O INTÉRPRETE DE LIBRAS NO CONTEXTO DA SALA DE AULA NA CIDADE DE PELOTAS-RS
Por Luciane Kaster Barcellos | 23/02/2013 | EducaçãoO INTÉRPRETE DE LIBRAS NO CONTEXTO DA SALA DE AULA NA CIDADE DE PELOTAS-RS.
BARCELLOS, Luciane Kaster¹; SANTOS, Angela Nediane dos²; SILVA, Ivana Gomes da³.
¹Universidade Federal de Pelotas, acadêmica do curso de Licenciatura em Letras, habilitação Português/Inglês e suas respectivas Literaturas.
lucianekaster@gmail.com
²Universidade Federal de Pelotas, professora do Centro de Letras e Comunicação.
gejaespecial@yahoo.com.br
³Universidade Federal de Pelotas, professora do Centro de Letras e Comunicação.
Igds76@gmail.com
INTRODUÇÃO
Tecnicamente a diferença que existe entre tradutor e tradutor-intérprete é que o tradutor envolve pelo menos uma língua escrita entre as envolvidas e seu processo é consecutivo, ou seja, há tempo para refletir e refazer a tradução. Já o tradutor-intérprete traduz de uma determinada língua para outra, sendo na maior parte das vezes, uma das línguas visual-gestual. Este tipo de trabalho, normalmente é simultâneo, exigindo do intérprete uma rapidez e uma memória de curto prazo.
Sendo assim, o tradutor-intérprete de língua de sinais é aquele que traduz e interpreta uma determinada língua de sinais para a língua falada e vice-versa em quaisquer modalidades em que se apresentar oral ou escrita (QUADROS, 2007).
A imagem do tradutor-intérprete de Língua Brasileira de Sinais (Libras) não está presente em todos os espaços da educação, mas está ganhando maior visibilidade desde a aprovação da lei 10.436 de 24 de abril de 2002 e do decreto 5.626 de 22 de dezembro de 2005, que regulamenta a Libras como segunda língua oficial do Brasil. A lei mais recente que oficializa a profissão deste profissional é a 12.319 de 1º de setembro de 2010, esta regulamenta o exercício da profissão do tradutor-intérprete da língua de sinais.
No Brasil, a presença de intérpretes de língua de sinais se inicia por volta dos anos de 1980 com a interpretação de cultos e missas em diferentes religiões. A partir daí, a inclusão social dos surdos foi aumentando em todos os espaços, exigindo assim a presença de um tradutor-intérprete de língua de sinais. Os surdos ocupam também, a partir de então, as salas de aula, necessitando um intérprete para que possam ter acesso à educação, e para que sua formação aconteça efetivamente.
A intenção desta pesquisa é fazer um breve relato sobre a linha histórica, a constituição e profissionalização do tradutor-intérprete e ainda mostrar como se dá a introdução do mesmo nos espaços educacionais. E ainda deixar claro que há a necessidade de ter uma formação específica deste profissional para cada nível e área do conhecimento.