O modelo Jobs de inovação
Por Leandro Duarte Pereira | 13/02/2012 | AdmParece até chover no molhado dizer que o esplendoroso sucesso dos produtos da Apple deve-se a genialidade de seu cofundador Steve Jobs. Mas afinal, o que há de tão “inovador” na maneira de Jobs inovar?
O modelo de Jobs parece ir na contramão do praticado pela grande maioria das empresas de tecnologia, segundo a consultoria Booz & Company (2007) a Apple é uma das organizações que menos gasta com P&D no mundo. O que deixa a ideia de que não há uma concreta relação entre os elevados gastos corporativos com pesquisa e os melhores resultados. “É o processo, não o bolso,” concluiu a Booz.
Poucos sabem, mas Jobs teve como inspiração a HP (Hewlett Packard), empresa com forte cultura de engenharia, conduzida por engenheiros que criam produtos. Cultura embasada na ideia de “ciência aplicada” com foco a resolver problemas mais práticos e urgentes. Jobs visava tanto a excelência de seus produtos, que convencia-se de que esta visão fora o principal motivo do sucesso dos produtos Apple. “Nosso objetivo é fazer o melhor computador do mundo – não ser o maior ou mais rico,” disse Jobs.
Para entendermos um pouco do modelo de inovação pelo qual Steve levou os produtos da maçã ao sucesso avassalador, vamos analisar 2 pontos chave do processo:
Protótipos: Os projetistas da Apple davam vida as ideías de Jobs (hardware e software) em forma de protótipos. Recebiam constantes feedbacks e aprimoravam o protótipo, tal processo gerava várias versões prototipadas de um mesmo produto, o que ajudava na decisão final de Jobs antes de prosseguir para os próximos passos da fabricação.
Colaboração profunda e Engenharia simultânea: Durante o processo de design, os produtos que estão em desenvolvimento são trocados entre equipes (designers, engenheiros e programadores) e reavaliados constantemente, para finalmente, chegaram aos publicitários. Está técnica faz com que o produto seja desenvolvido simultâneamente sob perspectivas diferentes e utiliza o forte conceito de “processo de design não sequencial”, conceito bem contrário ao praticado na industria.
O que podemos aprender e colocar em prática em nossos cenários profissionais atuais? É valida uma reflexão qualquer que seja sua área de atuação, pois além de todo o legado tecnológico deixado por Jobs e materializado nos produtos da Apple, temos um grande legado de conhecimento sobre melhoria de processos e inovação da cadeia produtiva analisando seus processos e inspirando-se em seu sucesso.