O Poder Simbólico de Bourdieu
Por Alcides Inacio Sousa SImiao | 03/05/2015 | EducaçãoSABERES CURSOS E EXTENSÃO
MESTRADO DA DOCENCIA DA EDUCAÇÃO BRASILEIRA
ALCIDES INÁCIO SOUSA SIMIÃO
O PODER SIMBÓLICO DE BORDIEU
BELÉM/PA
2015
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O PODER SIMBÓLICO DE BORDIEU
¹Alcides Inácio Sousa Simião
alcidessimiao@gmail.com
²Everaldo de Deus
RESUMO
O Objetivo deste artigo é oportunizar uma reflexão da sociologia de acordo com a
visão de BORDIEU, onde o sociólogo argumenta os principais conceitos, analisando
profundamente o Poder Simbólico em como e onde identifica-lo, procurando por analogia
mobilizar as relações estabelecidas entre o singular e o coletivo dentro dos grupos sociais,
trazendo questionamentos sobre a relação sistêmica do mundo social, criando genealogias
relacionadas as imposições dos conceitos de regra geral como poder dominante e a aceitação
dessas regras por indivíduos assim denominados ¨dominados¨, buscando em seus pontos de
analise a retórica da visualização das artes, politicas e dos meios acadêmicos , como
tradicionais em manter a estrutura que doravante tende nortear a sociedade.
Palavras-chave:Poder Simbólico, Grupos sociais, Estruturas Tradicionais.
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¹ Mestrando do Cursode Educação,Interdisciplinaridade e subjetividade. Tecnólogo em Redes e Sistemas,
Especialista em Tradução e interpretação de LIBRAS, Pós graduando em LIBRAS (Docência), Prof. colaborador
Projeto PARFOR – Univ. Federal do Pará – UFPA, Prof. Do Instituto de Educação do Pará - IEPA
² Doutorando Em Educação.
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SUMÁRIO
1. O PODER SIMBÓLICO...........................................................................................04
1.1 Primeira Sintese...............................................................................................04
1.2 As produções simbólicas como instrumentos de dominação...........................04
1.3 Segunda Síntese ...............................................................................................05
2. INTRODUÇÃO A UMA SOCIOLOGIA REFLEXIVA........................................05
3. CAMPO, CAPITAL E HABITUS.............................................................................06
4. AS RELAÇÕES ENTRE A HISTORIA REIFICADA E A HISTORIA
INCORPORADA .......................................................................................................07
5. A IDENTIDADE E A REPRESENTAÇÃO: ELEMENTO PARA UMA
REFLEXÃO CRITICA SOBRE A IDEIA DE REGIÃO.......................................08
6. ESPAÇO SOCIAL E A GÊNESE DAS CLASSES..................................................08
7. A REPRESENTAÇÃO POLÍTICA, ELEMENTOS PARA UMA TEORIA DO
CAMPO POLÍTICO..................................................................................................09
8. A FORCA DO DIREITO, ELEMENTOS PARA UMA SOCIOLOGIA DO
DIREITO.....................................................................................................................09
9. INSTITUCIONALIZAÇÃO DA ANOMIA..............................................................10
10. GÊNESE HISTÓRICA DE UMA ESTÉTICA PURA............................................10
11. CONSIDERAÇÕES ...................................................................................................11
REFERÊNCIAS..........................................................................................................11
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1. O PODER SIMBÓLICO
Segundo Bordieu, Os sistemas simbólicos são exercidos sem a menor preocupação
do conhecimento de quem se sujeita ou quem exerce esse poder invisível, exercendo o poder
estruturante , quando usa a língua, religião etc..., como instrumentos de construção
considerando essas formas arbitrarias simbolicamente determinadas.
A análise estrutural utiliza-se do instrumento metodológico, na necessidade de
apreender como funciona a especificidade lógica de cada forma simbólica, visando isolar cada
estrutura de maneira a explicar separadamente a relação entre o som e o sentido.
Para Bordieu, em se tratando da tradiçãoneo-kantiana, os universos simbólicos (mito,
língua, arte, ciência) fazem parte da instrumentalização de uma construção da forma
simbólica utilizando-se de objetos como aspecto de conhecimento.
1.1 Primeira Síntese
Os ¨sistemas Simbólicos¨, só podem exercer um poder estruturante porque são
estruturados, com a construção de uma realidade baseando-se no conhecimento de quem
realmente conhece o objeto, que Durkheim chama de conformismo lógico ou seja ¨uma
concepção homogênea do tempo, do espaço, do número, da causa, que torna possível a
concordância entre as inteligências.
Os símbolos são instrumentos por excelência da “integração social”: enquanto
instrumentos de conhecimento e de comunicação
1.2 As produções simbólicas como instrumentos de dominação
Baseado na tradição marxista em “privilegiar as funções politicas do simbolismo” em
detrimento a sua estrutura lógica. As produções simbólicas relacionam-se diretamente as
intenções e interesses das classes dominantes, utilizando-se dos meios simbólicos como a
interagir na classe dominado como verdade absoluta e consensual, dando a falsa motivação de
senso comum.
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1.3 Segunda Síntese
Os instrumentos estruturados e estruturantes de comunicação e de conhecimento, os
“sistemas simbólicos” cumprem sua função política de instrumentos de imposição ou de
legitimação da dominação, criando então uma¨violência simbólica¨ de dominação de uma
classe sobre outra reforçando sua relação de força, segundo a expressão de Weber, para a
“domesticação dos dominados”.
A luta pelo topo da hierarquia das classes dominantes, assentado pelo capital
dominante, legitima sua dominação por meios de produções simbólicas ou ate mesmo de
ideólogos conservadores que servem as classes dominantes, o discurso utilizado gera uma
falsa tendência organizacional de classe de maneira e torna-se essa estrutura uma maneira
natural e disfarçando a maneira real de imposição.
2. INTRODUÇÃO A UMA SOCIOLOGIA REFLEXIVA.
Neste âmbito de pesquisa, Bordieu desmistifica a questão da pesquisa como sendo
uma atividade racional, buscando a orientação realista e a maximização dos rendimentos
investidos e do menor aproveitamento dos recursos, não exagerando no seu papel de
investigador, mas exercendo simplesmente o seu oficio.
Ao expor uma pesquisa, nos dispomos a ser visto, mostrando o que valemos e o
quanto mais nos expomos mais temos possibilidade de tirar proveito das discursões, nesse
contexto Bordieu em suas divagações classifica a pesquisa em : - Nascente, como sendo um
momento confuso e que habitualmente encontramos de forma acabada. – Homo academicus,
como aquele que vê sua realização acabada tirando todo e qualquer vestígio de esboço ou
rascunho, deixando a obra o mais perfeita possível, porém em alguns momentos a exigência o
faz refazer contínuos esboços ate a obra final.
A racionalidade desta atividade de pesquisa diz respeito a quebra de doutrina préimposta como modelo único, Bordieu mostra insistência quanto a quebra dessa rotina ,
tornando a ciência verdadeiramente cientifica e sendo a base da sociologia bem feita.
Bordieu afirma a partir de Bachelard, que a ciência não deve aceitar o saber
definitivo, pois as progressões só ocorrem a partir das construções de seus próprios princípios,
procurando evitar aparência cientifica, contrariando as normas e desafiando os critérios dos
rigores científicos impostos.
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Bordieu define a escolha do objeto da pesquisa como no sentido a contrapor as
verdades cientificas aceitas como verdades e inovações sociais e politicas, em sua concepção
o mais importante é a construção ou reconstrução metodológica fundamentalizando e
analisando asociologia construída a partir do objeto de pesquisado.
De acordo com Bordieu a construção do objeto com a intencional sociologia, seria o
romper do medo comum dando ênfase a pratica da duvida, exteriorizando as pré-noções do
próprio sociólogo (pesquisador) como um ser social, eximindo-se das pré-construções e dos
conceitos pré-estabelecidos, devendo portanto compreender o seu objeto de estudo e o meio
onde cientificamente esta inserido, ou seja o objeto de analise não é independente do
conhecimento de quem ou oque realiza a pesquisa. Desta maneira Bordieu interliga o campo
cientifico a sociedade onde se encontra inserido.
Bordieu afirma que, todo pesquisador(sociólogo) exposto sem os necessários
conhecimentos dos pensamentos oriundos da tradição teórica, será exclusivamente um amador
espontâneo, porém nem sempre o mais experiente, sendo assim pode incorrer ao erro de
analise.
“A tentação sempre renascente de transformar os preceitos do método em receita de
cozinha cientifica ou engenhocas de laboratório; Só podemos opor o treino constante
na vigilância epistemológica, que subordinado as técnicas e conceitos a uma
interrogação sobre as condições e limites de sua validade, proíbe as facilidades de
uma aplicação automática de procedimentos já experimentados e ensina que toda
operação, por mais rotineira ou rotinizada que seja, deve ser repensada, tanto em si
mesma quanto em função do caso particular. É somente por uma reinterpretação
mágica das exigências da medida que podemos superestimar a importância de
operações que no final de contas, não passam de habilidades profissionais e
simultaneamente transformando a prudência metodológica em reverencia sagrada,
como receio de não preencher calmamente as condições rituais, utilizar com receio
ou nunca utilizar instrumentos que apenas deveriam ser julgados pelo seu uso. Os
que levam a preocupação metodológica até a obsessão nos fazem pensar nesse
doente, mencionado por Freud, que passava seu tempo a limpar os óculos sem nunca
coloca-los (BORDIEU, CHAMBOREDONI, PASSAREON, 1999, p-14).”
Segundo Bordieu, o sociólogo tem a necessidade de ter folego para realizar um
trabalho minucioso, justamente para não perder de vista a parcialidade de suas analises.
3. CAMPO, CAPITAL E HABITUS.
Bordieu argumenta que a realidade é orientada por convenções sociais, e distinções
sociais em relação aos outros, a teoria de campo é o espaço onde ocorrem as relações entre
indivíduos e que gera o conflito por fatores externos, dentro do campo os sujeitos
participantes podem lutar, criar, participar e interagir, regidos por regras institucionais em
busca de capital simbólico que pode ser prestigio, autoridade etc...
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O campo deve ser analisado como um ambiente onde o conjunto de interações dos
agentes diferentes que se agrupam ou não de acordo com a necessidade de alcançar o capital
simbólico obedecendo as regras das instituições que a compõem, mas cabe ao pesquisador
não cometer a falha que Bordieu chama de “erro de curto-circuito”, erro de relacionar obras
cientificas ou artísticas apenas a manifestações políticos partidárias que ocorram no período
da pesquisa e analise, devendo haver uma analise mais profunda além dos acontecimentos
sociais.
O capital Simbólico segundo Bordieu, é uma meta a atingir independente de sua
espécie, sendo algo almejado e suas respectivas categorias, diante dessas perspectivas o
cientista pesquisador tem que atentar para esse “status” dentro do campo para dirimir analises
do enraizamento deste capital em uma determinada estrutura e a diferenciação advinda dessas
diferentes analise.
Habitus de acordo com Bordieu é sistemático e utilizado dentro das estruturas
consolidando as praticas de um determinado grupo de agentes dentro do campo, não deixando
de lado a dinâmica individual de cada elemento em relação ao coletivo, também analisando as
ideias inerentes aos indivíduos, os quais dispõem a disciplina e o comportamento estrutural
dos campos analisados.
4. AS RELAÇÕES ENTRE A HISTÓRIA REIFICADA E A HISTÓRIA
INCORPORADA.
Bordieu aponta que o pesquisador mantenha uma relação com seu objeto de analise,
e não doravante atribuir uma vontade central e única, pois terá a possibilidade de não
visualizar as relações sócias de produção.
Os campos burocráticos residem na capacidade de cria autonomia de produzir em
seus indivíduos a arte de praticar regulamentos pré-definidos, o individuo como ser social tem
em sua historia um universo de registros os quais restringem suas opções, desta maneira o
peso da historia incorpora os movimentos revolucionários originados da estrutura objetiva,
no entanto a historia reificada aproveita-se desta cumplicidade falseada e incorpora-se ao
portador da historia apropriando-se de suas ideias.
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5. A IDENTIDADE E A REPRESENTAÇÃO: ELEMENTO PARA UMA REFLEXÃO
CRITICA SOBRE A IDEIA DE REGIÃO.
Conforme Bordieu, a região é o que esta em luta entre os cientistas, não só os
coreógrafos por terem haver com o espaço, mas a inspiração definida pela legitimidade do
monopólio, gerando debates sobre noção de região em especial de etnia ou etnicidade
objetivando representações mentais (percepção e apreciação) e representações mentais
objetivas (emblemas e insígnias), desenvolvendo uma divisão baseada no poder consensual e
desta maneira unificando um grupo.
A região consiste em imposição de legitima autoridade como força de lei, segundo
Bordieu que aponta o discurso regionalista como objetivo de impor a definição de fronteira e
reconhecimento da região delimitada.
O regionalismo é um caso singular de lutas simbólicas seja individual ou coletiva,
quando o individuo isola-se nesta luta , ele entra na situação de dominado e tende a aceitar sua
identidade como tal ou busca a sua assimilação junto a esta região.
6. ESPAÇO SOCIAL E A GÊNESE DAS CLASSES.
“Num primeiro tempo, a sociologia apresenta-se como uma topologia social, podese assim representar o mundo social em forma de um espaço (a varias dimensões)
construído na base de princípios de diferenciação ou de distribuição constituídos
pelo conjunto de propriedade que actuam no universo social considerado
(BORDIEU, 1989, p-133).”
Dentro do campo social a distribuição do capital como instrumento coercitivo do
trabalho social, define o estado das relações de força, através da institucionalização social ou
jurídica.
O tema objetivista integra as representações do mundo social e suas contribuições
para a construção do meio social, tornando a percepção do mundo social incorporado as
estruturas objetivas de espaço social, tornando os agentes a aceitarem como natural.
Ao criar forças objetivas as relações de visão de mundo tendem ao poder simbólico
faze-lo existir pelo poder da nomeação, impondo seus pontos de vistas e a nomeação oficial
tendo favorecido pelo coletivo do consenso e do senso comum.
Bordieu afirma que a política é o lugar onde a eficácia do poder simbólico tem sua
existência a partir do poder autorizado pelos agentes para falar em seu nome.
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7. A REPRESENTAÇÃO POLÍTICA, ELEMENTOS PARA UMA TEORIA DO
CAMPO POLÍTICO.
Segundo Bordieu, o campo político é similar a um campo de lutas, onde a relação de
força confere a estrutura deste campo em um determinado momento, oferecendo instrumentos
de percepção e expressão do mundo social, a produção dessa percepção é monopolizada pelos
profissionais que estão sujeitos aos diversos constrangimentos nesse referido campo.
“Dado que os produtos oferecidos pelo campo político são instrumentos de
percepção e de expressão do mundo social ( ou se assim se quiser, princípios de divisão), a distribuição das opiniões numa população determinada depende do estado
dos instrumentos de percepção e de expressão disponíveis e do acesso que os
diferentes grupos tem a esses instrumentos (BORDIEU,1998, p-165)”
O discurso político é limitado pela censura do campo político, delimitando e
problemática como a fronteira no uso do que se pensa quanto ao que se torna impensável na
determinação da relação de interesses dentro de sua posição nas relações de produção cultural.
O habituspolítico,pressupõem uma aprendizagem especifica e um domínio de uma
retorica de conhecimento voltado a oratória, desta maneira dentro do campo de produção
ideológica é necessário competência geral e especifica, gerando um investimento
organizacional com a mobilização do maior numero possível de indivíduos.
“O campo político é pois o lugar de uma concorrência pelo poder que se faz por
intermédio de uma concorrência pelos profanos ou melhor, pelo monopólio do
direito de falar e de agir em nome de uma parte ou totalidade de profanos
(BORDIEU, 1998, p-185)”
A delegação do capital politico mobiliza a reprodução através de estratégias e quanto
mais avançada é a institucionalização, mais o individuo tende a subordinar-se, Bordieu
detalha ainda que o reforço contínuo dessa estratégia é que mantem a posição dos dominantes
neste campo.
8. A FORCA DO DIREITO, ELEMENTOS PARA UMA SOCIOLOGIA DO DIREITO.
A ciência jurídica é concebida por seus integrantes como a historia do
desenvolvimento interno dos conceitos e dos seus métodos, tornando-se espaço concorrente
em fazer interpretar textos visando consagrar e legitimar o mundo social.
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De acordo com Bordieu, os processos linguísticos produzem efeitos de neutralização
com marcações frasais impessoais, objetivas e universais com uma retórica de atestação
oficial (verbos na terceira pessoal exe.: declara, confessa etc..), Bordieu complementa ainda
que a resistência das corporações jurídicas tecem estratégias quanto a anular os efeitos da lei
em detrimento a outros interesses e que por isso exercem uma preocupação aos produtos das
leis.
Afirmando Bordieu que a prática jurídica se manifesta de maneira concorrente entre
os profissionais, pela lógica da oferta e da procura, sendo o trabalho jurídico causador de
efeitos múltiplos ao fixar uma decisão exemplar, constituindo assim o trabalho jurídico como
fundamento da manutenção da ordem simbólica.
9. INSTITUCIONALIZAÇÃO DA ANOMIA
Bordieu também analisa o desabar das estruturas sociais e mentais, favorecendo o
surgimento de uma revolução simbólica, neste contexto favorecem a arte de Manet e os
impressionistas indos contra a tradição acadêmica que tratavam as obras de Manet como
esboços mal delineados e ainda não acabados, causando rompimento do estilo acadêmico.
A arte acadêmica é associada ao sentido moralmente hierárquico, sendo assim,
Estado impõem a divisão e a visão da representação do mundo através de preceitos
acadêmicos.
10. GÊNESE HISTÓRICA DE UMA ESTÉTICA PURA
De acordo com Bordieu, quanto ao debate filosófico das obras de artes, Danto afirma
que o principio da diferença da obra rende na instituição a universalização social o que lhe
confere o estatuto de apreciação estética , no entanto Bordieu transmite que a arte é a ameaça
de localiza-la num movimento na história e sem função no desapego a gratuidade.
“A experiência estética da obra dotada de sentido e de valor é um efeito de
concordância entre duas faces da mesma instituição histórica(...)se for apreendida
por expectadores dotados de atitude e competência estéticas tacitamente exigidas
(BORDIEU, 1998, p – 286)”
Bordieu antes de buscar a resposta, investiga a necessidade de descrição das
condições sociais que permitiram o desenvolvimento desse artista e, por conseguinte a
autonomia de campo deste desenvolvimento.
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“E se há uma verdade é que a verdade está em jogo nas lutas, embora as
classificações ou os juízos divergentes ou antagônicos dos agentes envolvidos no
campo artístico(...), e a ciência nada mas pode fazer senão tentar estabelecer a
verdade dessas lutas pela verdade (BORDIEU, 1998, p-293:294).
CONSIDERAÇÕES
Bordieu (1989) em seu texto como produção moderna denota a preocupação quanto
ao individuo e a sociedade, e as relações que advém desta convivência, principalmente a cerca
da maneira como o poder simbólico utiliza-se de métodos e metodologia para imputar sobre
este grupo social as estruturas que definem de maneira impar a clareza entre dominante e
dominado.
Em sua analise define pontos que contrapõem valores existentes presenciando uma
posição de aceitação da condição de dominados como maioria e dominantes como minoria,
com a sustentação desta estrutura através da manutenção do capital simbólico, o qual
fortalecem as tradicionais estruturas abrangendo inclusive os meios acadêmicos, fortalecendo
essa demonstração de poder que de maneira consensual define a estrutura organizacional de
uma sociedade.
REFERÊNCIAS
http://poderesereligiosidades.blogspot.com.br/2012/09/bourdieu-pierre-o-poder-simbolico-6-ed.html acesso em 14/02/2015.
BOURDIEU, Pierre. O poder simbólico. Tradução Fernando Tomaz. Rio de Janeiro:
Bertrand Brasil, 1989
SETTON, Maria da Graça Jacintho.A teoria do habitus em Pierre Bourdieu: uma leitura
contemporânea. Rev. Bras. Educ. [online]. 2002, n.20, pp. 60-70. ISSN 1413-2478. Disponível em
http://educa.fcc.org.br/pdf/rbedu/n20/n20a05.pdf. Acesso em: 23/02/2015.