O que é Inseminação intrauterina (IIU)?
Por Malo Clinic - Ginemed | 09/06/2017 | SaúdeA decisão de ter um filho via inseminação artificial não é fácil!
A mulher está muito fragilizada, insegura, com diversas dúvidas e, principalmente, com medo do que poderá acontecer. Sente que cada decisão que possa vir a tomar será definitiva. Que cada ação é importante.
Um dos maiores temores é a forma como esta técnica é intrusiva… e “Será que dói?”, é uma das perguntas que mais ouvimos.
Antes de se explicar o que é realmente a inseminação intrauterina (IIU), vamos começar por lhe dizer que esta é uma das técnicas menos invasivas dentro da reprodução medicamente assistida. Acrescentamos ainda que é fundamental para garantir uma criança saudável, visto que é possível separar os espermatozoides e analisá-los para verificar se possuem cargas virais.
Também aproveitamos para lhe informar que a IIU, além de ser indolor devido aos métodos que utilizamos, só se aplica em casos muito específicos.
No caso da mulher:
- Quando a mulher sofre de perturbações psicológicas, como o vaginismo.
- Existe uma disfunção ligeira da ovulação.
- Se o muco cervical é hostil ou incompatível com os espermatozoides do companheiro.
- Se a paciente sofrer de endometriose ligeira, que não afete as trompas de Falópio.
No caso do homem:
- Produz pouca quantidade de sémen.
- Foi submetido a uma vasectomia.
- Fez há pouco tempo, ou está a fazer, um tratamento contra o cancro.
- Falha ejaculatória.
- Doenças virais transmissíveis, como a SIDA.
O que é a inseminação intrauterina?
A inseminação intrauterina, ou IIU, é uma técnica de reprodução medicamente assistida em que o sémen é depositado de forma artificial nas vias genitais da mulher. Ou seja, os espermatozoides são recolhidos, analisados, selecionados morfologicamente e a nível de mobilidade, e posteriormente depositados na cavidade uterina.
Caso o companheiro tenha algum problema na produção de sémen, seja infértil, ou tenha sido submetido a radioterapia e quimioterapia, a mulher pode recorrer ao esperma de dadores. Também o pode fazer, se for sozinha ou tenha uma parceira.
Seja qual for a origem do esperma, este é criopreservado após uma análise cuidada sobre a sua qualidade. Antes da deposição nas vias genitais da mulher, também é analisada a compatibilidade, para que se possa evitar doenças raras, devido a genes recessivos.
A taxa de sucesso do IIU depende muito da idade da mulher e das causas que determinaram a utilização desta técnica. Naturalmente, a mulher entre os 30 e os 40 anos tem em média uma probabilidade de 20% de gravidezes/mês, algo que desce drasticamente para 5% de gravidezes/mês, em mulheres a partir dos 40 anos.
No entanto, podemos garantir que, a nível percentual, o número de gravidezes que ocorrem a partir deste método é equivalente ao das sem intervenção externa (excetuando as mulheres com mais de 40 anos): 20% de gravidezes/mês.
A probabilidade de aborto, malformações ou alterações genéticas, através desta técnica, assim que se consiga a gravidez é a mesma do que numa gestação sem tratamento. Mas, graças às técnicas laboratoriais que analisam a compatibilidade do ADN da mulher com o companheiro, ou dador, este risco pode ser minimizado.
Acompanhamento contínuo
Como sabemos que tomar uma decisão é difícil, mesmo já sabendo o que é a inseminação intrauterina (IIU), e que o peso que recai sobre a mulher nestas ocasiões é enorme, escolha uma clinica que a acompanhe ao longo de todo o processo. Um ginecologista e uma coordenadora que farão o seu acompanhamento passo a passo, seja qual for a técnica escolhida para poder ajudá-la a cumprir o seu sonho.