, pai.". O "nada" ficou do tamanho da mão. Normalmente o "fazemos" do tamanho da coisa à qual o aplicamos:
"O que existe além do universo?"
"Nada". Mas, ainda assim, fica na nossa cabeça a idéia de que esse nada pode ter um limite. Será esse limite o limite de nossa mente? Então, o que há após esse limite? Tem que ser o nada de novo, caso contrário o primeiro nada era apenas um espaço vazio, uma fronteira entre duas realidades. E assim por diante, o que força o nada ser infinito e vazio.
Mas e a realidade que faz fronteira com o nada? Claramente, esta realidade estará no centro do nada, no centro do infinito. Isso implica que o infinito tem um começo, mas não tem um fim.
O começo é no centro. Centro de que? De uma linha? Não. De um plano? Não. De uma esfera? É mais aceitável.
Como pode o infinito ser incompleto? Infinito+universo é igual a que?
Se removermos o universo, o que sobra? Sobra o nada, o infinito fica completo.
Então:
, o que implica que o universo flutua no infinito, que o nada está em tudo.
Mas, e se o universo for infinito? Se sempre existir alguma coisa, eternamente?
O que seria o infinito? Continuaria infinito, mas não vazio. Não haveria o nada. Mas seria possível imaginar o nada, imaginando a exclusão do tudo, do infinito. Ainda assim, o infinito continuaria e estaria vazio.
No caso, esse universo é uma esfera. Se esse universo fosse um ponto, seria um ponto infinito.
Se ele fosse uma linha ou um plano, o nada o estaria envolvendo.
Então, mesmo que o universo seja infinito, ele ainda flutua no nada.
E o infinito é algo que se impõe, é algo irremovível, é algo que existe, apesar de não ser material.
De novo: o nada pode ser causa de alguma coisa?
Quando você tem uma idéia que, no final, se transforma num "sonho realizado" (abrir um negócio, por exemplo), de onde veio a semente daquela idéia? Sim, não pode ter sido de lugar algum a não ser de tua cabeça (não material, claro). Veio de tua mente, mas não estava lá. Então veio para tua mente. De onde veio? Não, não pode ter vindo de fora: Não pode ter vindo de algo não-Deus porque outras pessoas poderiam ter a mesma idéia, mas a tua é exclusiva, o sonho é só teu; não pode ter vindo de Deus, porque Deus não é parcial.
SÓ PODE TER VINDO DO NADA! Idéias nascem do nada. Pensamentos nascem do nada. Sonhos nascem do nada.
O NADA PODE SER, SIM, CAUSA DE ALGUMA COISA.
Mas, se ele pode ser causa, e não tem uma causa própria, então ele TEM QUE ser a causa primordial, e TEM QUE ser a ÚNICA causa, porque todas as demais DEVEM ser efeitos (e não causas independentes do nada) dele!!! Isso tem muita lógica.
Se efeitos podem ser causas (isso não tem lógica, porque há uma causa raiz), então, voltando à causa-raiz, ela TEM QUE ser o nada. Se efeitos só são efeitos de uma única causa, essa causa TEM QUE ser o nada.
PREMISSA: O QUE NÃO TEM UMA CAUSA (CONHECIDA) SURGE DO NADA
CONCLUSÃO: O NADA É A CAUSA DE TUDO
O Universo
O universo não pode ter surgido de uma explosão. Explosões destroem, não constroem. Como uma explosão pode gerar tantas formas esféricas? Não pode.
Como uma explosão pode criar as rotações e as translações? Não pode.
Não, as formas esféricas não foram dadas pela rotação, pois nada havia para "esculpir" a forma esférica.
Não, não eram bolhas gasosas que entram em rotação, resfriaram e ganharam a forma arredondada. Bolhas gasosas seriam consumidas pela explosão.
E a translação? Que explosão BEM CONTROLADA foi essa que permitiu que astros ficassem presos ao redor de outros? Que permitiu que elétrons invisíveis ficassem presos a núcleos invisíveis?
PREMISSA: EXPLOSÕES DESTROEM (ISSO É UM FATO, DAÍ UMA VERDADE)
CONCLUSÃO: O UNIVERSO NÃO NASCEU DE UMA EXPLOSÃO (POR A PREMISSA SER VERDADEIRA,
A CONCLUSÃO É VERDADEIRA)
E, o que teria explodido? De onde veio, antes de explodir?
O universo não pode ter saído do nada. Ele é uma ilusão (Frank Hatem). Tem lógica.
A causa desta ilusão é o nada (FH). Se o nada é a única causa, tem lógica.
Por que ele não saiu do nada se o nada é a causa de tudo?
Idéias nascem do nada, como dito acima, porque existe uma "cabeça" para tirar aquelas idéias do nada. Por si só, o nada nada cria. Ele é vazio, desprovido de substância. Ou Deus criou o universo ou ele é uma ilusão. Nos dois casos, não tem sentido um big-bang.
O universo não pode ser material, porque nada material pode estar dentro da mente (FH).
Sim, mas a "fotografia" dele pode, mesmo que ele seja material. Isso não faz a mente ser material, como não é. Aqui o Frank Hatem afirma a matéria tangível apesar de ter dito que ela é ilusória. É a mesma coisa de afirmar que você não pode por uma pessoa no teu coração, porque ela é muito grande para ele.
Deus
Deus TEM QUE ser a "cabeça" que cria a partir do nada.
Mas, também, somos "cabeças" que criam a partir do nada. Imagem e semelhança?
"Imagem e semelhança" não implica igualdade. Por que igualdade não?
Ele cria o universo, nós não. Mas, se o universo for uma ilusão, então a igualdade está estabelecida, pois também "criamos" nosso universo.
Ele é o nada. Se ele é o nada, ele nada cria! Mas é a causa da criação! Inspira a criação! Se Deus é isso, então ele é nossas mentes. Se ele é nossas mentes, então O UNIVERSO É UMA ILUSÃO, pois sabemos que não criamos um universo, mas podemos perceber um!!!
Se Deus é o Nada, então o Nada não é nada, mas algo além de tudo que conhecemos ou que podemos conhecer. É uma força incompreensível, inimaginável, mas poderosa e extremamente inteligente.
Deus nunca será alcançado (FH) - ok, se ele é o nada (infinito, vazio, causa de tudo).
A criação é eterna (FH) – ok
PREMISSA: DEUS É A CAUSA DE TUDO, É ÚNICO, É O NADA.
CONCLUSÃO: O NADA É ALGUMA COISA.
Amor
É estranho dizer que o amor é que mantém as partículas unidas na matéria, que causa a força de gravidade.
Amor é dar e receber (por causa do "dar"), MAS ISSO É ATRAIR E SER ATRAIDO!
Amor é querer ficar sempre perto, é querer abraçar, MAS É ISSO QUE AS PARTÍCULAS TENTAM FAZER. É O QUE A GRAVIDADE TENTA FAZER!
Amor é apoiar, é compreender, é aceitar, é ceder, é chorar junto. MAS ISSO É A MESMA COISA DE QUERER SE TORNAR UM COM DOIS OU COM TODOS E TUDO. ISSO AS PARTÍCULAS TENTAM FAZER!
Parece que tem algo no amor que as partículas não fazem - A MENOS QUE ELAS NÃO
SEJAM REAIS, SEJAM APENAS SENSAÇÕES.
Amor: inclusão, evolução para a UNICIDADE (FH). Tem lógica, e a razão concorda.
Quem é único? DEUS É ÚNICO. O NADA É ÚNICO.
Por que queremos nos tornar um só? Por que TUDO tem essa tendência?
Se Deus é nossas mentes e ele já é único, por que então não nos sentimos um só? Por que tentamos caminhar para a unicidade? Isso é caminhar para Deus! Isso que sentimos é o que chamamos de evolução!!!
Estranho. Somos um só, mas estamos separados e estamos querendo nos juntar "novamente".
Como isto pode ser? Dizendo melhor: somos UM, estamos nos sentindo SEPARADOS, estamos sendo forçados a voltar a sermos UM. Será que esse sentimento de separação foi a Queda do Paraíso falada na Bíblia? "E Adão e Eva passaram a ter CONSCIÊNCIA das coisas..."
Isso que nos força a sermos um novamente, não será o amor de Deus?
Então existe uma força que nos arrasta de volta à origem. Esta origem emite esta energia irresistível e faz de si um objetivo para nós.
Perder a consciência é perder a individualidade, é perder o amor.
Quanto mais amor, mais próximo o objetivo. Quanto mais pessoas eu amar, mais amor terei, porque o amor é a única força que só soma, só aumenta. Se amo um e passo a amar dois, meu amor não foi dividido por dois, mas multiplicado por dois. Cada pessoa que é incluída acrescenta amor às que já estão, sem diminuir de si.
PREMISSA: AMAR É QUERER SER UM SÓ, SE UNIR COM TUDO E COM TODOS.
CONCLUSÃO: QUALQUER FORÇA DE ATRAÇÃO É AMOR.
Um Objetivo É Uma Fonte De Energia
Mesmo que este objetivo seja uma meta futura, ele é uma causa presente, pois te arrasta para ele através de uma energia.
Quando você ama alguém ou alguma coisa, é porque aquele alguém ou aquela coisa emite uma espécie de energia para você, e ele se torna o teu objetivo, você tentará buscá-lo, ir em direção a ele. Por isso um objetivo é uma fonte de energia.
PREMISSA: SE VOCÊ TEM UM OBJETIVO
CONCLUSÃO: ENTÃO ELE É QUE EMITE UMA ENERGIA QUE TE ARRASTA PARA ELE.
Sim, mas não inexoravelmente. Enquanto você o quiser, ele emite energia. Se você não o quiser mais ele pára de emiti-la. Então ele reflete uma energia que é tua!
Consciência
O amor é a atração (tenta trazer para dentro) e a consciência é a repulsão (tenta manter fora) [FH]. Tem lógica.
No paraíso é só amor, mas não tem consciência? Apenas Deus tem amor infinito e consciência, como dito na Bíblia: "...estes aí comeram da árvore da vida e agora têm consciência de coisas que só nós tínhamos..."?
Ter consciência é saber discernir as coisas, e estar no paraíso é estar inconsciente? Isso que nos diferencia de Deus? Isso que o faz inalcançável para nós?
Se o amor é uma força e a consciência é gerada pela resistência (FH), então o amor é o responsável pela geração da consciência.
Mas, de onde vem a causa do atrito?
Antes era só amor, não havia consciência. Então houve a queda. O amor diminuiu. Aparece a consciência. O amor tenta recuperar a perda. Aparece uma resistência: Quero continuar sabendo, quero continuar eu mesmo. Aparece o espaço. Aparece o tempo.
A sensação consciente de tempo surge. Só que é tempo passado, pois não existe tempo no futuro e nem no presente. O próprio tempo é passado, porque a consciência das coisas É PASSADO.
A sensação consciente do espaço surge da consciência de tempo que levaria para chegar a um ponto distante de mim.
Mas, o que causou aquela Queda do Paraíso? O que causou o aparecimento da consciência?
Se o Nada, se Deus, é a causa de tudo, então foi Ele que causou a queda? Isso não tem lógica.
O mais lógico é que NÃO HOUVE QUEDA, NÃO ÉRAMOS UM. Apenas tendemos para a unidade. O mais lógico é que fomos criados duais: amor+consciência. Amor para mostrar o caminho para a UNIDADE e consciência para enxergar este caminho e decidir segui-lo, mais cedo ou mais tarde.
Mais amor não implica em menos consciência. Mais amor implica em mais amor, implica em mais consciência do amor.
Rejeito uma parte dos outros para que eu continue eu mesmo, e atraio a parte ‘externa’ deles (FH). Eu não consigo visualizar isto.
PREMISSA: SOMOS DUAIS
CONCLUSÃO: O AMOR NÃO CONSOME A CONSCIÊNCIA
Unicidade
Tendemos à unidade: mais minerais que vegetais; mais vegetais que animais; mais animais que homens; mais homens que santos; mais santos que anjos (FH); mais anjos que ...; mais .. que Deus". Um só Deus.
Tem lógica e a razão concorda. E mais: pelo menos até ao homem se pode verificar essas quantidades.
Podemos falar com Deus? Ora, vegetais interagem com minerais; animais interagem com vegetais; homens interagem com animais; santos, provavelmente, interagem com homens; anjos interagem com santos; ... interagem com anjos e Deus interage com ... Então, DEUS PODE FALAR COM HOMENS.
Talvez minerais interajam com vegetais e vegetais com animais. Animais interagem com homens.
Provavelmente, homens interajam com santos. Certamente santos interagem com anjos e anjos com ... e .. interage com Deus. Então, de alguma maneira, PODEMOS FALAR COM DEUS.
PREMISSA: QUANTO MAIS DIFERENCIADOS OS SERES DE UM GRUPO
CONCLUSÃO: MENOR É A QUANTIDADE DE ELEMENTOS DESSE GRUPO
Esta é uma lógica indutiva. E é verificável. O que se torna um fato, daí uma verdade.
O Passado
O passado é memória do que a consciência experimentou: A memória é presente, mas a consciência é passado. Se a memória é presente, então sua causa também é. Se a memória é formada de lembranças, então elas não são passado. Só uma escolha: as lembranças são um efeito da memória e não a própria memória. Isto implica que a memória é uma ação, é uma causa presente que transcende o corpo.
PREMISSA: A CONSCIÊNCIA É PASSADO
CONCLUSÃO: O PASSADO É UM EFEITO DO PRESENTE
O Futuro
O futuro é uma expectativa gerada no presente e vivenciada uma vez (a expectativa) ou duas vezes (a expectativa e a realização) no passado.
PREMISSA: A CONSCIÊNCIA DAS COISAS É PASSADO.
CONCLUSÃO: O FUTURO É GERADO NO PRESENTE, PODE SER SENTIDO NO PRESENTE, MAS OCORRE NO PASSADO.
O Presente
Apenas o presente existe (tempo decorrido=0). Em termos de tempo, nem passado e nem futuro existem.
Hoje, para termos consciência de alguma coisa, o tempo tem que passar. Então, a consciência é o passado. Somos inconscientes no presente, apesar de só ele existir e de só existirmos nele. Mas vivemos no passado e do passado. No passado pareço existir.
Nosso objetivo é viver no presente (FH).
Mas viver no presente é não ter consciência, é como não existir, é ser nulo.
Rejeição causa aparência? Rejeitando minha nulidade me torna algo não-nulo! E essa minha não nulidade me força a voltar rumo à nulidade!!! Como um ímã quebrado ao meio: era um, em equilíbrio. Houve rejeição, se separaram e, depois, se sentem obrigados a se juntarem.
E se o afastamento continuar? E se a consciência continuar se expandindo? E se eu rejeitar mais e mais?
Para alcançar o ponto oposto eu tenho que parar totalmente de amar, eu tenho que parar de evoluir, tenho que virar as costas para Deus, para a humanidade e para o universo. Tenho que virar as costas para mim mesmo!
Mas, em que eu me tornaria?
PREMISSA: O TEMPO PASSA
CONCLUSÃO: TUDO ACONTECE NO PRESENTE SEM A PRESENÇA DO TEMPO
Matéria
Tudo o que pode ser percebido, seja uma parede, ou o pensamento, ou a emoção, é uma espécie de matéria (FH). Tem lógica.
Matéria é qualquer coisa definida, finita.
Matéria bruta é aquela que gera uma resistência interativa(?). Se um ser não consegue atravessar uma barreira de matéria, ou o ser ou a barreira, ou ambos, são compostos de matéria bruta.
PREMISSA: MATÉRIA BRUTA RESISTE À MATÉRIA BRUTA
CONCLUSÃO: MATÉRIA REPELE MATÉRIA.
Partícula Atômica
No ponto de resistência entre a consciência e o amor, tem o início de uma partícula atômica (FH). É um ponto bipolar (certo).
De um lado há repulsão (consciência), do outro há atração (amor).
Como essa "partícula" dá a sensação de matéria bruta? Vibração?
Se a separação continuar, a consciência se expandir até o amor acabar, a resistência acaba, então as partículas desaparecem.
O que dá o "tom" da vibração? A diferença entre o nível de amor e de consciência?
PREMISSA: EXISTE UMA FRONTEIRA ENTRE O AMOR E A CONSCIÊNCIA.
CONCLUSÃO: ESSA FRONTEIRA DÁ A SENSAÇÃO DE MATÉRIA.
Vibração (Freqüência)
Cada coisa é uma vibração diferente da mesma energia [FH] (do mesmo princípio). Tem lógica, e a razão concorda.
Uma prova disso é o espectro de cores. Uma prova disso é o diamante e o grafite.
Se o diamante e o grafite são formados do mesmo tipo de átomos (apenas carbono), o que os fazem ter estruturas diferentes?
Conforme as rotações e translações, teremos estruturas diferentes. Estruturas diferentes têm vibrações diferentes. Sub-estruturas diferentes formam uma estrutura com vibração diferente de seus componentes.
Cada órgão do corpo, cada corpo, tem uma vibração diferente dos demais e do todo. Cada alma tem uma vibração diferente. Num corpo a vibração do todo é diferente da vibração do corpo e da alma. Portanto, cada mente tem uma vibração diferente de todas as demais.
PREMISSA: TUDO VIBRA
CONCLUSÃO: TUDO QUE EXISTE É APENAS UMA SENSAÇÃO
Mente
Não somos diversas mentes conscientes de um único universo, mas uma única mente consciente de vários universos (FH).
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Isso pode até ter lógica, mas a razão não consegue concordar. Parece que o universo é mais importante que a mente. Quando a pessoa morre, o que desaparece é o universo correspondente a ela? Ela desaparece de minha mente?
Como posso ser a única mente e o meu colega afirmar a mesma coisa de si mesmo?
Ser uma mente única é estar sozinho. Só existe Deus (a mente universal), e ele está sozinho.
Se somos uma única mente, então quem morreu não morreu, continua vivendo nas outras "pessoas".
O que nos individualiza? O corpo?
Se somos uma única mente, experimentando vários corpos, o que nos faz diferentes (bons, maus)?
O corpo? Se é o corpo, somos todos bons e não precisaremos reencarnar pela segunda vez em diante.
Ou cada uma é uma mente única? Isto tem lógica e a razão concorda. E cada uma continua consciente de vários universos diferentes, pois estamos mudando a cada instante. E nos comunicamos através do universo criado pela mente universal, a mente coletiva.
Tudo é mental (FH). Tem lógica, mas a razão não concorda: Tudo de que tenho ciência agora é parte de minha consciência mas, não necessariamente, foi criado por ela.
Tudo que ainda não aconteceu está fora de minha mente. Não posso imaginar, mas posso conjeturar, pode ocorrer ou não. Se minha mente é um planeta e um fato (asteróide) atingir minha mente, terei a consciência; se passar ao largo, não aconteceu.
Estão acontecendo coisas das quais não tenho consciência. A razão grita por isso.
Eu não ter consciência não implica inexistência. Todos não terem consciência não implica inexistência. Não há como provar a inexistência de algo e nem a existência de algumas coisas.
Se o universo real é uma criação mental minha, por que não “recrio” aquelas pessoas que morreram? Por que as deixei morrer? Por que não consigo criar em pensamento (imaginar) aquelas que só aparecem em sonho (não as que já apareceram, mas aquelas que ainda vão aparecer)?
Está claro que eu não tenho o controle total desse universo. Existe uma parte que não é mentalmente minha. Talvez seja de uma mente superior. E assim, como essa mente superior pode interferir nas nossas mentes, ela pode, assim, fazer com que tenhamos também uma mente coletiva.
Esse espírito só não é total porque temos uma parte só nossa e esta parte deve fazer parte do que chamamos de livre arbítrio. A parte coletiva é o que chamamos de realidade.
Magnetismo
Por que magnetos naturais ou artificiais atraem ferro e níquel? Por que ferro não atrai ferro?
Por que um magneto não atrai madeira? Por que madeira não atrai madeira?
Pela Lei da Gravidade de Newton, matéria atrai matéria. Por que "matéria magneto" atrai "matéria magneto" tão visivelmente? Que arranjo existe nestes "materiais" que os fazem tão atrativos/repulsivos um ao outro?
Por que a Terra atrai qualquer coisa?
Um objeto sempre cai na Terra porque ela sempre reverte as polaridades do objeto para máxima atração (FH). Como é essa reversão? Pela repulsão do pólo semelhante para reposicionamento de atração? Se sim, tem bastante lógica.
A agulha de uma bússola é atraída para o centro da Terra, enquanto sua outra ponta é repelida pelo centro da Terra. Isto nada mais é que um reposicionamento para máxima atração. Não pode ser gravidade! Uma grande agulha solta dentro do campo gravitacional da Terra cairia com a ponta Sul enfiada na terra.
Esta mesma agulha, totalmente desimantada, que ponta cairia enfiada na terra?
E uma máquina-magneto em queda livre revertendo suas polaridades procurando frear a atração da Terra: funcionaria? Como a Terra re-reverte para fazê-la sempre cair? Vira-a de cabeça para baixo? Este experimento já foi tentado?
Gravidade
Se a gravidade é força magnética, então o graviton não existe; massa é apenas uma concentração de força magnética e o bóson de Higgs não existe.
Galáxias e Átomo
A estabilidade é mantida pelo equilíbrio rotação/translação causados pela atração-repulsão. Uma expansão é compensada pela diminuição de velocidade (que força uma contração); uma contração é compensada pelo aumento da velocidade (que força uma expansão) [FH]. Tem lógica, e a razão concorda.
Este tipo de estabilidade mecânica parece que explica, também, as forças forte e fraca, o que implica na inexistência absoluta do glúon e das partículas W/Z. O que é W/Z?
Movimento de Rotação
Os astros giram sobre seus eixos (também elétrons - por conseqüência quarks, não? Já que eles compõem "prótons" e "nêutrons"), por causa da atração-repulsão. Tem lógica e a razão concorda plenamente.
Se nem todos os planetas do Sistema Solar giram à mesma velocidade, como é mantido o sincronismo com o Sol? Todos eles giram em múltiplos e submúltiplos de 24h terrestres?
E o Sol em relação ao centro de gravidade ao redor do qual ele circula?
A rotação se deve a uma "indecisão" sobre que pólos se posicionar?
Caso uma "decisão" fosse tomada, o universo seria destruído.
Movimento de Translação
A Ciência diz que o Sistema Solar "caminha" de encontro à estrela Vega, e que a Via Láctea "caminha" em direção à galáxia de Andrômeda. Na verdade, estes são movimentos de translação.
Também na molécula do gás hidrogênio, um elétron de um átomo "caminha" em direção ao elétron do outro átomo. Parece que o gás hidrogênio não se destrói por aí por causa disso.
Translação é uma "tentativa de fuga" ou uma "vontade de incorporar" outros corpos?
Vida
Você é o único criador (FH).
Único no próprio universo ou em todos os universos? Crio no meu próprio universo e também no dos outros. O que crio no universo dos outros SEMPRE se reflete no meu, com a mesma força e características (Lei do Retorno Imediato): pensamentos iguais se atraem; pensamentos opostos se repelem.
Mas, isso vale para cada um.
Ciência
Se o que é CIENTÍFICO é só aquilo para o qual é possível construir um experimento que o negue, então tudo o que é errado (relativamente) é CIENTÍFICO, e tudo que é absolutamente errado é NÃO-CIENTÍFICO.
BIBLIOGRAFIA:
“Hyperscience” de Frank Hatem (FH) e Raoul Léon Hatem, sobre Ciência e Metafísica (www.hatem.com/hyperscience.htm).
Brasilio – Junho/2007.