O OLHAR PARA UMA EDUCAÇÃO DEMOCRÁTICA: a contribuição de JOHN DEWEY para o surgimento desta Nova Escola, em busca de uma Sociedade de fato Democrática.
Por Luciana Cristina de Araújo Evangelista | 22/03/2012 | EducaçãoO OLHAR PARA UMA EDUCAÇÃO DEMOCRÁTICA: a contribuição de JOHN DEWEY para o surgimento desta Nova Escola, em busca de uma Sociedade de fato Democrática.
Profº Dr.: Robson Luiz de França
Disciplina: PPC
Autora: Luciana Cristina Evangelista da Mota
UMa – Universidade da Madeira /Funchal- Portugal
Lucianaevangelista21@hotmail.com
John Dewey, cidadão norte-americano. Nasceu em Burlington em 21 de outubro no ano de 1859. Foi professor secundarista. Em seguida foi aluno da Universidade de Johns Hopins, em Baltimore. Estudou Artes e Filosofia. Passou a lecionar na Universidade de Minnesota.
Publicou o artigo A Assunção Metafísica do Materialismo(abril de 1882) e julho de 1884 O panteísmo de Espinosa. Tempos depois – doutora-se em Filosofia.
Defende que a Pedagogia deveria se tornar um Departamento independente dentro da academia. No intuito de formar especialistas em Educação.
Baseado em um dos livros mis importante de Dewey – “ “Democracia e Educação”, Nos apropriamos da compreensão da importância que o próprio Dewey tem em relação com a escola nova.
... John Dewey o mais afamado filósofo norte-americano e admirável professor estadunidense, do qual gozou a de grande fama no século XX. Não perdendo seu brilho nos dias atuais (século XXI).
Sua corrente filosófica da valorização da prática continuada pelo critério da verdade. Para Dewey a criança deve ser educada em seu todo. Pois para ele o importante é o crescimento do desenvolvimento; das habilidades motoras; organismo como sistema; o trabalhar das emoções, sentimentos, pensamentos e desejos; e o intelectual.
O brasileiro Anísio Teixeira foi influenciado pelos pensamentos de John Dewey. Levantando a bandeira em favor da Escola Nova frente à realidade do Brasil.
O inglês John Lucker foi um dos primeiros ideológicos da doutrina que gera ideias e
conhecimentos através das experiências. ( empirismo), Dewey foi movido pela ideia e criou uma escola-laboratório conectada à universidade onde lecionava para testar métodos pedagógicos. A fim de encurtar a relação entre teoria e prática. "O aprendizado se dá quando compartilhamos experiências, e isso só é possível num ambiente democrático, onde não haja barreiras ao intercâmbio de pensamento". Como fora longe a influência de Dewey para outros em várias partes do mundo.
Palavras-chave: Dewey, Educação, Criança, Escola Nova, Democracia, Sociedade.
Suas obras não ficaram esquecidas, guardadas e nem tão pouco apenas como enfeites nas prateleiras das bibliotecas, todos os seus ideais foram transformados em práticas, de maneira viva e eficaz para contínua construção desse novo caminho da educação. Dewey deixou marcas importantes, valiosas, uma herança não só para alguns e, sim para todos que direta ou indiretamente esteja envolvido na educação
Em sua obra brilhante – Democracia e Educação (1916) não é de se surpreender que o próprio, mais uma vez deixou explícito como objeto a pedagogia, a “magia” para o avanço e sucesso com uma nova escola.
A educação de caráter essencial para o desenvolvimento da sociedade, do qual se exige também mudanças de postura metodológica do ensino já, nesse agora que começara no “ontem”.
Muitos terão resistência diante do novo mundo. Os valores estão positivamente afirmados. A mudança na sociedade é constante, nossas necessidades maximizadas.
“ Mas a continuidade do processo sobre da vida não é dependente prolongamento da existência de qualquer um individuo. A reprodução de outras formas de vida se passa em sequência contínua. E, embora, como registro geológico mostra, não apenas indivíduos, mas também espécies que morre o processo de vida continuada em formas cada vez mais complexa”. (página 6. 1916).
Vivemos face a aceleração de nossa necessidade e para continuarmos é preciso caminhar em contínua readaptação. Pois o principio da continuidade através da renovação se aplica, sendo que a renovação não é automática. A educação, o meio mais abrangente da continuidade social.
Apenas a proximidade física das pessoas não determina a formação de uma sociedade. Pois uma pessoa mesmo longe por quilômetros não deixaria de ser socialmente influenciado. E-mail, livros, jornais, telejornal levam a uma associação íntima entre as pessoas as vezes muito mais dos que vivem sob o mesmo teto. Para que haja envolvimento é necessária a comunicação. Toda vida social dever ser de caráter educativa. A experiência da partilha do pensamento e sentimento do que os outros pensaram e sentiram, quer por empobrecimento, quer por ampliação, modificam-se sempre as próprias atitudes. Transmitir sua própria experiência requer inteligência, saindo do lado de dentro para fora e olhar com outros olhos, reavaliar, refazer, recriar, inovar no processo do alargamento e melhoramento das experiências. Estando fundamentadas na continuidade e interação que proporciona o desenvolvimento da pessoa como ampliação de suas experiências anteriores.
Sua sensibilidade a essa natureza foi seu grandioso e honroso mérito. Diante desta mostra, a escola precisava vestisse como espaço de encontro de pessoas para educar e ser educadas. Principalmente as crianças encaminhá-las para viver no mundo. Essa é a visão deweyana a da construção constante. A escola ou ato de educar é muito mais do simplesmente reproduzir conhecimentos, é o conjunto do reproduzir e incentivar a transformar de formar contínua. Resultando assim novos conhecimentos, criando no ser a motivação da buscar constante, a produção que possam fazer conexões
entre os saberes. Criando situações-problemas no agir de perceber e buscar a resolução dos mesmos e ou recriando novas formar de formular e reformular as situações de forma que construa a base da inteligência.
Nossas necessidades aumentam de forma praticamente desenfreada. Não só a renovação dos meios é importante, mas, sobretudo a que esses meios dentro da educação pretendem servir. Podemos nos apropriar de que Dewey ver na reabilitação da atividade da mente, desde que empregada em sentido normal uma verdade como é o pensar sendo, ele o caminho para não continuar na rotina.
O pensamento tornar-se-á prática no momento em que a ação se faça. Pensamos nas experiências que bom ou mal já foi vivido no real, ao pensar procuramos reestabelecer conexões do passado, presente e consequente para o futuro.
O processo de educação em torná-la a vida verdadeira, passa por verificar o valor das próprias concepções seja na vida intimamente isolada, seja na projeção de um trabalho ou até mesmo no desconstruir para construir. No ato do pensamento completo. Não basta simplesmente aprender a fazer é necessário aprender, a saber, o que estar por se fazer algo.
As escolas que têm usado métodos muito” individualista” fazem das crianças verdadeiras marionetes, exigindo das mesmas no ambiente escolar dentro da sala de aula, ao mesmo tempo a praticarem atividades que devam ser repetidas por todas as crianças. Vemos que essa forma “poda” a vontade das mesmas o direito de escolher em grande escala seus desejos em fazer, em servir de formar ntural.
A conformidade não traz transformação. As crianças não podem ter uma vida engessada por um sistema que fique a determinar sempre o que fazer, quando fazer, como fazer sem o saber conhecer. Elas vivem em eterno movimento.
Testar o conhecimento é praticar a experiencia realizada através da tranformação onde o pensamento sugere que deixa de ser empírica para passar a ser experimental de maneira proveitosa. Contudo servindo-se do objeto anterior.
O naturalismo e humanismo – estudo entre a natureza e estudos com o homem. O ajuste externo da educação fazendo conexão da natureza com as relações humanas.
“ A mais importante atitude a ser formada é a do desejo de continuar a aprender”. John Dewey.
No Manifesto dos Pioneiros da educação John Dewey muito embora não tenha sido o único, teve, porém relevante influência no manifesto. A escola Nova pela teoria de Dewey necessita de um poder aquisitivo muito alto se tornando um empecilho no Brasil.
Vivemos num mundo de inúmeras revoluções e não dar para ficar parado no, organizar, programar em conjunto para o avanço junta a evolução da nossa espécie.
Dewey tinha preocupações notáveis em particular com o desenvolvimento de comunidade democrática. “Toda educação ministrada por um grupo tende a socializar
“Seus membros, mas a qualidade e o valor da socialização dependem dos hábitos e aspirações do grupo”.
É bastante notável o amor pela sabedoria e pelo desenvolvimento do ser humano a partir da sua infância, Dewey, sobretudo era um ser que se mostrou amar o saber conhecer, onde não guardou para si a permanente e continua procura pelo saber fazer, conhecer e saber do saber. Um incentivador do desenvolvimento do todo ser humano em contínua construção.
Sabemos que técnicas, valores de uma determinada época, padrão, modelo, teorias sofrem reações adversas, entram em crise em algum dado momento. A teoria deweyana tem estado firme. A bandeira de Dewey está na ativa.
Todas as pessoas precisam ser educadas para convivência. Possibilitando que o outro possa vê o “outro eu” é importantíssimo para superar o egocentrismo. Quando Dewey colocar que as crianças precisam entender o saberes das coisas desde cedo é que, as crianças obedecem às regras que lhes são imposta e que tais regras externas devam dadas aos poucos, pois mesmo ainda imaturas vão aderindo de forma única e particular assumindo autonomia às regras.
Quando a escola se fecha para o desenvolvimento natural da criança, simplesmente determinando o que deve: ler, escrever, estudar. Impede a transformação continua do seu ser. É como não fosse permitido que nascesse um novo para um novo mundo.
O saber é algo que o próprio ser humano constrói, criando paradigmas interiores e pessoais para o seu aprendizado. Na vida de criança a anomia é predominante, pois ainda estar no momento da pré-moral. Pois ao terem liberdade de construir democraticamente, avançarão em seu processo de maturação diante dos desafios que surgirem. Olharão para caminhos que contribuíam para construção perante mutação e transformação do mundo.
Somos um “observatório”, mesmo que por acaso – nos bastando os sentidos, ora, em outros momentos quando já passado da fase imatura, podemos compreender que necessitamos de outros objetos juntamente aos sentidos. Mesmo assim ao observarmos por uma segunda vez uma situação, não viveremos de forma idêntica à anterior.
A melhor maneira democrática consiste em que a educação proporcione oportunidades aos e alunos e aos professores. Contudo, todavia a escola não deve de maneira alguma incluir o ensino de qualquer de “ismo” sociais ou econômicos, resultante como uma coisa maior e única.
Fato que o mundo vem mudando de forma muito rápido, devido às mudanças econômicas, sociais, pessoais, tecnológicas, familiares. É um mundo novo, o mundo do conhecimento, do qual se faz necessário que o ser humano seja participativo, crítico, criativo, aberto para esse novo mundo, essa nova escola, para a democracia e educação fortemente estabelecida para esse papel que assume a sociedade. Onde a palavra constrói, onde a palavra destrói, onde se precisa utiliza-se da inteligência ao proferir e ouvir.
Dewey ao colocar suas experiências em prática, introduziu o “compromisso livre e a democracia, em que, propôs que a criança ao vir para escola vem para resolver os problemas presentes e não pensar em uma escola para o futuro”. Ensinando para a vida, como já dizia Dewey a pelo menos 100 anos atrás.
“Todas as formas originam-se da operação de investigação e dizem respeito ao controle desse processo de investigação, de modo a levá-lo a produzir asserções garantidas”. (Dewey, Apud Teixeira, 1977:20)
Algo de pessoal intransferível, puramento de cada “eu” sentida maneira única e não repetida identicamente as vezes anteriores são as “emoções”, diferente com trabalho de intelegencia que em sua essência de aprender fatos e verdades. Quem sabe que porventura exceto a emoção que move atarvés da curiosidade intelectual. E sua realização se dá quando a mente olha para o exterior, em busca da verdade externa. Infelizmente males que ainda penduram na educação alimentam a separação como: entre o saber e o fazer, teoria e prática...
(Valores educativos, Trabalho e Lazer, Estudo intelectual e prático, Estudo físico e social: Naturalismo e Humanismo, Indivíduo e o mundo, Aspectos vocacionais da educação) em linhas gerais, Dewey nos revela que a sociedade contemporânea ainda em sua essência não é democrática.
Nos três últimos capítulos do livro em estudo ( Democracia e Educação – 1916) Dewey, propositalmente deixa explícito que é necessário o indivíduo reflita posto ao conhecimento e a moral. Para que seja praticado um novo modo de ver e lutar por uma sociedade democarática. .
A visão de que as teorias morais são consistentes e influentes na conduta humana. Priorizando, desejo de praticar o bem evitando mal, padrão, aprovação, deliberação e conhecimento moral são nascentes que estam na primeira fila da ética.
A questão de fazer conexão entre a teoria e a prática é uma necessidade nos processos de ensino-aprendizagem. Valorizar a capacidade de pensar do aluno; preparar os alunos para questionar a própria realidade e a realidade.
A democracia para o intercâmbio livre, para a continuidade social, deve desenvolver uma teoria de conhecimento pautada nas teorias da moral.
Entedemos que Dewey procurou na reconstrução filosófica e cultural criar uma Escola Nova. Prioriozou a filosofia verso a realidade social. Onde as experiencias para ele resulta em mudança significativa tendo o propósito de entre o que parte de dentro do indivíduo de forma flexiva com o externo.
Escola deseverá alarga seus espaços de conhecimento e, o alagarmento se dará no momento que o novo é a necessidade de reconstruir para uma construção presente pois o futuro é o próprio presente.
Os meios afins precisa ser lido sobre o entendimento de como o que fazer, como fazer, para que fazer pois essas questões envolvem elementos morais e intelectuais. As questões morais são de suma importância para John Dewey.
O núcleo da mora é bem. O que desenvolve o que é bom no ser humano. Pois a moral não se refere simplesmente a determinada comunidade, pessoa, grupos, sociedade, povo, crença religiosa.
O homem necessariamente estará simplesmente pelas questões de moralidade, pois o próprio homem seu conceito de moral, decidindo que algo é imoral ou não. Como uma moral separada originada de quaisquer grupos ou entidades.
Para Dewey a moral que o indivíduo traz, mesmo, que seja ainda desconhecido para que traz, ela não vem em sua totalidade construída. Sua construção vai seguindo passo a
passo no meio em convive. Moldando de acordo com as experiências adquiridas. Pois uma educação democrática vai além da mera questão de “ensinar” e da mera questão de “aprender” é ter o conhecimento compreendido e, portanto aplicável. Daí a questão da moral que em suma é aplicável para o desenvolvimento também da inteligência individual para melhor convivência no coletivo. Também é uma questão moral assistir o aluno não apenas como receptor/objeto simplesmente a ser construído dentro apenas de perspectiva única e de um único saber. Os saberes passam pela formação que o ser/histórico tem.
Porém a vida social impõe sua regra de moral, seu conceito. Portanto o homem fica livre para decidir o caminho a seguir.
Um acordo é estabelecido pela sociedade formando uma moral social.
BIBLIOGRAFIA
DEWEY, John Democracia e Educação – (1916), Obra composta por 26 capítulos
DEWEY, Jhon
Tradução e organização – José Eustáquio e Verone Lane Rodrigues, Coleção EDUCADORES MEC -, Fundação Joaquim Nabuco - Editora Massangana 2010
XAVIER- Maria do Carmo( organizadora), Manifesto dos Pioneiros da Educação – Um Legado Educacional em Debate, Editora FGV – FCH/FUMEC ( Faculdades de Ciências Humanas) Belo Horizonte/Minas Gerais - 2004 1ª Edição.