O Homem Massa
Por Josenildo Santos Rodrigues | 09/03/2014 | Política
Podemos considerar a sociedade moderna, como a época das massas, para Ortega y Gasset, "massa é todo aquele que não atribui a si mesmo um valor - bom ou mau - por razões especiais, mas que se sente como todo "mundo" e, certamente, não se angustia com isso, sente-se bem por ser idêntico aos demais". O homem-massa é aquele indivíduo que não possui consciência de si mesmo, é um ser sem história, sem tradição, é um homem despossuído de particularidades, é um ser que perambula de um canto para o outro, sem se fixar e criar raízes em lugar nenhum. Esse tipo de sujeito se tornou a classe dominante do século XX.
Durante muitos séculos as pessoas aceitavam com naturalidade a superioridade e destreza de alguns homens em relação à imensa maioria, e esses homens, tendo a admiração e o respeito dos demais, governavam e administravam toda a sociedade. Entretanto, inúmeras revoluções surgiram ao longo da história, destruindo a harmonia social e política que existia, sobretudo na Europa, que é o continente que mais teve revoluções ao longo dos anos. Esses revolucionários ao chegar ao poder, implantaram regimes políticos autoritários, aniquilando as liberdades individuais, destruindo idéias e culturas que não aceitavam e nem se curvavam diante da tamanha imbecilidade do coletivismo. Seus defensores sempre tiveram o apoio das massas, foram elas que deram sustentação política e ideológica para a mantença do poder.
Podemos citar dois regimes que levaram a ruína à sociedade europeia, o nazismo e o comunismo, regimes muito semelhantes, ambos se diziam o salvador da pátria, e se apoiavam majoritariamente nas massas. Não preciso aqui explicar as desgraças que ocorreram nesses governos, pois é público e notório o caos que levaram a todas as nações que abraçaram suas ideias e regimes políticos.
Infelizmente, o mundo é comando por esse tipo de homem, um homem que possui apenas vontade e direitos, e nada de deveres e obrigações, são esses os donos do mundo, nossas vidas se encontra nas mãos de verdadeiros psicopatas e genocidas de toda a espécie, nossas liberdades estão diariamente sendo ameaçadas. O homem-massa acredita veementemente que a função do estado é sustentar todas as suas vontades e desejos, eles ver o estado como um Deus, essa é a compreensão do homem- massa.
Como dizia Ortega, o Estado, quando conduzido por gente moralmente inferior, torna-se o grande algoz da humanidade. É isso que temos visto desde então. A própria guerra, cuja natureza nobre sempre foi cultuada pelos melhores, nos tempos hodiernos muda de caráter, passando de instrumento para a recuperação do equilíbrio político e da afirmação da segurança coletiva para a ação de destruição pura e simples de comunidades diferentes. O homem-massa anseia pela homogeneidade. A guerra passou a matar em escala industrial apenas para satisfazer ideologias cegas, motivadas pela falsa capacidade que teria de aperfeiçoar a humanidade. A busca da igualdade irracional motiva muitos dos morticínios contemporâneos.
O Estado, enquanto ferramenta, nos tempos antigos permitiu ao homem criar uma ordem e, a partir dela, deixar frutificar os seus engenhos, a própria liberdade ela mesma. Sem o Estado não haveria como construir um espaço de liberdade, em que o homem em geral pudesse construir seu próprio destino. Ortega nos diz que o Estado só pode ser benigno quando conduzido pela elite egrégia, que carrega a tradição e sabe da missão e das limitações do ente estatal. A elite sabedora de que o Estado precisa, necessariamente, ser “mínimo”, como defenderam os liberais clássicos. A maior das mentiras da modernidade foi recriar o antigo mito sofista da igualdade, sobrepondo-se à necessidade mais terrivelmente ameaçada de todos os tempos, a liberdade.
O homem-massa, quando alçado ao poder – e até mesmo para ser alçado ao poder – quer tornar o Estado o instrumento para a implantação da igualdade. Esse terrível engano está na raiz dos monstruosos crimes cometidos pelos coletivistas de todos os tempos. O resultado dessa visão errônea é a estatização progressiva e inexorável da vida cotidiana. Tudo passou a depender do ente estatal. A moeda é do Estado, os regulamentos se multiplicam, a vida espontânea tende ao desaparecimento. Os homens são “coisificados”, tratados com seres incapazes de uma vida adulta e responsável. Em nossa nação se fala na lei da palmada, veja que absurdo, o estado querer regular uma coisa tão simples e banal, interferir na maneira pelo qual os pais educam seus filhos, veja até onde chega o estado massificado!
Nesse ano haverá eleições nacionais, onde a maioria dos candidatos vão fazer de tudo para conquistar os votos das massas, e sempre vai ganhar aqueles que mais prometerem as benesses do estado, pois é isso que o homem-massa quer, benesses, benesses e mais benesses. Com certeza, as maiores promessas dos candidatos ao cargo máximo da nação, será o famigerado bolsa família, programa esse que criou milhões de parasitas em todo o território nacional, acredito que nenhum dos candidatos vão ter a coragem de dizer não a esse projeto que criou uma rede de parasitismo em toda a nação, todos os candidatos irão prometer é mais e mais bolsas, as bolsas não terão fim, mesmo porque nessa campanha só terá a esquerda disputando eleições, o Brasil é o único País do mundo que não possui um partido conservador,somos um País órfão de partidos que defendam a tradição e os valores judaico-cristãos, portanto, devemos nos preparar para suportarmos um estado cada vez mais forte, poderoso e autoritário ao extremo.