O Mensalão Através Dos Tempos
Por Félix Maier | 07/10/2008 | PolíticaFélix Maier
O "mensalão" existe muito antes de Roberto Jefferson trazer a público
essa palavra hoje repetida até por crianças. Muito mais do que um
irregular pagamento mensal a deputados, "mensalão" hoje é sinônimo de
corrupção, propina, maracutaia, ágio, pedágio, cesta de Natal, Bolsa
Família, loteria, jabá, gorjeta, PF (por fora), cervejinha, cafezinho,
leite das crianças, 10%, 20%, 50%, 100%, superfaturamento, lavagem de
dinheiro, caixa dois, valerioduto, valores não contabilizados, e por aí
vai.
A
história do mensalão – que não colocarei mais entre aspas, pois já faz
parte do Aurélio e do "Uais" (que saudade de Paulo Francis!), embora lá
não conste ainda – começa no exato momento em que os seres humanos
começaram a realizar trocas (e maracutaias) entre si.
Caso
famoso de mensalão ocorreu na época de Cristo, quando Judas se vendeu
por 30 dinheiros para trair o Mestre – o mesmo número cabalístico dos
nossos parlamentares mensaleiros. Um simples mensalinho, diria Lula,
para quem "R$ 40 mil é troco". De onde veio o dinheiro pago a Judas? –
perguntaria Boris Casoy, cada vez mais enfezado com a malandragem
petista, antes de ser demitido da Record? O católico Mel Gibson disse,
no filme A Paixão de Cristo, que o mensalinho de Judas foi
pago pelos judeus. Os judeus, revoltados com Gibson, dizem que foi pago
pelos romanos. Como Lula nos dias atuais, judeus, cristãos e romanos
não sabem de nada, nada viram nem ouviram sobre o que aconteceu de fato
na Terra Prometida...
Na história moderna, políticos famosos
foram derrubados por mensalões. O ex-Primeiro Ministro italiano Betinno
Craxi foi acusado de enriquecimento ilícito através de verbas também
ilícitas recebidas pelo seu Partido Socialista Italiano (PSI) e
condenado a 23 anos e seis meses de prisão. Para não ser preso, Craxi
fugiu para sua luxuosa villa – na verdade, um bunker – em Hammamet, na Tunísia, onde se escondeu até a hora da morte, ocorrida em 2000.
O
ex-chanceler Helmut Kohl, que governou a Alemanha por 5 vezes e
implementou a unificação alemã, também se tornou um fantasma político
depois que foi acusado de fazer caixa dois para seu partido, a União
Democrática Cristã (CDU). Tal maracutaia, de acordo com a ética
petista-leninista, é correta, pois o meio empregado sempre justifica o
fim maior: a consolidação do Partido Único.
Luis Carlos Prestes
recebia seu mensalão direto da União Soviética, o famoso "ouro de
Moscou". Com a mesada, Prestes, Olga Benário e uma penca de outros
mercenários vermelhos, como o falecido Apolônio de Carvalho - chorado
em público por Lula e uma troupe socialista em 2005 -, desencadearam a
sangrenta Intentona Comunista, em 1935, matando covardemente 33
militares, muitos deles enquanto dormiam nos alojamentos dos quartéis.
Na
década de 1970, o antigo militante da Organização Revolucionária
Marxista Política Operária (POLOP), Nilmário Miranda - que eu costumo
chamar de "Numerário Miranda" – já era o príncipe do mensalão. Criou
uma organização de fachada em Minas Gerais para receber dinheiro de um
partido comunista europeu, não me lembro se da França ou da Bélgica.
Quanto dinheiro entrou no cofrinho do "militante" marxista via
comunoduto europeu? Só Numerário pode esclarecer a dúvida. Depois,
presidindo a "Comissão dos Mortos e Dasaparecidos", o mensaleiro
petista foi generoso em distribuir farto dinheiro público a terroristas
e familiares de, a título de uma indenização que nunca deveria ter
existido, ao menos para terroristas que morreram em combate direto com
as forças de Segurança, como foi o caso de Carlos Lamarca e Carlos
Marighela. Hoje, o bolsa-terrorismo já chega a R$ 4 bilhões!
Em 1989, Roberto Freire também recebeu o famigerado "ouro de Moscou", quando se candidatou a presidente.
A propósito, tenho um verbete em "Arquivos 'I' - uma história da intolerância", publicado em www.usinadeletras.com.br:
"Ouro
de Moscou - Dinheiro remetido pela União Soviética a organizações
comunistas e simpatizantes do Brasil, como o PCB e a UNE. Luis Carlos
Prestes era 'funcionário' do Komintern, recebia salário regular de
Moscou, que prestou apoio financeiro a ele e a outros facínoras para
deflagrar a Intentona Comunista de 1935, a exemplo do alemão Arthur
Ernest Ewert, Olga Benário, Pavel Stuchevski, Jonny de Graaf e do
argentino Rodolfo Ghioldi. A União Nacional de Estudantes (UNE) também
recebeu o 'Ouro de Moscou' através da União Internacional de Estudantes
(UIE), órgão de fachada do Movimento Comunista Internacional (MCI). O
Senador Roberto Freire foi o último comunista brasileiro a receber
contribuição de Moscou, por ocasião de sua campanha eleitoral à
Presidência do Brasil, em 1989; quem fez esta declaração foi o
ex-diplomata da União Soviética no Brasil, Vladimir Novikov, coronel da
KGB, que serviu em Brasília sob a fachada de Adido Cultural junto à
Embaixada Soviética, nos anos de 1980".
Quando vi Roberto
Freire esbravejando na TV contra a corrupção petista & aliados, no
rastro das denúncias feitas pelo deputado Roberto Jefferson, logo me
veio à mente que o político comunista perdeu a sigla do Partidão (PCB),
porém não a prepotência e o cinismo. Óleo de peroba na cara do
mensaleiro nordestino!
Collor não soube explicar a origem de US$
5 milhões, até se lembrar de que a montanha de dinheiro havia sido
tomada em um empréstimo bancário, no Uruguai. Durante o governo
collorido, o ex-ministro do Trabalho e Assistência Social, Antônio
Rogério Magri, foi acusado de vender-se por 30 dinheiros, como Judas: "O
ex-ministro é acusado de corrupção passiva por ter supostamente
recebido 30 mil dólares para intermediar um negócio do Fundo de
Garantia do Tempo de Serviço (FGTS). O processo a que Antônio Magri
responde atualmente no TRF-1 começou a tramitar no STF em 1993" (http://conjur.estadao.com.br/
Anão
rima com mensalão. Na mesma época, os "anões do Congresso" fizeram a
festa com as tetas de Branca de Neve, ou seja, o erário. Quando
perguntado sobre a origem da vultosa quantia de dinheiro em sua conta,
o deputado João Alves, então presidente da Comissão de Orçamento da
União (1993), disse que era um homem de muita sorte, por ter ganho 221
vezes na loteria...
Durante o primeiro governo FHC, houve
denúncias de compra de votos de parlamentares para aprovar o projeto da
reeleição. Até hoje, não foi apurado se houve mensalão ou não, apesar
de ter havido umas três CPIzzas sobre o assunto.
O Movimento
Social Terrorista (MST) recebe vultosos mensalões de ONGs estabelecidas
no exterior, além dos bilhões doados por FHC e Lula, via Incra, para
comprar bonés, bandeiras e chinelas havaianas (para dar um quê de
franciscano!) para suas "marchas" turísticas Brasil a fora. Em vez de
trabalhar na lavoura, os integrantes do movimento, que têm Che Guevara
como patrono, só aprendem, nas madrassas do ódio, como
invadir prédios públicos, fazer reféns, assaltar caminhões e promover o
esbulho no campo, queimando tratores e benfeitorias das fazendas.
Plantar feijão, que é "bão", nem pensar.
ONG entreguista como Sou da Paz
deveria ser renomeada para "Sou da Ford", como já sugeriu um editorial
de Mídia Sem Máscara, pelas enormes quantias de dólares recebidas da
Fundação Ford. Os mensalões ianques foram utilizados para fazer
propaganda anti-armamentista no Brasil, de modo a fechar fábricas
brasileiras de armas, beneficiando companhias estrangeiras rivais.
Felizmente, os traidores da Pátria foram derrotados no Referendo do dia
23 de outubro de 2005. A ONG Viva Rio também recebe rios de
dinheiro, tanto do exterior quanto do governo federal. Até hoje, o
único ato relevante do onagro bisonho foi ter distribuído rosas aos
moradores da Favela da Rocinha, de modo a diminuir a violência daquela
comunidade...
Mensalão também rima com milhão. Anos atrás, o
escritor Carlos Heitor Cony recebeu R$ 1,5 milhão, a título de
indenização por "perseguição política", além de passar a receber um
salário mensal equivalente aos dos juízes do STF! Se eu fosse Cony,
trocaria o sobrenome para "Coin" (moeda)... Recentemente, Ziraldo e Jaguar também receberam seu milhão, por conta da bancarrota do jornaleco Pasquim. Como se vê, uma verdadeira ação entre amigos.
A
turma que substituiu Numerário Miranda na "Começão" do dinheiro público
continuou a farra: até José Genoíno, que queria transformar o Brasil
numa Albânia continental, e José Dirceu, o agente secreto de Fidel
Castro, receberam seu mensalinho via "Desaparecidos & Aparecidos".
José "não róba nem deixa robá" Dirceu, respirando fundo, sentindo forte cheiro de pizza e mojito en una bodeguita de La Habana, não se conteve na época: "Cada dia eu estou mais convencido de minha própria inocência!"
Pudera: o então presidente do STF, Nelson Jobim, tornou-se o mais
importante advogado de defesa de Dirceu; na CPIzza dos Correios, a
raposa (presidente, petista) e o gambá (relator) tomaram conta do
galinheiro. O que se poderia esperar daquela CPI a não ser um saco
cheio de chicken pop corn para distribuir aos imbecis eleitores brasileiros?
O mensalão, na era da internet, já teve seu slogan para cativar a crítica musical: "Ganhe um iPod para entrevistar Maria Rita"...
Lula,
o chefe do mensalão, está arrumando a vida da família e de si próprio.
Até hoje, não explicou direito como comprou o apartamento de cobertura
que possui em São Bernardo do Campo, o qual, segundo denúncias nos
jornais, foi adquirido com o auxílio de um cheque do
compadre-empresário ligado a maracutaias em prefeituras paulistas
governadas por petistas. Depois, não impediu que Lulinha recebesse o
mensalão inicial de R$ 5 milhões que a Telemar investiu na empresa do
neto de Seu Aristides, dizendo candidamente que não se metia nos
negócios da família. Há denúncias de que Dona Marisca (sorry,
Tom Cavalcante!) já tenha gasto, somente no ano 2005, mais de R$ 400
mil em compras pessoais, utilizando o famigerado cartão corporativo do
governo, o Lulacard.
O Lulacard derrubou a
ministra para promoção da desigualdade racial, Matilde Ribeiro. Porém,
o ministro da Tapioca Esportiva continua lépido e fagueiro no seu
posto. Para defender o governo Lula das acusações de uso indevido do Lulacard,
Dilma "Estela" Rousseff mandou fazer um dossiê sobre os gastos do
governo FHC, para "apresentar ao TCU" - foi a primeira mentira da
guerrilheira-chefe da Casa Civil. Como Lula, Dilma-Dossiê depois não
sabia mais de nada, não viu nada, não ouviu nada, tem raiva de quem
sabe alguma coisa, a imprensa é golpista, e não sabe sequer quem são
seus auxiliares.
Uma pergunta que não quer calar: quantas peruas Fiat Elba daria para comprar com todo esse tsunâmi
de dinheiro desviado pelos pestistas desde que assumiram o governo
federal? Aos esquecidos lembro que Fernando Collor foi deposto por não
saber explicar a origem de uma única perua Elba. Posteriormente, Collor
foi absolvido pelo STF, comprovando que tudo não passou de um golpe
petista muito bem engendrado.