O medo dos segredos.
Por Edjar Dias de Vasconcelos | 03/06/2013 | PoesiasO medo dos segredos.
Como dominar a vontade.
Indelével.
De um belo encantamento.
O que se deve fazer.
Quando a loucura domina a razão.
O palúrdio tempo desvanecido.
Ignorar a intensidade.
Que percorre a intuição.
O inexorável sonho.
Só de pensar.
Percebe-se que não tem solução.
Um sinal profundo.
Que sente as emoções.
O que se deve dizer.
A ironia do destino.
Anos inteiros.
Que passaram.
Sem saber viver.
O precípite prazer.
Como se fosse possível.
A doce ilusão.
O eterno medo.
Da possível sintonia morfológica.
Perfeita precessão.
A recordação.
De pertencer.
Até poderia ser.
Sem saber explicar.
As sensações do mundo.
Sem entender.
A imensurável.
Vontade da realização.
Sei apenas da explicação.
Dos sinais perdidos.
Da prodigalidade sensorial.
O olhar incompreensível.
Do magnífico delírio.
Se estivesse naquele momento.
Imprescindível.
A história seria diferente.
Resoluta.
Não teria medo das noites escuras.
Muito menos do brilho do amanhecer.
Se tudo tivesse sido realizado.
O mundo com certeza seria outro.
Não restariam tantos sintomas.
Mas o tempo passou.
Inexoravelmente.
Quase ninguém entendeu.
O soluço soçobrado das tonalidades.
Do azul indefinido no espaço.
A geografia da mente.
Sem tautocronismo.
E a ideologia do saber.
Se tivesse o tempo nas mãos.
O mundo seria outro.
As ilusões não seriam permanentes.
Mesmo assim.
Diria ao encantamento.
A sapiência do saber.
O tempo passou.
A imaginação também.
O que teria que dizer.
A não ser te contar um grande segredo.
Mas sumiram as palavras.
Desapareceu a lógica.
O que restou apenas.
Um imenso desejo.
Peremptório.
Mesmo na distância do tempo.
Posso revelar a você.
A única intuição.
Ela é absolutamente metafórica.
Entenda o silêncio das palavras.
O grandevo etimológico.
Das raízes incompreensíveis.
Ao mundo do desejo.
Do solerte entendimento indutivo.
Edjar Dias de Vasconcelos.