O parque

Por juliana dos santos | 18/06/2012 | Crônicas

O Parque

  

  Naquele mês áspero os dias passavam lentos, fiquei estagnada na porta, sem saber onde por as mãos. Nessas horas não sei o que dizer, e, nem sei se é preciso. Ele olhava pra mim com ar de quem se pergunta: __O que é que você tem na cabeça?__ mas o que ele me disse foi diferente, pediu pra que eu ficasse calma, ele estaria ali sempre pra mim ajudar, e foi ai que eu sentir saudades de um tempo distante, onde aquele homem, baixo, de bigodes ralos, me protegia do mundo, mas agora eu que iria proteger outro ser minúsculo, que aos poucos crescia dentro de mim.

Meu pai mostrava-se conformado, talvez pensasse que uma mãe saberia lidar melhor em uma situação como esta então, ele pegou a chave do carro, _ como fazia todos os domingos_ e me levou ao parque.