O Mito da Caverna.
Por Edjar Dias de Vasconcelos | 26/10/2012 | FilosofiaCaverna Platônica.
O Mito da Caverna.
Platão criou uma teoria interessante, para explicar a formulação da sua teoria do conhecimento, denominada do mito da caverna. Uma metáfora para explicar como o homem vive sua alienação à realidade do mundo.
Para ele significa que homem percebe o mundo de forma enganosa pelo senso comum. O mundo é deturpado pela imagem invertida do fundo de uma caverna.
O homem enxerga apenas o fundo, projetado pela sua própria sombra, ou seja, sua ideologia confunde essa projeção com se fosse o mundo real.
Quando na verdade corresponde a sombra da imaginação como realidade possível do mundo real, não percebido pelo homem.
A caverna é uma comparação que serve para explicar o fundamento epistemológico da teoria do conhecimento, que passa necessariamente por um caminho de superação da possibilidade de eliminar o senso comum.
Para Platão a grande maioria dos humanos , encontra-se presos ao fundo de uma caverna, sem proteção do sol, sem direito ver a luz projeta pela mesma.
O homem permanece de costa virada, a única abertura que a caverna tem, por onde recebe o foco de luz projetada pela porta superior da caverna, o homem acha que a única realidade é a escuridão.
Provocada pela sua própria sombra. Tudo isso é uma questão de colocar o rosto sob o brilho dos raios da luz do sol, terás necessariamente o brilho da sabedoria.
Em razão de a luz entrar na caverna, o prisioneiro escondido nos reflexos, contempla nas paredes apenas as projeções que compõe a realidade. O que significa o mundo do engano, o espírito da alienação.
A alienação é essa projeção, que significa a realidade distorcida, o homem acostumado a ver apenas as projeções de fogo da luz prejudicada pela própria sombra do homem exposta na entrada pela presença do homem.
O homem assume a ilusão, como se a mesma fosse à realidade, as sombras do real transforma num mundo sem sombras, isso significa que a imaginação invertida transforma como realidade premente a suposta luz, mas o que permanece é de fato a escuridão.
A proposta do Platão, o homem teria que sair da caverna, mas como o homem conseguiria esse procedimento, se o homem está convencido, que a única realidade é realmente a caverna escura.
Na verdade essa escuridão significa o mundo real, entretanto, o homem desconhece a realidade como vida prática, quer buscar a sua compreensão pelo limite dela mesma, como se fosse real e necessário o incompreendido.
Se saísse da caverna o homem escaparia da fantasia, o mundo seria outro e o mesmo possivelmente possibilitaria ao homem a sua própria felicidade.
Viver mergulhado na caverna é levar ao homem a sua tragédia. Um desespero não propriamente ontológico, mas contraditoriamente humano.
Habituados às sombras, as mesmas, ou seja, o mundo das ilusões, o homem comum passa ter seus olhos maculados pela realidade não objetivamente pela figuração daquilo que chega até a memoria do homem.
Como verificação do que deve ser a liberdade. Motivo pelo qual o homem se encontra preso, sem sentido a compreensão da própria existência.
Para ver a luz do que o sol é, o sinal da verificação, dos conteúdos objetivos, primeiro olharia para noite e perceberia que a escuridão das cavernas é diferente da mesma provocada pela imensidão do escuro que se define ao infinito.
Isso significa que a cegueira poderá ser absoluta. O que de fato acontece e faz do homem um ser improdutivo a respeito do seu próprio saber, perde se nas mediações dos seus desejos.
Se os olhos conseguirem enxergar a luz do sol, poderá ver além das suas energias, a beleza toda. Porque o sol é a fonte de toda luz, fruto do esclarecimento.
Para Platão somente os filósofos seriam capazes de libertar do mundo das ilusões, porque os mesmos estão eternamente buscando a verdade, tarefa árdua muito difícil.
Para se libertar do mundo ilusório, tem antes de tudo de libertar do mundo sensível, o mundo da empiricidade, não leva a libertação, ou seja, a plena sabedoria que seria fugir da realidade prática.
No seu livro a república ele procurou mostrar como é a realidade de uma sociedade ideal, governada pelos filósofos, pessoas que devem atingir o mais alto grau, de conhecimento, do mundo das ideias que o homem deverá conquistar.
Edjar Dias de Vasconcelos.