O início de setor agroindustrial em Santa Catarina
Por C FacilitaJa | 15/06/2011 | AdmCom a vinda da segunda leva de imigrantes nos meados do século XIX, começaram a surgir novos produtos alimentícios como banha, manteiga queijo e salame. Com a vinda da terceira leva de imigrantes após 1875, aumentou a diversidade e a oferta de alimentos, como derivados do suíno e do leite,o fabrico do vinho e também da farinha de mandioca.
As atividades agrícolas em Santa Catarina, que resultavam na produção de alimentos, eram todas praticadas por pequenos proprietários, que além de produzirem para a sua subsistência, comercializavam o excedente junto ao mercado local e com os centros comerciais mais próximos (Laguna, São Francisco, Joinville, Blumenau e Florianópolis).
Muitos colonos vendiam suas propriedades para serem mineradas por uma firma ou eles próprios às mineravam. Quando a reserva de carvão esgotava-se o terreno já estava inteiramente comprometido, com os mananciais hídricos contaminados, impossibilitando assim o cultivo da terra.
Essas atividades agrícolas mercantis formaram o primeiro núcleo gerador da acumulação capitalista. O sistema colônia-venda e a exploração da mão-de-obra de expropriados deram condições para a formação de um mercado interno que se desdobrava e ampliava.
Mesmo com a produção de alimentos no sul, no Vale do Itajaí e no litoral, apenas após a colonização do oeste catarinense o setor apresentará outros desdobramentos e definirá os rumos da indústria alimentar em Santa Catarina e, em boa medida, no Brasil, a partir da consolidação das grandes empresas. A ocupação do oeste catarinense por colonos ítalo e teuto-brasileiros provenientes do Rio Grande do Sul deu-se paralelamente à construção da ferrovia São Paulo-Rio Grande, estimulados pela abertura de fronteiras e pela possibilidade de se tornarem capitalistas. Além da pecuária, duas atividades econômicas desenvolveram-se no oeste; nas proximidades do rio Uruguai a extração da madeira e na divisa com Paraná o cultivo da erva-mate.
Como muitos colonos eram provenientes da região fumageira de Santa Cruz do Sul (RS), a plantação de fumo no oeste barriga verde predominou até os anos 40. "A substituição do fumo pelo suíno como principal atividade comercial dos pequenos produtores consolida-se no decorrer dos anos 40 e inicio dos anos 50." (Campos, 1987, p. 123). Com o fim do tropeirismo de muares e gado, muitos tropeiros são contratados por suinocultores do Vale do Rio do Peixe e do oeste...
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