O IPÊ-AMARELO
Por Lourival Jose Costa | 29/08/2017 | PoesiasEra manhã de inverno e eu apressado na calçada
Um vento forte arfou-se no Ipê-amarelo
Suas flores cobriram o concreto
Um tapete áureo se fez.
Por um instante pensei ser obra da natureza
Em sua renovação, mas, não era..!
De súbito, a revoada de pombos
E as borboletas púrpuras.
Pensei; só posso estar sonhando..!
A frente, um macambúzio
E solitário homem de
Barbas brancas.
Tocou-me como quem toca as flores e disse:
- Pensou ser o inverno de Brasília?
- O fortuito ou o impensado ?
- Não, foi planejado..!
O homem encobriu-se nas flores amarelas
E, como passe de mágica, ocultou-se
Quis saber quem havia planejado
A emoção envolveu-me..!
Em voz alta eu disse;
Mãe, foi a senhora quem soprou no Ipê..?
Por: Lourival Jose Costa - 30/08/2017 às 09:00hs