O Pensamento Marxista
Por Jade Victória Miranda Luz Silva | 17/03/2011 | FilosofiaFERREIRA, Delson. Manual de Sociologia. 2.ed. São Paulo: Atlas, 2003. p 52-72.
As idéias Marxistas são fundamentadas, principalmente, no pensamento dialético, enfatizando o materialismo. Karl Marx (1818 ? 1883), na principal fase de sua escrita, pôs em sua vida, uma rígida rotina de estudos; de política, na unificação liberal-burguesa tardia; e de intelectualidade, da filosofia alemã. Entre críticas e conflitos, lutou para obter uma sociedade completamente capitalista. Suas três principais influências foram: a filosofia de Hegel, que criticava o idealismo e foi daí que surgiu o método dialético, método este que vem dos princípios da contradição e do antagonismo; o pensamento socialista francês, vindo principalmente de Saint-Simon, no século XIX, que criou o socialismo utópico, naturalizado das austeras críticas desta época; e por fim, da economia inglesa, seguida por Adam Smith, que se fundamentou na economia liberal.
O inicio dessa ciência parte da descrição do objeto a ser estudado. Primeiramente se estuda esse objeto, depois é necessária a compreensão do que foi analisado, e só assim a noção total, do que é o objeto, fica definida. É assim que se instala e se define o conhecimento. O marxismo trabalha exatamente dessa forma, com o artifício e o estudo do mesmo. Dessa forma as transformações capitalistas são voltadas no mesmo caminho do socialismo e do comunismo. A hipótese marxista é de que a sociedade evolua opostamente entre suas periferias. Ele acreditava que a condição financeira é que determinava o estado de espírito da pessoa para evolução da comunidade na história. O principio da dialética, acusa o socialismo como intermediário entre o capitalismo e o comunismo.
A alienação também vem da filosofia hegeliana, é como uma influência social que o homem sofre, dependente de sua condição financeira. É como a venda da força em troca de salário. Outra medida submetida por Marx foi o lucro ou a mais-valia, referente a porcentagem lucrativa do salário. Ele considera isso como uma exploração ao trabalhador. Esses diferentes modos de produção desenvolveram a luta de classes. Com a morte de Marx o movimento socialista fragmentou-se e cresceu, incluindo duas principais formas: a democracia-social e o leninismo.
A primeira, conhecida até hoje, chamada também de terceira via, expandiu-se principalmente nos países desenvolvidos, com o propósito de uma sociedade mais justa, voltada para progressividade dos sistemas. E a segunda, endossa conflitos como única forma de disputa entre a sociedade , e coloca-se como intermediário na sociedade comunista. O lenininsmo obteve seguidores de diferentes correntes de pensamento, que concordavam com a colisão política do século XX e os princípios liberais. Diferentemente de Comte e Durkhim, que objetivavam os fatos sociais, Marx estabelecia uma relação entre esses episódios.
A ideologia, para Marx e Engels, exprimia a inversão da realidade. Enquanto aumentava desenvolvimento contrario do modo de produção, mais hipócrita era a ideologia da classe dominante, e quanto mais esta crescia, mais forte se tornava. O combate a isso se encontrava no cientificismo ou na realidade.
A teoria marxista explicava a sociedade através de 2 princípios: o da classe social e o da luta de classes. A relação do indivíduo com a sociedade fundamentou a organização estrutural em infra-estrutura, onde há a força, a organização econômica e as relações de produção e superestrutura que é erguida através da anterior. No seu tempo, a sociedade era defendida pelo modo de produção capitalista, onde quem fazia parte era a burguesia e proletariado. A existência da classe social se dar sob o regime capitalista, quando o proprietário só existe na medida em que há exclusão de propriedade, onde a força de trabalho é mantida pela troca de sustento.