O que é a Doutrina Empírica.

Por Edjar Dias de Vasconcelos | 13/05/2013 | Arte

O que é a doutrina empírica.

Uma doutrina filosófica ou teoria do conhecimento, que determina pela sua lógica interna ou princípio epistemológico. Todo conhecimento resulta tão somente em todas suas formas pela experiência sensível, interna ou externa.

Não é possível outra forma de conhecimento, naturalmente sempre é defendido o conhecimento empírico, isso do ponto de vista científico.

 A não existência de outras fontes de conhecimento, a não serem a experiência e a sensação, defesa elaborada por Locke e Hume entre todos, principalmente os contemporâneos.

As ideias não são inatas, a criança ao nascer não existe no seu cérebro nenhum padrão universal de cultura, tudo que ela passará a ser depende essencialmente das padronizações do seu meio, sendo aquilo que a pessoa é na questão de consciência e níveis da mesma.

Motivo pelo qual o empirismo rejeita todas as formas de metafísica ou de formulação que não seja empírico, seu grande argumento, nada se encontra no espírito que não tenha antes estado nos sentidos.

Tese fundamental do empirismo, só se pode  encontrar antes no espírito, o próprio espírito, o que significa a disposição para o conhecimento, mas o mesmo não será a priori igual em todos os meios.  Diferentes formas de culturas produzem multiplicidades de entendimentos. Edjar.

Kant tenta resolver essa questão de outro modo, sem negar  a Filosofia empírica como metodologia científica, afirma o filósofo todos os conhecimentos provem logicamente da experiência, a esse respeito não existem dúvidas.

Mas por outro lado, existem entendimentos de conhecimentos a priori que são essencialmente do campo do espírito, com essa proposição ele tenta evitar uma ditadura epistemológica tipicamente do dogmatismo do empirismo.

Um exemplo típico, dois mais dois igual a quatro, essa formulação de conhecimento independe de qualquer experiência, duas linhas paralelas jamais se encontram em um determinado ponto.

O que Kant procura fazer é valorizar a metodologia empírica, porque não tem como negar tal procedimento epistemológico, mas por outro lado, não se podem entender todas as epistemologias de conhecimento apenas pela experiência até porque existem substâncias de conhecimentos que não resultam do método indutivo.

Com efeito, duas formas de conhecimentos, a que se denomina de empirismo no uso do método indutivo, aplicada essencialmente as Ciências da natureza.

 Essa forma epistemológica faz uso de uma experiência particular para chegar ao conhecimento praticamente absoluto, exemplo o resultado de um exame de DNA.

 A metodologia do conhecimento é empírica e particularmente sempre igual o seu resultado em qualquer parte do mundo.  Aqui se aplica o método do entendimento.

A outra maneira de conhecimento usa-se o método dedutivo aplica as Ciências do espírito, entendimento do uso da compreensão, a análise desenvolve se pela lógica da dedução, o método do racionalismo puro, nas diversas variáveis dos seus entendimentos.

O que significa que o conhecimento formulado pelas as Ciências do espírito existe entre o sujeito e o objeto, certa identidade, motivo pelo qual ambos são produtos do mesmo meio cultural, Dilthey.

 Nesse caso específico determina-se uma inter-relação entre o objeto em si e sujeito que o conhece. Produções culturais do mesmo meio.

O que significa que objeto também necessariamente determina o sujeito no seu mecanismo do conhecimento aplica se diversas variáveis.

 O entendimento não é o mesmo, muito menos genuinamente certo.  Nesse caso pode ser interpretativo, dado certo grau de subjetividade.

O que significa que essa metodologia não é inteiramente empírica, muito menos absolutamente objetiva.

 Ambas as metodologias fazem uso do racionalismo Kantiano, mas não podem aplicar de igual proporção ao empirismo e do mesmo modo as Ciências do espírito.

Em um dos campos, a metodologia é bastante subjetiva, depende muito dos paradigmas aplicados  os mesmos sofrem variações culturais dos seus tempos históricos como fator de produção, nesse caso a relativa identidade cultural, motivo pelo qual cabe espaço para  análise da interpretação.

Evidentemente ao que compete à outra metodologia, a empírica, não existe a mesma forma identidade cultural entre sujeito e objeto, são produções culturais diferentes.

 O que significa que o sujeito por meio dele mesmo no campo da experiência determina empiricamente o que é o objeto, isso naturalmente em maior proporcionalidade.

Naturalmente que usa se também do racionalismo, mas jamais da metodologia do método dedutivo pelo menos pela proposta clássica colocada pela escolástica.

Edjar Dias de Vasconcelos.