O QUE É LEITURA?
Por Noemia Berto de Lima | 27/10/2013 | EducaçãoO QUE É LEITURA?
A leitura é um hábito de ler, que passa a ter sentido quando fazemos uso constantemente, estabelecendo uma ligação efetiva entre o leitor e o “livro”.
Desde os nossos primeiros contatos com o mundo, começamos assim a compreender a dar sentido ao que e a quem nos cerca, pois se trata de um aprendizado mais natural e ao mesmo tempo constante como novas experiências. É como diz o autor Paulo Freire, ninguém educa ninguém, ninguém ensina ninguém a ler, o aprendizado desencadeia na convivência com os outros e com o mundo.
Para aprender a ler e compreender o processo da leitura tem que valorizá-lo para poder ir além dele. Bastam nos correr os olhos em gravuras que já estamos desvendando os segredos da leitura, mas para efetivar uma leitura não basta o conhecimento da língua. Quando começamos a organizar os conhecimentos adquiridos, a partir das situações da realidade, estabelecemos experiências, resolvendo problemas que nos apresentam, as quais as leituras é que nos faz transformar, habilitar basicamente para termos sobrevivência de vida material e cultural.
Entretanto, quando desde cedo se veem carentes de convívio humano ou com relações sociais restritas, as pessoas tende a ter aptidão para ler igualmente constrangida. Essa compreensão intuitiva a cerca da leitura, demonstra tratar-se de alguém que não pratica a leitura no seu cotidiano e tem dificuldades de dar sentido às coisas. Essa constatação evidencia a importância da memória, tanto para a vida, quanto para a leitura.
Outra inferência está na importância dada à leitura da escrita como ponte para outro entendimento, como instrumento de comunicação, registro das relações humanas, das ações e aspirações dos homens, transformando com frequência em instrumento de poder pelos dominantes.
Diante disso, também se percebe que na classe dominante a leitura não é estimulada abertamente, os “sabedores”, na aparência, estão sempre prontos a ensinar a ler, só que a seu modo, e os indivíduos carentes que precisam aprender, a enfrentar, começa a ler por conta própria, exercitando sua memória em busca do saber. Na estrutura do ensino brasileiro, a educação formal caracteriza francamente o resultado de política educacional e sistema socioeconômico desastroso, bloqueando oportunidades de se realizarem leituras consequentes e de se desenvolverem verdadeiros leitores. Sobretudo, sabemos que para modificar esse quadro, são necessárias reformulações no sistema político econômico e social-cultural, de modo a permitir melhorias efetivas de condições de vida na maioria desfavorecida.
É fundamental que, conhecendo os limites de sua ação, os educadores repensem sua prática profissional e passe a agir, opor, fazer coerentemente, incorporando assim, o ato de ler, descobrindo características comuns e diferenças entre os indivíduos, proporcionando elementos para uma postura crítica. Esse processo de compreensão do ato de ler envolve componentes sensoriais, emocionais, intelectuais, fisiológicos, neurológicos, tanto culturais, econômicos, quanto políticos.
Na criança a leitura através dos sentidos revela um prazer, a curiosidade, ao ver as imagens coloridas, o formato manuseado ajuda a decifrar a comunicação rítmica, sonora e visual. Todavia, cada leitor tem que descobrir e criar uma técnica própria para aprimorar seu desempenho.
A releitura traz muitos benefícios, principalmente a nível racional, isto é, transforma o conhecimento prévio em um novo conhecimento ou em novas questões e ajuda a discernir a cerca do texto lido.
Acima de tudo, precisamos estar conscientes que se não conseguimos tudo de uma vez, que não pare no caminho, mas que se continue andando.
A leitura, portanto, como é discutida desde a alfabetização até às formas mais complexas de encontro com textos na universidade, é uma forma de atribuição contínua de significados. Dessa forma, o leitor seja ele a criança que inicia na alfabetização ou o adulto já na universidade está num contínuo de atribuição, de significados, de expectativas de visão e de chegar à idealidade daquilo que está sendo mostrado pela cartilha ou pelos diferentes tipos de textos.
No entanto, ensinar a aprender é criar possibilidades para que uma criança chegue sozinha a às fontes de conhecimentos que estão a sua disposição na sociedade. A vida de hoje é caracterizada por verdadeiro bombardeiro de informações para todo lado que olhamos nós deparamos, na televisão, rádio, cinema, jornais, revistas, cartazes, livros, folhetos, internet, etc.
Como é fácil perceber a pesquisa é mesmo uma coisa muito séria. Não podemos trata-la com indiferença, menosprezo ou pouco causa na escola. Se quisermos que nossos alunos tenham algum sucesso na sua atividade futura, seja ela do tipo que for: científica, artística, comercial, industrial técnica, religiosa, intelectual... É indispensável que aprendam a pesquisa.
Para despertar no aluno o gosto pela pesquisa, nós professores devemos estimular, investigar sobre um tema de interesse dos alunos e isso é um tipo de atividade que não podemos desperdiçar, pois a pesquisa é reconhecida até pelos órgãos governamental, no dia-a-dia, nas ações mais corriqueiras, no desenvolvimento da ciência, avanço tecnológico e no progresso intelectual de um indivíduo.
A pesquisa na área da leitura está voltada ao processo de alfabetização, porque na verdade a leitura do aluno brasileiro é um grande ponto de interrogação. Por outro lado, é comum ouvir dizer que a produção e a circulação de livros neste país são regidas por critérios de vendagem, tradição e modismo e não pela qualidade de suas informações. As escolas estão frequentemente identificando os seus propósitos problemas, mas poucas pesquisam a solução para esses problemas. O despreparo do aluno principalmente na parte da leitura fez com que as autoridades educacionais decretassem a indução da redação no vestibular.
PROFESSORA; NOÊMIA BERTO DE LIMA____ PEDAGOGA, PÓS-GRADUADA EM PSICOPEDAGOGIA.