O Professor Na Construção Das Competências

Por Sandra Regina da Luz Inácio | 17/11/2008 | Educação

Conceito

 

A noção de competências está intimamente ligada a situações as quais é preciso tomar decisões e resolver problemas.

 

Uma competência permite afrontar regular e adequadamente uma família de tarefas e de situações, apelando para noções, conhecimentos, informações, procedimentos, métodos, técnicas ou ainda, a outras competências mais específicas.

 

Competência é saber mobilizar e isto se manifesta na ação.

 

A escola é um lugar onde todos acumulam os conhecimentos de que um número significativo de pessoas necessita e ou necessitarão mais tarde.

 

Questionamentos:

 

1. O que mais nos incomodava na escola quando éramos estudantes?

 

2. A escola pode ter uma postura pró-ativa no que diz respeito às expectativas dos alunos atuais, apenas com a modernização tecnológica?

 

3. O que as escolas modernas realmente querem de seus professores abarrotados de conhecimentos acumulados em suas pesquisas e cursos?

 

4. Como deve ser a trilogia escola-professor-aluno na construção de competências que levem os alunos a conhecer ferramentas para dominar a vida e compreender melhor o mundo?

 

O papel do professor resgata as essências da origem no que diz respeito aos estilos de aprendizagem, ou seja: cada pessoa aprende de um modo. Uns pela observação, outros pela pesquisa, outros ainda pela repetição de tarefas e ações e assim por diante.

 

Assim como o professor não suporta textos manuscritos por alunos onde não consegue decifrar as letras caligrafadas, os alunos também não suportam professores que trazem suas frases feitas, como: “meu método de ensino é assim” ou “minha forma de avaliação é assim”, “eu sou assim”...

 

O papel do professor na construção de competências é fundamental como agente estimulador, motivador, potencializador de competências, entendendo o aluno como uma matéria prima a ser moldada tanto no processo de comunicação como na relação de trabalho, oferecendo a ele o maior e melhor produto ao qual ele pode se transformar , correspondendo às suas expectativas.

 

E isso passa pela compreensão uniforme e harmônica das competências, das novas necessidades do mercado e, principalmente, do posicionamento uniforme da equipe de professores junto aos alunos de cada curso, para construírem juntos um conhecimento de utilidade e um relacionamento do tipo “lição de vida” para o aluno atuar efetivamente como agente de mudanças e se realizar na vida e na sociedade.

 

Cabe a nós professores (incluindo você) a adoção de uma política de auto-questionamento e auto-avaliação em tempo real e 24h, para balizamento do referencial de conhecimentos, habilidades e atitudes como agentes, facilitadores, construtores de competências, educadores, motivadores de talentos humanos para a realização pessoal, profissional, emocional, espiritual e social.

 

Conclusivamente, é recomendável a quebra de velhos paradigmas e a adoção de novos, compatíveis com o cenário atual em que vivemos.

 

Reflita sobre as atitudes abaixo:

1. Pare de falar “ a minha classe é muito heterogênea”. Graças a Deus que é, sempre foi e sempre será, aliás, cada vez mais. Seria caótico e entediante trabalhar em uma classe totalmente homogênea.

 

2. Pare de culpar a instituição ou o governo por sua defasagem. A informação hoje em dia é gratuita e está disponível igualmente em tempo real 24h para quem quiser procurá-la. Atualizar-se é preciso, sob pena de auto-desclassificação para a continuidade e boa parte disso passa por você. Faça a sua parte.

 

3. Capitalize sua experiência anterior de anos em sala de aula, para construir um modelo que realmente faça a diferença positivamente.

 

4. Utilize o ambiente internet também para intercambiar informações, conhecimentos e experiências. Neste exato momento, existem inúmeras pessoas na rede, procurando alguém com sua experiência para um diálogo construtivo, mas que não sabem que você existe.