O LÉXICO VOCABULAR EM DONA GUIDINHA DO POÇO

         Denotamos no livro Dona Guidinha do poço (1952), de Manoel de Oliveira Paiva, o léxico vocabular que representa a força do regionalismo e que evidencia imensa expressividade de uma comunidade, de um povo. O vocabulário é a identidade que caracteriza a maneira de ser de uma determinada região. O Nordeste é o foco da literatura regionalista datada no século XIX e o rústico mundo interiorano é idealizado para representar o que os escritores românticos perceberam os comportamentos e valores bem diferentes daqueles da corte.  Apesar dos escritores presenciarem o romantismo, Algum destes escritores como Franklin Távora, Domingos Olímpio, e o próprio Oliveira Paiva, fizeram parte de uma vertente chamada literatura regionalista. Os autores de obras regionalistas tinham que vivenciar o espaço natural, o que não adiantava só conhecer, mas sim de vivenciar, sentir de fato o que é ser regional. As peculiaridades do nordeste, a forma como as pessoas utilizavam a linguagem para se comunicarem, e de algumas expressões que são utilizadas só por eles.  A base de um povo ou de uma comunidade linguística está na fala, são características que o nordestino carrega consigo, desde a sua formação, e que o léxico é compartilhado, evocado com as mesmas pessoas desta comunidade linguística que matem firme o seu dialeto. Para tanto, apoiamo-nos nos teóricos MARTINS (2008), COUTINHO (1988), VILELA (1995), dentre outros.  A obra escrita pelo autor Paiva, retrata bem o valor regional, merecendo destaque o trabalho com a linguagem, que dá vida ao texto do romance, particularmente no que se diz respeito ao léxico vocabular, cujo é preservado na sua essência, pelo autor. O que pretendemos é estudarmos o léxico, o diálogo empregado pelos personagens  escritos na obra. Tendo como corpus do estudo trechos da obra citada, que evidenciam expressões de uma linguagem regional.  A importância do léxico, e o espaço onde configuram a cena dos personagens.