O PROCESSO DE ENSINO-APRENDIZAGEM NAS ESCOLAS SECUNDÁRIAS DO MUNICÍPIO DA QUIÇAMA NO SÉCULO XXI FACE AOS NOVOS DESAFIOS
Por Joel Daniel Cabunde | 18/11/2020 | EducaçãoINTRODUÇÃO
A educação que neste artigo se refere à escolarização formal – representa uma parte fundamental do desenvolvimento de cada cidadão dentro do município da Quiçama. Ela deve preparar os estudantes para que prosperem na sua vida cotidiana, e pode ser uma ferramenta poderosa para o desenvolvimento social. Se bem planejada, a educação pode contribuir para a formação de indivíduos mais capacitados e mais felizes e sociedades mais pacíficas e sustentáveis, com maior progresso económico e mais equidade, compostas de pessoas realizadas em todas as dimensões do seu bem-estar. Compreender a educação como transformação social, pressupõe ver o homem não como mero reservatório, depósito de conteúdos, mas sujeito construtor da própria história e em consequência, capaz de problematizar suas relações com o mundo. A desigualdade económica está aumentando, a educação não está alinhada às oportunidades de emprego e a violência venha ser uma ameaça dentro do município. O município para o qual a educação foi planejada não existe mais, e mesmo que fosse feita uma reforma no sistema de educação para se adaptar ao mundo actual, esse sistema já estaria parcialmente desactualizado quando os estudantes dos anos iniciais do ensino fundamental chegassem ao fim do ensino médio. Então, o que podemos fazer? Temos que reformular o currículo escolar com este inevitável estado de mudança em mente e formar os estudantes para que sejam adaptáveis e versáteis. Esta é uma oportunidade. A humanidade pode reflectir, adaptar e agir de maneira proactiva para moldar o futuro desejado. Muitos programas educativos se concentram em melhorar como a educação é implementada. Este é um objectivo digno e importante. Mas, então, questionamos: estamos ensinando e testando as coisas certas? O que deveria ser aprendido para melhor preparar os estudantes para o século XXI? A estrutura se concentra no conhecimento (o que os estudantes sabem e entendem), nas habilidades (como eles usam esse conhecimento), no carácter (como eles se comportam e se engajam no mundo) e no meta-aprendizado (como eles reflectem sobre si mesmos e se adaptam e continuam aprendendo e crescendo para atingir seus objectivos). Este artigo é para professores, chefes de departamentos, directores de escolas, administradores, formuladores de políticas públicas, criadores de tendências, desenvolvedores de currículos e avaliações escolares e outros líderes de ideias inovadoras e influenciadores que buscam desenvolver uma compreensão completa das necessidades e desafios que todos nós temos e que ajudam a criar soluções inovadoras. REVISÃO DA LITERATURA Aplicação das Politicas Educativas O desafio da educação é universal, é política de todos os estados se empenharem em garantir o acesso a uma educação básica de qualidade para todos, conforme a Declaração Universal de Dakar de 2000- Sobre a Educação de Qualidade para Todos, resultante de um Fórum Mundial de Educação, realizado em Dakar, Senegal, de 26 a 28 de Abril de 2000. A implementação deste diploma internacional, cremos que, o Governo municipal da Quiçama junto do Gabinete Provincial de Educação, reconhece ter necessidades de melhorar pelo menos todos os aspectos qualitativos da educação, razão pela qual motivou-lhes a reformular e formular algumas das grandes políticas educativas, nomeadamente (LBSE) Lei de Bases do Sistema Educativo, isto é, Lei nº 17/16 de 7 de Outubro. As estratégias Integrado Para Melhoria do Sistema de Educação param o período 2001- 2015, Plano Mestre de Formação de Professores, Novo Estatuto da Carreira Docente. A elaboração e aprovação dessas políticas educativas, traduz, obviamente a grande vontade do Executivo em responder os compromissos assumidos no contexto internacional. Segundo (Peterson, 2003) afirma que, “a vontade política é um elemento primordial para responder qualquer desafio que se pretende alcançar, mas se por um lado essa vontade política é notório, através dos discursos dos responsáveis da educação, de alguns progressos que se verificam no sector da educação e do volume das políticas educativas produzidas até ao momento, por outro lado, observações empíricas sobre o funcionamento das escolas tem demonstrados que elas se debatem com graves problemas (desde o estado das Infra-estruturas escolares, longas distâncias percorridas pelos alunos e professores, via de acesso, o acesso a informação e comunicação, capacitação dos professores, formação contínua dos directores e professores, promoção e mudanças de categorias) que, naturalmente coloca em duvida se a referida escola de um modo geral garante ou pelo menos tendem a garantir a educação desejada pelo executivo, quer pelos pais e encarregados de educação”. Achamos que os casos apresentados, pode-nos levar-nos a reflexão em torno de varias questões, entre as quais fundamentalmente: Aa longas distâncias percorridas pelos alunos e professores, a falta de conhecimento por muitos inspectores, directores com baixo níveis académico e sem formação no ramo da educação, o défice dos agentes da educação na transmissão dos conhecimento. Todas estas questões constituem problemas que suscitam estudos exaustivos. Segundo (Nérici, 1985) afierma que, “verdade a educação e ensino de qualidade requerem de recursos financeiros suficientes. As várias questões apontadas acima, exigem sérios e constantes investimentos por parte das autoridades competentes, tendo a formação integral do indivíduo no centro de todas as atenções”. Acima de tudo, gostaríamos de realçar dois itens que, nos parecem de suma importância: A formação contínua dos professores, enquanto agente centrais do processo de ensino-aprendizagem; Requalificação dos pessoais de Direcção das Escolas com isso deve existir valorização dos quadros no que concerne a ocupação (pensamos num futuro do município e não no salário alto). Destacamos apenas essas duas, porque as experiências de outras realidades sociais têm estado a demonstrar que as infra-estruturas escolares podem não serem adequadas, mas os indivíduos podem ser capazes de obter conhecimentos e aptidões necessárias para a sua efectiva inserção na sociedade, desde que tenham consigo Dirigentes qualificados e por uma oferta contínua de frequentar acções de capacitação para actualização dos seus conhecimentos. [...]