O PERFIL DE IDENTIDADE DAS MULHERES QUEBRADORAS DE PARADIGMAS EM “GABRIELA CRAVO E CANELA”

Por Flaviano Santana dos Santos | 25/11/2014 | Literatura

UNIVERSIDADE ESTADUAL DE FEIRA DE SANTANA

DEPARTAMENTO DE LETRAS

 

FLAVIANO SANTANA DOS SANTOS

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 O PERFIL DE IDENTIDADE DAS MULHERES QUEBRADORAS DE PARADIGMAS EM “GABRIELA CRAVO E CANELA”

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

FEIRA DE SANTANA

2014

 

FLAVIANO SANTANA DOS SANTOS

 

O PERFIL DE IDENTIDADE DAS MULHERES QUEBRADORAS DE PARADIGMAS  EM “GABRIELA CRAVO E CANELA”

 

 

 

 

 

 

 

                                       

Artigo apresentado como requisito parcial para a obtenção de créditos na disciplina de Literatura e Identidade no Brasil, sob orientação da Profª Alessandra Leila Borges Gomes.

 

 

 

 

FEIRA DE SANTANA

2014

RESUMO

Este trabalho visa mostrar como era a sociedade de traços patriarcais coronelista do século XX, mais especificamente no interior da Bahia, retratada no romance “Gabriela Cravo e Canela” (1958). Essa sociedade impunha fortes traços de preconceito, principalmente no que diz respeito à classe social e a função da mulher. Então, dentro desse contexto, restou para as mulheres a função de “objeto” de prazer dos homens, ou as casadas, à função de tomar conta da casa, porém, com a chegada de Gabriela em Ilhéus, ocorre quebras de paradigmas, com a mulher se tornando protagonista dentro da sociedade, mostrando sua verdadeira identidade.

Palavras-chave: Coronelismo, preconceito, quebra de paradigmas, identidade.

Jorge Amado em muitas obras suas retratou a sociedade baiana do século XX, suas mazelas, suas conquistas, seu modo de pensar. A partir do livro “Gabriela Cravo e Canela” (1958) pode-se evidenciar como funcionava o meio social do interior da Bahia: comandado por coronéis.

                              

Esses chefes receberam da Guarda Nacional a patente pela qual passaram a ser        conhecidos em troca da manutenção da ordem pública, realizada pelos seus jagunços ou pelos seus conterrâneos, ou ainda pelo fornecimento de soldados para as guerras empreendidas pelo Império Brasileiro no século XIX. O poder dos coronéis não se estabelecia com a concessão de patentes pela Guarda Nacional, apenas se consolidava. (GALVÃO 2010, p. 2).

           

Com a liberdade de poder dada aos coronéis, eles tomaram conta das cidades, principalmente do interior, agindo conforme seus interesses pessoais, oprimindo as pessoas, pois a autoridade era deles, sobre todos os aspectos: financeiro, de justiça e psicológico. Essa sociedade dominada pelo autoritarismo reflete bem uma outra característica predominantemente da época: O patriarcalismo.

O patriarcalismo é uma das estruturas sobre as quais se assentam todas as sociedades contemporâneas. Caracteriza-se pela autoridade, imposta institucionalmente, do homem sobre a mulher e filhos no âmbito familiar. Para que essa autoridade possa ser exercida, é necessário que o patriarcalismo permeie toda a organização da sociedade, da produção e do consumo à política, a legislação e à cultura. (CASTELLS 1942, p. 169).

           

O domínio territorial no romance estava marcando pela força do coronelismo persistente, com muitos anos de duração, na obra “Gabriela Cravo e Canela” era representado pelo Coronel Ramiro Bastos:

De dois em dois anos mudava o intendente, em eleições a bico de pena, mas nada mudava em realidade, pois quem continuava a mandar era mesmo o coronel Ramiro, cujo retrato de corpo inteiro se podia ver no salão nobre da intendência, onde se realizavam conferências e festas. Amigos incondicionais ou parentes seus revezavam-se no cargo, não moviam uma palha sem sua aprovação. (AMADO, 2008, P. 42).

O Coronel Ramiro, apesar de sua idade avançada, mostrava-se muito atuante, com as decisões, sempre passando por suas mãos, exercendo assim o papel de líder político e juiz ao mesmo tempo.

Esse predomínio dos homens no centro da sociedade e da política, fazia com que as mulheres fossem subjulgadas, não tendo direitos e sim apenas deveres para com todas as esferas sociais, restando a elas os papeis de dona de casa e reprodutoras (para as que seguiam as convenções sociais) e objeto de prazer (para as que não seguiam as regras dos “bons costumes” ou tiveram percalços na vida), as prostitutas. Segundo Patricio “cabem às mulheres de ‘família’, fundamentalmente, os encargos domésticos, a educação dos filhos e a prática religiosa”, já para as mulheres prostitutas Patricio afirma:

                       

Dessa forma, para que a virgindade das filhas de família seja protegida e a virilidade masculina seja exercitada, a sociedade produz suas ‘raparigas’ e prostitutas, mulheres ‘entregues’ aos homens para o exercício da atividade sexual voltada ao prazer e reafirmação do machismo. Assim, inseridas nessa ordem, as ‘raparigas’ e prostitutas, participam da engrenagem ideológica que estabelece duas categorias de mulheres: mulher para o casamento (esposa ideal) e a mulher para o prazer sexual (amante ideal).” (PATRICIO 1999, p. 32 e 33)

Essa pré-determinação, que parece consolidada no romance amadiano, vem a ser quebrada, justamente pelas personagens femininas, mostrando a grande força com a qual elas são compostas, passando de seres com identidade estabelecida dentro de uma estrutura social, para mulheres com seus próprios desejos e personalidade para quebrar paradigmas.

A identidade, nessa concepção sociológica, preenche o espaço entre o "interior" e o "exterior"— entre o mundo pessoal e o mundo público. O fato de que projetamos a "nós próprios" nessas identidades culturais, ao mesmo tempo que internalizamos seus significados e valores, tornando- os "parte de nós", contribui para alinhar nossos sentimentos subjetivos com os lugares objetivos que ocupamos no mundo social e cultural. A identidade, então, costura (ou, para usar uma metáfora médica, "sutura") o sujeito à estrutura. Estabiliza tanto os sujeitos quanto os mundos culturais que eles habitam, tornando ambos reciprocamente mais unificados e predizíveis. (HALL 1992, p. 01).

A representação social do que cada individuo exerce dentro do romance Gabriela Cravo e Canela fica bem evidente por estar presente na cultura da época, que se baseava na condição do homem ter internalizado seu domínio sobre as mulheres e crianças e isso refletir como verdade para subjulgar seus dominados. Mas, ao mostrar à decadência dessa sociedade autoritária, Amado mostra a mudança no conceito de identidade feminina, começando pelo fato da mudança nas estruturas culturais, pois temos a representação de quebra de paradigmas sociais pelas personagens Malvina, Dona Sinhazinha, Glória e Gabriela. Tais personangens deixam ao desenrolar da história aparecer as suas vontades internalisadas para toda sociedade, causando uma mudança de costumes.

Analisando-se personagem por personagem pode-se dizer que tanto Malvina, como Dona Sinhazinha, são mulheres arraigadas dentro da alta sociedade de Ilhéus, vítimas da subjugação masculina, porém, criam coragem rompendo com o ciclo de submissão.

A transgressão de Malvina se completa quando ela foge do colégio de freiras, em Salvador, onde fora internada pelo pai para ‘corrigir-se’. A noticia de que estava em São Paulo, trabalhando num escritório e vivendo sozinha, põe fim a toda sorte de especulação negativa que corria na cidade a seu respeito. (PATRICIO 1999, p. 53).

A quebra de paradigmas por parte de Malvina é uma fuga dessa sociedade machista e autoritária, que não aceitava que as mulheres (também as jovens) tivessem direito à escolha do seu próprio destino, tanto que o seu pai, coronel Melk a renega dizendo que “Não tenho mais filha” (AMADO 1958, p. 292). Essa tomada de decisão por parte de Malvina é a mostra de uma nova ordem social que está por vir, com mais liberdade de escolha por parte das mulheres, fato esse dar indicios da identidade pós-moderna que vem abarcar as mulheres, tornando-as sujeitos participantes da evolução social. Para HALL (1992) ”O sujeito, previamente vivido como tendo uma identidade unificada e estável, está se tornando fragmentado; composto.” Ou seja, a mulher que antes era o ponto de estabilidade, cumprindo um papel social determinado de cuidar da casa e dos filhos, passa ao posto de sujeito de seu próprio destino, dentro de um complexo meio de sociedade, que é multi-facetário e que ocasiona uma diversificação da identidade dos indivíduos que buscam participar da estrutura social.

Outro fato corrente de mudança social é a busca pelo amor não encontrado na relação conjugal, que se caracteriza pelas repressões e autoritarismo impostos a mulher, causando a indignação e vontade das mesmas de buscar a felicidade fora da ordem social do casamento, trazendo a tona a identidade oprimida de mulher que deseja ser amada e ter prazeres, assim como os homens. Essa busca pela felicidade que foge a repressão do casamento “arranjado” é representada pela personagem Dona Sinhazinha.

A segunda transgressão de Sinhazinha foi consumar uma realação amorosa proibida, prática inaceitável para uma mulher casada.Com efeito, a prática do adultério, que era perfeitamente aceitável a até estimulada no âmbito masculino, é totalmente condenada e punida no âmbito feminino. (PATRICIO 1999, p. 56).

A partir dessa ideia de conivência para com os homens e punição para as mulheres, parte a vigança do marido traído, o coronel Jesuino, que mata os amantes em plena cama, com o detalhe que Dona Sinhazinha usava meias pretas “como marca de uma sexualidade reprimida, que emerge com itensidade” (PATRICIO 1999). Esse episódio no romance amadiano, revela também uma mudança nos costumes, pois se antes, as mulheres adúlteras eram exacradas perante a sociedade, passam a ser vistas com um pouco mais de entendimento e os homens que antes não eram punidos por “lavar sua honra”, passam a ser punidos com “o coronel Jesuino sido levado a julgamento e condenado pela morte de D. Sinhazinha e do Dr. Osmundo” (PATRICIO 1999). Assim, o episódio acaba sendo uma nova costura social, semeando a cultura de justiça seja em qualquer situação.

A mudaça de hábitos sociais com respeito a traição também é vista em outro caso que envolve a “rapariga” do coronel Coriolano (Glória), com o professor Josué. Sendo que, para se verificar melhor esse fato é preciso ressaltar o papel da prostituta ou rapariga, que é exercido por Glória, como cita Patricio (1999): “Essas mulheres desempenham um papel importante para manunteção dos valores tradicionais,  uma vez que são destinadas ao exercício do prazer e da virilidade dos homens”. Então, partindo desse pressuposto, Glória que é a “rapariga” ou a “protegida” do Coronel Coriolano é obrigada a ficar dentro de casa, esperando a chegada do seu amante e assim lhe satisfazer sexualmente. Porém, Glória mostra descontentamento com a situação de prisioneira e se coloca sempre a janela em busca de ver o que se passa na sociedade e também para ser cortejada. Essa vontade de Glória em querer buscar uma nova vida, baseada em seus valores como pessoa, vai de encontro com o papel que exerce perante a sociedade. 

De indignação estava cheio seu peito, contra os homens em geral. Eram covardes e hipócritas. Quando, nas horas do mormaço do meio da tarde, a praça vazia, as janelas das casas de família fechadas, ao passar sozinhos ante a janela aberta de Glória. Sorriam para ela, suplicavam-lhe um olhar, desejam-lhe boa tarde com visivel emoção. Mas bastava que houvesse alguém na praça, uma única solteirona fosse, ou que viessem acompanhados, para que lhe virassem a cara, olhassem para outro lado, acintosamente, como se lhes repugnasse vê-la na janela.” (AMADO 1958, p. 93).

A demostração de hipocrisia para com Glória, mostrava-se bem a conduta da sociedade ilhense da época, que vivia apenas de aparências. Coube ao professor Josuê a demostração e concretização dos desejos em tê-la, vivendo assim uma união de sentimentos, bem diferente da que eles haviam tido antes. Mas com o passar dos tempos esses encontros passaram a ser públicos, com a descoberta do seu protetor, que segundo os costumes “os coronéis reservavam a pena de morte para a traição de esposa. Rapariga não merecia tanto” (AMADO 1958). O máximo que se tinha nesse tipo de infração era uma grande surra nos “deliquentes”, mas supreendentemente não ocorre, marcando também a ideia de uma nova época. Assim, Glória passa da condição de objeto, para ser humano com vontades e desejos, capaz de fazer escolhas, mudando sua função de amante do Coronel Coriolano para mulher do professor Josué.

No mais importante dos casos de transgressão do social no romance amadiano “Gabriela Cravo e Canela”, encontra-se a própria figura de Gabriela, mulher idealizada, composta de beleza, sensualidade, alegria, simplicidade e grande capacidade de cozinhar. Esses atributos encantavam a todos na cidade, a personificação da mulher propicia a satisfazer os desejos masculinos, fato esse que fugia aos modelos vigentes, tornando Gabriela uma personagem única, capaz de causar simpatia em vários locias que fossem, externando seu jeito de ser, cativando logo ao seu patrão Nacib.

Agora via o corpo moreno de Gabriela, a perna saindo da cama. Mais do que via, adivinhava-o sob a coberta remendada, mal cobrindo a combinação rasgada, o ventre e os seios. Um seio saltava pela metade, Nacib procurava enxergar. E aquele perfume de cravo, de tontear. Gabriela agitou-se no sono, o árabe transpusera a porta. Estava com a mão estendida, sem coragem de tocar o corpo dormido. Por que apressar-se? Se ela gritasse, se fizesse um escândalo, fosse embora? Ficaria sem cozinheira, outra igual a ele jamais encontraria. (AMADO 1958, p. 102).

Não conseguindo mais resistir a Gabriela, Nacib se envolve em seus encantos e até se casa. Entretano, para PATRICIO (1999) “o árabe estabelece um paralelo entre a realidade de Gabriela e o seu ideal de mulher casadoira”, coisa que foge a verdadeira identidade de Gabriela que se ver presa em um mundo de converssões sociais muito distante do seu jeito de ser. A Gabriela antes, livre faceira, alegre, torna-se descontente, sente-se presa a uma ordem social (casamento) que ela nunca almejara, tanto que ela quer a liberdade e mostra isso: “Foi pro quintal, abriu a gaiola em frente à goiabeira. O gato dormia. Voou o sofrê, num galho pousou, para ela cantou. Que trinado mais claro e mais alegre.” (AMADO 1958). A liberdade do passaro é o ato simbólico do desejo de Gabriela, fazendo as coisas mais simples que é dançar no “Terno de Reis”, ver seu amigo Tuisca no circo, isso tudo era impedido para ela, que mesmo assim  consegue ir ao circo às escondidas e na festa de final de ano, além de largar o salão onde se encontra a alta sociedade e ir dançar nas ruas como pastora, ao passar do Terno de Reis, contagiando a todos que acabam por segui-la. Essa fuga de Gabriela das convenções sociais, mostra a quebra de paradigmas e a própria influência do popular contra o erudito, pois de um lado encontra-se o circo e o Terno de Reis comandado pela classe mais pobre, já do outro lado se tem as reuniões e festas nos salões frequentados pela alta sociedade e Gabriela frequentadora dos dois “mundos”, consegue cativar a todos em sua volta e sobrepor as barreiras que separam as classes sociais, para unir a todos durante a festa.

Como ato principal de Gabriela em busca da liberdade, ela trai Nacib com seu melhor amigo Tônico Bastos, entrando mais uma vez o indicio de mudança social

Bateu-lhe com raiva, tinha direito até de matá-la. Mulher casada que engana o marido só merece morrer. Todo mundo dizia, dona Arminda lhe disse, o juiz confirmou, era assim mesmo. Ela mereceia morrer. (AMADO 1958, p. 314).

Ao não matar Gabriela, Nacib abre o ato culminante para quebra de vez das convenções sociais e demostra o surgimento de uma nova mentalidade, pautada na resolução amigavel, ao invés da morte. No fim ocorre a reconciliação de Nacib e Gabriela, que passa a viver agora como uma amante, sem compromissos regido pelo casamento.

Além da reconciliação de Gabriela com Nacib, outro fato que marcou  a mudança a mudança de na própria identidade cultural da soceidade de Ilhéus do século XX foi a morte do seu lider Ramiro Bastos.

Toda essa agitação cessou numa doce manhã de luz azulada, quando os jardins de Ilhéus exalavam perfume e os passarinhos trinavam a saudar tanta beleza. O coronel Ramiro acordava muito cedo. A empregada mais antiga da casa, há cerca de quarenta anos com os Bastos, servia-lhe uma pequena xícara de café. O ancião sentava-se na cadeira de balanço, a pensar na marcha da campanha eleitoral, a fazer cálculos. Ia-se acostumando à idéia de manter-se no poder graças ao reconhecimento prometido pelo governador, à degola dos adversários eleitos. Naquela manhã, a empregada esperou com a xícara de café. Ele não apareceu. Alarmada, acordou Jerusa. Foram encontrá-lo morto, os olhos abertos, a mão direita a segurar o lençol. Um soluço cortou o peito da moça, a empregada começou a gritar: Morreu meu padrinho! (AMADO 1958, p. 295)

            Com o fim de Ramiro Bastos, o coronelismo também se encerra e uma nova ordem  se inicia com Mundinho Falcão, voltado assim, para uma nova, que é a liberdade de expor sua identidade e a busca pelo progresso economico e social.

CONCLUSÃO

A sociedade apresentada no livro “Gabriela Cravo e Canela” é posta como conservadora, com características patriarcal, cheia de preconceitos e convenções sociais enraizadas. Porém, Jorge Amado vem a desconstrui-la, mostra suas mazelas e coloca as personagens femininas como grandes agentes de mudança, passando de meros objetos para seres humanos com identidade.

Os acontecimentos, propositadamente, partem da classe mais descriminada: mulheres de família, prostituta e mulata. Não por acaso, elas são mostrada, nos seus mais completos dramas interiores, buscando sempre o caminho da felicidade e da liberdade a tanto negada pelo patriarcalismo vigente a anos.

Para o ideal amadiano, as classes menos valorizadas (no livro as mulheres), são as que seguem em destaque e demostra com dor, dramas e alegrias, sua força, não deixando de enfatizar, os direitos as quais as classes marginalisadas tem, simplesmente pelo fato de pertencer a raça humana e dela buscar a igualdade, que é demostrada principalmente na força da personagem principal Gabriela, capaz de levar alegria, felicidade e alento ao lugar onde vive. A força da mulher já é demostrada ao longo da história da humanidade e sua disposição em conviver em igualdades de condições com os homens, tem que ser respeitada, podendo-se mirar no exemplo das personagens postas nesse trabalho.

REFERENCIAS

AMADO, Jorge, Gabriela Cravo e Canela, São Paulo Companhia das Letras 2008

CASTELLS, Manuel, O poder da identidade, São Paulo, Paz e terra, 1942.

GALVÃO, André Luis Machado, O coronelismo como referência identitária: um estudo sobre as narrativas de Wilson Lins, 3° EBE, Encontro Baiano de estudos em cultura.

HALL, Stuart, Identidade Cultural na pós-modernidade, Rio de Janeiro, DP&A, 1992

PATICIO, Rosana Ribeiro, Imagens de mulher em Gabriela de Jorge Amado, Salvador, Casa de palavras, 1999.

SANTOS, Daiane Conceição Simões, Literatura Sul baiana: denúncias das relações de poder masculino, UESC, Projeto coisa e gênero, 2007.