O IMPACTO DA VIOLÊNCIA DOMÉSTICA PREJUDICA A APRENDIZAGEM
Por Suely Ribeiro | 01/02/2017 | EducaçãoRibeiro Suely ¹
RESUMO
Em todas as etapas da vida humana conseguimos novas aquisições de conhecimento, para muitos pensares não é bem assim, então essa pesquisa busca mostrar posições de teóricos que apresentam o processo de aprendizagem em específico na criança e no adolescente, através dos maus-tratos de abuso de abandonos, objetiva Um dos grandes fatores que favorecem a violência física, como os espancamentos, é a personalidade desestruturada para um convívio familiar do agressor, que não sabe lidar com pequenas frustrações que essas relações causam no decorrer do cotidiano.
Palavras chave: Educação, Violência, família, carinho, lúdico.
INTRODUÇÃO
A violência doméstica e/ou intrafamiliar contra crianças e adolescentes não é um fenômeno da contemporaneidade. Relatos de filicídios, de maus-tratos, de negligências, de abandonos, de abusos sexuais, são encontrados ainda em nossa sociedade e principalmente onde fizemos nossa pesquisa de campo. Este artigo tem como objetivo refletir sobre O impacto da violência, prejudica a aprendizagem. A violência doméstica acontece contra crianças, adolescentes, mulheres e idosos, sendo que os agressores são os próprios familiares das vítimas.
Um dos grandes fatores que favorecem a violência física, como os espancamentos, é a personalidade desestruturada para um convívio familiar do agressor, que não sabe lidar com pequenas frustrações que essas relações causam no decorrer do cotidiano.
Este trabalho pretende gerar uma pesquisa sobre os agressores quem são, sobre o perfil do agressor é caracterizado por autoritarismo, falta de paciência, irritabilidade, grosserias e xingamentos constantes, ou acompanhados de alcoolismo e uso de outras drogas. As violências domésticas se dividem por espancamentos, tendo maior número de vítimas as crianças de até cinco anos; abusos sexuais, acontecendo em maior quantidade entre meninas de sete a dez anos de idade; e por danos morais, em adolescentes e mulheres. É bom lembrar que os idosos tem tido grande participação na violência doméstica, mas aqueles que necessitam de cuidados especiais, sofrendo as agressões por pessoas contatadas pela família.
Outro destaque para as vítimas das agressões são as crianças portadoras de necessidades especiais. Normalmente as mães são as maiores agressoras das mesmas, por exigirem cuidados excessivos como higiene pessoal, alimentação, locomoção, onde estas se sentem sobrecarregadas e por não receberem apoio dos pais da criança ou uma estrutura advinda de órgãos governamentais.
– A violência familiar: O capítulo dá um apanhado geral de conceitos, definições e histórico relacionado à violência familiar, quem são os agressores.
A violência doméstica prejudica o aprendizado dos educandos, o caso é típico e acontece todo o dia em qualquer cidade brasileira: mulher é espancada pelo marido na presença dos filhos. O criminoso fica impune e a mulher, normalmente se mantém calada diante da violência que sofre no cotidiano.
No entanto, o que muitos não sabem é que, na maior parte das vezes, a violência contra a mulher acaba atingindo também as crianças, que acabam carregando para a vida adulta os efeitos psicológicos que a agressão presenciada produz em suas mentes.
“A violência doméstica é uma epidemia que contamina todo o tecido familiar. Estatísticas mostram que homens que espancam suas parceiras também são violentos com as crianças dentro de casa”. De acordo com o estudo, cerca de 63% das crianças apresentam problemas de aprendizado, repetem anos escolares e abandonam a escola, em média, com 9 anos de idade.
Um terço delas tende a perpetuar a agressividade quando se tornam adultas. Muitas vezes as crianças são enviadas para as escolas estão apresentando distúrbios de aprendizagem, ou outros problemas de saúde.
“Somente quando as mães percebem que os educadores estão ajudando seus filhos e adquirem confiança no trabalho dos mesmos é que acabam confessando para os técnicos que elas e as crianças são agredidas no lar.”
Freqüentemente, os conflitos do casal afetam seus filhos pequenos. As crianças que presenciam a violência conjugal enfrentam riscos mais elevados de ter problemas emocionais e de comportamento tais como: ansiedade, depressão, desempenho escolar medíocre, baixa auto-estima, desobediência, pesadelos e problema de saúde como já foi citado.
A violência social passa a ser reconhecida como parte da agenda da Saúde Pública a partir dos anos 90, fundamentalmente, pelo crescente número de mortes e traumas que provoca na sociedade.
Muitos casos de violência doméstica encontram-se associados ao consumo de álcool, pois a bebida torna a pessoa, em alguns casos, mais agressiva. Nesses casos o agressor pode apresentar inclusive um comportamento absolutamente normal e até mesmo “amável” enquanto não embriagado, o que dificulta a decisão da parceria denunciá-lo, portanto este trabalho feito com a comunidade de terapia justifica-se por como uma forma de alertar as mulheres e crianças como proceder no caso da agressão.
Estima-se que a violência contra a mulher e criança no seu próprio lar, tenha proporções epidêmicas no mundo todo. Na verdade, em 1989 o Worldwatch Instituto declarou a violência contra a mulher e criança como sendo o tipo de crime mais freqüente do mundo (BANDEIRA, 1998). “Nos Estados Unidos, a violência no lar é a maior causa isolada de ferimentos em mulheres e crianças, isto feito dentro de seu próprio lar, onde há omissão”.
Embora tenhamos que ser cuidadosos nesta terapia com as famílias sofridas, pois os seus agressores são os esposos, tios, padrasto, madrasta e outros. Curiosamente a porcentagem de mulheres assassinadas pelo companheiro fica em torno de 40%, segundo o pesquisador Renato Lima da Fundação SEADE (Folha de São Paulo, 2000). “Ressalta-se que companheiro é definido por parceiro de relações amorosas e sexuais com alguma presumida estabilidade embarcando esposos, companheiros, amantes, namorados, noivos, ex-esposos, ex-companheiros, ex-amantes e ex-namorados” (MACHADO, 1998, p.113-114).
É na relação em família que ocorrem os fatos mais expressivos da vida das pessoas, tais como a descoberta do afeto, da subjetividade, da sexualidade, a experiência da vida, a formação de identidade social. A idéia de família refere-se a algo que cada um de nós experimenta, repleta de significados afetivos, de representações, opiniões, juízos, esperanças e frustrações.