O NADA
Por Edi Mail Bohrer | 12/11/2009 | Filosofia
Não creio que a existência humana seja desprovida de sentidos. Ainda que o homem fosse um produto da evolução das espécies ou mesmo que sua existência fosse obra de qualquer tipo de teoria, assim mesmo continuo afirmando: _ Tudo isso é obra de um criador poderoso. Ora, como poderia um ser humano com toda sua essência, pensamentos, sentimentos, vontades, com todas as suas habilidades, mostrando vida, exalando vitalidade, cantando notas canoras tão melodiosas, estar predestinado ao nada? Como pode alguém amar para o nada? Como pode uma mãe embalar seu filho, cuidar dele, alimentá-lo, ensiná-lo a andar, perceber o seu primeiro sorriso, receber seu abraço e crer que isso tudo é para o nada?
Não. A vida não é desprovida de sentido, o homem não é um ser para o nada.
O existencialismo, por si só, sabe da finitude da sua teoria, pois é vazia, não oferece coisa alguma, nem antes e muito menos depois.
O nada não é, e o ser humano é.
O existencialismo quer retirar do homem a sua essência, pois se a vida fosse desprovida de sentido e o homem um ser para o nada, onde estaria a essência? Porém, eis aí o homem, emanando essência, pensando, criando, recriando, modificando, sentindo, vivendo.
O homem é um ser para a vida. Agora e depois.