O maior sonho de noel
Por Edson Terto da Silva | 08/11/2011 | CrônicasUma noite dessas, me peguei sem sono a olhar o céu. Vi uma estrela cadente, brilhando a riscar a escuridão. Vi um homem de barbas brancas, vestindo vermelho encarnado. Não era nosso ex-presidente, um governador ou deputado. O sorriso daquele homem era de se admirar. Falo seu moço com franqueza que quase me pus a chorar.
Era um riso tão terno, tão bom de apreciar, que resolvi com aquele homem prosear. Diga-me que é o senhor, se é que pode contar? Não me deixe nesta aflição com tanto pra perguntar. O velhinho me respondeu com tanta bondade no falar, que voltei a ser criança e como criança chorar. Ele passou a mão nas barbas e tirou o seu chapéu. E com a voz mais doce do mundo, disse sou Papai Noel.
Apareço nesta época para todos especiais. Na verdade, eu sou mesmo os espíritos de natais. Eu vivo no coração daquele que acreditar que o mundo será melhor se um ao outro ajudar. Hoje, em algumas casas há fartura de montão. Mas em outras há tristeza e falta até para o pão. Quem acredita em mim muda esta situação. Porque reparte o seu muito com quem não tem nada não.
E assim a noite é santa, é noite de comunhão. E do Natal você tira a verdadeira lição. Que a noite é muito mais que festa e comemoração. Mas que muitos acreditam ser do aniversário do maior entre os cristãos, que é Cristo, o menino da salvação. Do que foi morrer na cruz pela nossa redenção.
E eu entendendo tudo naquele sonho acordado, com os olhos brilhando mais que as estrelas do céu riscado. Tratei de deixar Papai Noel sair com o seu trenó lotado. Lotado com os brinquedos e com a esperança dos que sonham acordados. Pois um sonho também até pode ser verdade se outro sonhar junto e tornar realidade.
Naquela mesma hora decidi juntar aquilo que tinha: comida e bebida e para a farofa, farinha. Uns brinquedos tão singelos, mas pra criançada servia. E a festa começou da minha casa pra casa vizinha. Logo então outros vizinhos naquela festa entraram. Não demorou era a rua inteira, quarteirão, bairro, cidade, estado.
A festa animou-se tanto com tanta gente feliz. Que aquela alegria tomou conta do país. Não estou mentindo, vocês podem acreditar, a festa conseguiu atravessar o além mar, chegou nos outros países, em todo mundo, quem sabe?
E dessa vez foi minha vez de então testemunhar. Vi o Papai Noel chorando e sua lágrima pingar. O povo em sua alegria nem chegou a se importar com a fina chuva de lágrimas e tudo o que se ouvia em todo e qualquer lugar, era o coro bonito de um Feliz Natal!
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