O Governo do Rei Salomão: O Desenvolvimento de Israel, as Obras Públicas e o Fracasso do seu Reinado.

Por Gilson Lopes da Silva Junior | 22/12/2012 | Religião

O Governo do Rei Salomão: O Desenvolvimento de Israel, as Obras Públicas e o Fracasso do seu Reinado.

Professor Gilson Lopes da Silva Junior.

Doutorando em Ciências da Educação.

Mestre em Ciências da religião.

Licenciado em História.

A ESTRUTURA DO GOVERNO SALOMONICO E SUA ADMINISTRAÇÃO.

UNIDADE MONÁRQUICA DE ISRAEL: SALOMÃO (APROXIMADAMENTE 961-922)

Salomão não foi um rei de guerras, pois tinha pouca necessidade de o ser, pois nenhum inimigo externo ameaçava seriamente seu reino. Politicamente, seu dever também não era o de defender o Estado ou ampliá-lo, mas de conservá-lo unido. E nisso, na maioria das vezes, foi bem sucedido.

Salomão assume o lugar de seu pai, o rei Davi e vai proceder a organização administrativa do reino. Davi, enquanto governou,  esboçou as bases organizacionais, criou o exército, estabeleceu o regime administrativo e firmou a unidade do povo com a capital  Jerusalém, centro da vida civil, política e religiosa de Israel. Durante o tempo que governou, a paz no reino foi um tanto quanto aparente, bastava um pretexto para que se manifestassem as diferenças entre Israel e Judá e que os inimigos externos se manifestassem. Seu reinado foi um período marcado por um grande número de guerras. Salomão, quando assume o governo, ao invés de guerrear, vai diplomaticamente criar alianças e manter a paz, bem como finalizar algumas obras civis iniciadas por seu pai. Moderniza o exército com carros e armas, vai fortificar as cidades e criar uma linha de praças fortes; implanta uma via comercial que ia do Egito até a Síria. Constrói as fortalezas de Baalat e Pamar que têm a finalidade de proteger as rotas de metais que são retirados das minas de Asiongaber  através do porto de Aqabar.

Tendo subido ao trono como co-regente de seu pai, Salomão teve poucos problemasem estabelecer-se. Desdeque Adonias e seus adeptos se submeteram a ele servilmente, foi desnecessário derramamento de sangue. Mas quando o idoso Davi morreu, Salomão pronta e cruelmente removeu tudo o que pudesse desafiar sua autoridade. Adonias que, pelo fato de pretender a mão da concubina de Davi, Abisag, tinha indicado que não desistira de reivindicar o trono, foi sumariamente executado. Adonias era irmão mais velho de Salomão, filho de Davi, tinha a pretensão de subir o trono por direito, quando soube que Salomão estava sendo preparado para a posição, Adonias começou com Absalão impressionar o povo e chamando os seus irmãos e outros representantes para a festa da fonte sagrada de Rogel, proclamou-se rei. Davi quando soube do que estava acontecendo, tomou providencia rapidamente, Davi proclamou Salomão rei, ungido por Sadoc, o sacerdote e aclamado pela multidão.  

Abiatar, tendo sua vida poupada em virtude da lealdade passada para com Davi, foi exonerado de seu cargo e banido para sua casaem Anatot. Joab, sabendo que poderia ser o próximo, refugiou-se no altar do santuário. Mas, seu rival inescrupuloso Banaias, por ordem de Salomão, entrou logo após e o massacrou, herdando sua posição. Quanto a Semei, o familiar de Saul que amaldiçoou Davi quando este fugiu de Absalão, recebeu ordem de ficar recluso na cidade, devendo ser executado ao primeiro sinal de desobediência.

Embora seu reino não fosse completamente pacifico, sabemos que Salomão não chegou a comandar serias operações militares. Sua tarefa não era mais expandir o reino, que havia chegado a dimensão máxima no reinado de Davi, mas de manter relações amigáveis, externamente e com seus próprios vassalos (nações que foram trazidas para debaixo do domínio de Israel por meio de diplomacia ou força militar, Zobá, Hamate, Arábia, Filístia, são exemplos de alguns), de modo que Israel pudesse desenvolver suas potencialidadesem paz. Eele procurou fazê-lo, por meio de um judicioso programa de alianças. Uma vez que muitas delas seladas por casamento, numerosas nobres estrangeiras foram trazidas para o harém de Salomão (I Reis 11.1-3, bíblia sagrada versão católica, “A estas nações uniu-se Salomão por seus amores. Teve setecentas esposas de classe principesca e trezentas concubinas. E suas mulheres perverteram-lhe o coração”); o próprio príncipe da coroa foi descente de tal união (1 Reis14.21, bíblia sagrada versão católica “Roboão, filho de Salomão, reinou sobre Judá. Tinha quarenta e um anos quando começou a reinar, e reinou dezessete anos em Jerusalém, a cidade que o Senhor escolheu entre todas as tribos de Israel para ali estabelecer o seu nome. Sua mãe chamava-se Naama, a amonita”). A mais notável esposa de Salomão foi a filha de faraó do Egito (provavelmente Siamun, antepenúltima da fraca Vigésima Primeira Dinastia), que como convinha a sua classe recebeu tratamento privilegiado. Está escrito que Faraó tomou e destruiu a cidade canaanita de Gazer e a entregou a sua filha como dote, dando conseqüentemente a Salomão um modesto acréscimo a seu território.  Difícil é imaginar Faraó empreendendo tão longa e árdua campanha somente para conquistar uma cidade para um rei Israelita. Pode-se dizer que após a morte de Davi, o faraó tivesse a esperança de restabelecer o domínio egípcio na Palestina e para esses fins tivesse levantado uma campanha contra as cidades dos filisteus (sobre as quais pretendia suserana), mas tendo-se defrontado com as tropas mais fortes do que imaginara, nos moldes do exercito de Salomão, foi mais sábio a entregar a concessão territorial e proclamar a paz, pois os faraós do império não davam suas filhas nem mesmo ao reis da Babilônia ou Mitanni.

Entretanto, a mais importante das alianças feita por Salomão, foi estabelecida com Tiro (1 Reis 5.1-12, bíblia sagrada versão católica, “Quando Hirão, rei de Tiro, soube que Salomão fora ungido rei em lugar de seu pai, enviou-lhe os seus servos, pois Hirão fora sempre amigo de Davi”), já efetivada por Davi e agora renovada.

“Tiro, reconstruídas pelos fenícios sidônios no século décimo, foi à capital de um Estado que, naquele tempo, controlava todo literal sul da fenícia, as expansões marítimas dos fenícios para o oeste estavam em pleno apogeu; pelo final do século, havia colônias em Chipre e na Sardenha, onde exploravam minas de cobre, e provavelmente na Espanha e no Norte da África. A aliança resultou em uma troca de benefícios mútuos, inclusive para seus projetos e novos caminhos de comercio e indústria.” Bright, Jhon, 2003, Sétima Edição, Paulus, São Paulo.

           

Apesar de não ser guerreiro, Salomão estava longe de ser um inexperiente em matéria de conhecimento militar. Ao contrario, ele manteve a segurança e desencorajou a agressão, mandando construir um exercito ativo, que poucos ousariam desafiar. As principais cidades foram fortificadas e transformadas em bases militares (I Reis 9,15-19). Essas incluíam, além da própria Jerusalém, uma cadeia de cidades ao longo do perímetro do centro das terras israelitas: Hasor, na Galileia; Meguido; Gazer e Tamar. Disposto nesses pontos, o exercito de Salomão podia ser rapidamente reunido para defender-ser contra invasões, dominar pequenas revoluções internas ou agir contra vassalos rebeldes.

Alem disso, Salomão reforçou seu exercito, desenvolvendo o carro de combate em um nível nunca alcançado antes. Até o reinado de Davi, Israel nunca tinha usado o carro de combate, em parte porque era de pouca utilidade em seus territórios irregulares, em parte porque seu uso pressupunha uma aristocracia militar que Israel não possuía. Mas as cidades - estados canaanitas, que foram por essa época absorvidas por Israel, sempre tinham usado carro de combate; evidentemente, Salomão adotou a idéia e explorou-a com entusiasmo. Temos conhecimento que possuía quatro mil estábulos para seus cavalos, mil e quatrocentos carros de combate e doze mil homens para dirigi-los. Dispôs essa força militar nas bases acima mencionadas.  Significava que Salomão mantinha um considerável exercito permanente. É possível que ele nunca recorresse as tribos para fim de recrutamento.

De modo geral, Salomão conseguiu manter com sucesso o império unido, mas não totalmente. Apesar de a estrutura principal ter permanecido forte, Salomão deixou-a um pouco menor do que a encontrada. Primeiro houve problemas em Edom (1 Reis11.14-22.25, bíblia sagrada versão católica “O Senhor suscitou um inimigo a Salomão: Hadad, o edomita, da linhagem real de Edom”).

O príncipe edomita Adad, que fora o único sobrevivente do massacre de Joab e que encontrará refugio no Egito, retornou a sua terra natal quando soube que Davi e Joab estavam mortos; e, naturalmente, nomeou-se rei. A história interrompe-se de repente e o texto é incerto (v.25 “Foi inimigo de Israel durante toda a vida de Salomão”). Certamente Salomão nunca perdeu seu controle sobre Edom, porque se isso tivesse acontecido, suas manobras em Asiongaber, sobre as quais falaremos logo, para não dizer nada de suas atividades relacionadas com o comercio de caravanas da Arábia (10,1-10.15), teriam sido impossíveis de se realizar. Salomão manteve o império intacto.

Mapa da Palestina com localização de Edom.

As províncias

Sob o domínio de Salomão, Israel não incorporou formalmente, sob jurisdição, as terras que estavam fora de suas fronteiras tradicionais. Salomão herdou de Davi um complexo de províncias constituído em reinos e estado imediatamente contíguo a Israel.

Como províncias, tais áreas não eram consideradas partes integrais da terra, mas, apesar disso, perdiam soberania nacional e ficavam sob o controle de Salomão, por meio de governadores ou outros subordinados. As províncias eram obrigadas a pagar tributos e taxas, e esperava-se delas que defendessem Israel contra hostilidades externas. Em troca, podiam esperar a proteção e os benefícios do governo central.

 

Estados Vassalos

 

A terceira esfera de influencia política, e a que melhor define o termo Império, tornando-o aplicável ao Israel de Salomão, foi o complexo de estados vassalos mais distantes e menos rígidos. Essas nações clientes, incluindo Zoba, Hamate, Arábia e a Filisteia, foram trazidas para debaixo do domínio de Israel por meio da diplomacia internacional ou mediante a força militar. Contudo, seja por um ou outro meio, tais estados vassalos possuía certo grau de autonomia, incluindo governantes nativos e política fiscal interna. Eram obrigadas a reconhecer a suserania do rei de Israel, providenciar os pagamentos das taxas de bens e serviços ao rei em datas definidas em um calendário e, acima de tudo, manter a lealdade ao governo central em quaisquer circunstancias, especialmente em tempos de guerra. Salomão, o grande Rei, responsabilizava-se por defender as áreas do seu império e fornecer apoio quando necessitassem.

Estados Aliados

 

A política imperial de Salomão também incluía uma rede de tratados de mutuo beneficio com potencias próximas e mesmo distantes de seu reino, com quem ele se ligaria em termos de amizade e cooperativismo. Esses tratados reconheciam a igualdade das partes contratantes e normalmente continham provisões para mútua defesa, comercio, trafego livre, extradição ou semelhante. Nenhum dos governantes estava subordinado ao outro, e as provisões acordadas beneficiaram ambas as partes. Tiro providenciou homens e materiais para os vultosos projetos de construção de Salomão, ao passo que Israel enviou a Hirão navios cheios de alimentos. Mais tarde Salomão cedeu vinte cidades da Galileia a Hirão. Embora Hirão não houvesse ficado satisfeito, pagou ainda assim 120 talentos de ouro por elas (1Reis 9.10-14, bíblia sagrada versão católica, “tendo-lhe Hirão, rei de Tiro, fornecido madeira de cedro e de cipreste, e também ouro, o quanto ele quis, Salomão deu a Hirão vinte cidades da Galiléia.”) Os fenícios sem duvida como uma expressão da validade de seu tratado, também supriram Israel com marinheiros para a marinha mercante israelita (1 Reis 9.26-28). Os Fenícios foram os grandes navegadores da Antigüidade e os criadores do alfabeto. Fenícia corresponde atualmente ao Líbano. Os fenícios, um povo de origem semita, estabeleceu-se em3000 a.C., numa área estreita, com aproximadamente40 kmde largura, entre as montanhas do Líbano e o Mar Mediterrâneo.

Dispunham de poucas terras férteis para o desenvolvimento das atividades agrícola ou pastoril, mas contavam com um extenso litoral. Devido a essas características geográficas, que facilitavam mais o contato com o exterior, os fenícios dedicaram-se às atividades marítimas, sendo considerados os maiores navegadores da Antigüidade. Grandes comerciantes comerciavam todos os tipos de mercadorias, inclusive escravos. Entre os séculos X e VIII a.C., Tiro tornou-se a cidade mais importante pelo sucesso de sua vida comercial e marítima e pelo acúmulo de grandes riquezas, como ouro, marfim, pedras preciosas, perfumes, tapetes, etc. Foi nesse período que a Fenícia viveu seu maior desenvolvimento.

A maior parte dos produtos exportados pelos fenícios era feita nas oficinas dos artesãos, que se dedicavam à:

  • Metalurgia (armas de bronze e ferro, jóias de ouro e prata, etc.);
  • Fabricação de vidros; fabricação de tecidos finos na cor púrpura (tintura obtida com uma substância avermelhada extraída do múrice; molusco do Mediterrâneo);

Os Fenícios foram os criadores do alfabeto de 22 consoantes. Este alfabeto foi à base para o alfabeto grego, ao qual foram acrescentadas cinco vogais.

 

 

 

Administração Interna

 

 Quase simultaneamente a ascensão ao trono de Israel, Salomão teve de tomar medidas energéticas para solidificar sua posição mediante varias decisões administrativa. Entre os seus oficiais superiores estão os secretários, o escrivão, o supervisor dos oficiais dos distritos, o conselheiro pessoal do rei, o chefe do pessoal que trabalhava no palácio, e o diretor dos trabalhos forçados.

Os oficiais dos distritos eram, na verdade, governadores cujas jurisdições podem ser mais ou menos classificados com o mesmo significado de áreas tribais. Cônscio da força da tradição, Salomão não combateu as distinções existentes entre uma tribo e outra, embora soubesse que as permanências desses isolamentos apenas serviriam como obstáculos para o crescimento de uma unidade, impedindo que Israel constituísse uma nação. A solução encontrada foi dividir a nação em doze distritos administrativos, preservando assim a identidade das tribos e, ao mesmo tempo, os doze meses do ano. Cada um dos distritos estava sob a supervisão de um governador (1 Reis 4.7-19, bíblia sagrada versão catolica “Salomão tinha doze intendentes estabelecidos sobre todo o Israel, que proviam às necessidades do rei e de sua casa, cada um durante um mês do ano”) que se reportava diretamente ao supervisor dos oficiais dos distritos. Cada distrito tinha a responsabilidade de prover os gêneros alimentícios para o governo central por um mês inteiro todos os anos.

“O reinado de Salomão se caracterizou pelo fausto e pela abundancia de palácios luxuosos. Ele inaugurou aquilo que os historiadores chamam de idade áurea da historia dos Hebreus” Pedro, 1942, pag. 58.

 

In:  KELLER, Werner. E a Bíblia Tinha Razão. São Paulo: Melhoramentos.

Mapa do extenso reino de Israel no período do Rei Salomão.

 

 

 

 

 

 O DESENVOLVIMENTO DE ISRAEL TORNANDO-SE POTENCIA.

           

A primeira relação internacional foi feita com Israel e tiro, onde Hirão foi contemporâneo de Davi por cerca de dez anos. Esteve envolvido nos programas de construção de Davi, de forma que Salomão, aproveitando-se da cortesia e bom relacionamento entre os dois monarcas, o convidou a cooperar na construção do templo e em outros projetos públicos que tinhaem mente. Hirãoenviou madeira a Jope, via mar, e de lá Salomão a transportaria para Jerusalém. Ele também enviaria artesões para ajudar nas dificuldades da construção. Salomão supriria os celeiros de Hirão com grãos e outros gêneros alimentícios em grandes quantidades. Quando todos os detalhes foram arranjados entre os dois monarcas, um contrato formal foi estabelecido (1 Reis 5.12, bíblia sagrada versão católica, “O Senhor tinha dado sabedoria a Salomão, conforme prometera. Houve paz entre Hirão e Salomão, e fizeram aliança entre si”).

Após veio, Israel e Egito, em pouco tempo entre a ascensão de Salomão e o inicio da construção do templo sem eu quarto ano, fez-se um tratado entre Salomão e o faraó do Egito, através do casamento de Salomão com a filha de faraó do Egito. Este era Siamum, da 21º Dinastia. Embora Siamum estivesse basicamente preocupado com os negócios internos, sabe-se que nutria algum interesse pela Palestina, ao qual no século X, estava organizada por cidades-estados sob a hegemonia egípcia durante uma boa parte do II milênio, quando perderam seu domínio para os Filisteus e logo após os filisteus perderam seu domínio para os Hebreus, onde a chamavam de Canaã, a terra prometida, situada entre a costa oriental do Mediterrâneo e as margens do Rio Jordão. A Palestina, sendo um estreito trecho de favorável passagem entre a África e Ásia, foi palco de um grande número de conquistas, pelos mais variados povos, por se constituir num corredor natural para os antigos exércitos. 

Salomão estava no setor da indústria e comercio, era capaz de compreender a significação econômica de sua posição estratégica, abarcando as maiores rotas de comercio norte-sul do Egito e da Arábia ate o norte da Síria.

 

 

 

 

 

 

O comercio do mar vermelho

 

Inspirado pela expansão Marítima dos fenícios e com sua ativa cooperação, Salomão procurou desenvolver atividades similares pelo mar vermelho, para o sul, onde obteve ajuda de armadores fenícios, ele construiu uma frota mercante em Asiongaber e, tripulando-a com marinheiros fenícios, onde trouxeram para Salomão os produtos ricos e exóticos do sul: ouro e prata, madeiras raras, jóias, marfim e para seu divertimento real, macacos, essas viagens duravam em torno de um ano.

“Os indígenas da costa americana oriental, a costa atlântica brasileira, eram formados por povos como os aimarás, aimorés, guaranis, tupis, entre outros. Freqüentemente estavam em guerras com outros povos e surgiam especulações sobre a possível invasão de um grupo mais forte, os incas. Para recorrer a um reforço contra estas possíveis invasões, criaram um laço de amizade com os fenícios que procurando defender os interesses dos povos existentes na costa atlântica, traziam ainda objetos que eram de interesse destes habitantes, principalmente tecidos e espelhos. Os povos americanos eram muito atraídos pelos espelhos e traziam metais que eram cobiçados pelos fenícios como ouro, prata e pedras preciosas. A presença fenícia está registrada na pedra da Gávea no Rio de Janeiro, onde avistamos não apenas o perfil fenício esculpido na pedra, como também temos as inscrições ali registradas. Sabendo-se que os fenícios escreviam da direita para a esquerda, a tradução oferece a seguinte menção: LAABHTEJ BAR RIZDAB NAISINEOF RUZT que traduzido para a leitura ocidental fica: TZUR FOENISIAN BADZIR RAB JETHBAAL e que significa: Tyro Phoenicia, Badezir primogênito de JethbaalEm 856 a.C. Badezir assumiu o trono de seu pai em Tyro. No Estadodo Rio Grande do Norte, existe um canal construído pelos fenícios com 11 km, onde ancoravam seus barcos entre 887 e 856 a.C. O professor austríaco Ludwig Schwennhagen encontrou inscrições fenícias no Amazonas que atribuiu aos fenícios deste período. Também nos rios Camocim (Ceará), Parnaíba (Piauí) e Mearim (Maranhão), existem pedras com gravuras fenícias, assim como gravuras são encontradas no Estado de Goiás, Minas Gerais, serra da Bahia e Mato Grosso”

Fonte:http://pt.shvoong.com/humanities/history/1641922-fen%C3%ADcios-brasil/#ixzz1QiIIDpv8

 

Comercio das caravanas com a Arábia.

 

Salomão também estava interessado no comercio terrestre com o sul, tanto que a visita da rainha de Sabá (1 Reis 10.1-10.13, bíblia sagrada versão catolica “A rainha de Sabá, tendo ouvido falar de Salomão e da glória do Senhor, veio prová-lo com enigmas”), uma acontecimento que de nenhum modo pode ser considerado como lendário. Sua estratégica posição, transversal as rotas das caravanas do nordeste de Hadramaut, em direção as palestina e a Mesopotâmia, permitiu que dominasse o comercio de especiarias e incenso, pelo qual o sudoeste da Arábia era famoso. Explorando o grande uso de transportes de camelo, estavam começando uma expansão comercial, que em séculos subseqüentes, resultariam numas hegemonias comerciais que ia muito alem da Arábia. Por isso a visita da rainha de Sabá, pois Salomão não controlava apenas os terminais do norte das rotas comerciais; suas aventuras marítimas tinham levado a uma competição direta com o incipiente comercio das caravanas, estimulando a rainha de Sabá a agir em seu interesse, ela trouxe amostras de suas mercadorias

como ouro, jóias e especiarias, onde conseguiu um acordo, onde as taxas e impostos do comercio da Arábia jorraram no tesouro de Salomão (1 Reis 10.2, bíblia sagrada versão católica, “Chegou a Jerusalém com uma numerosa comitiva, com camelos carregados de aromas, e uma grande quantidade de ouro e pedras preciosas”)

 

A indústria do Cobre

 

Grandes partes dos carregamentos dos navios de Salomão consistiam em cobre a sua disposição para a exportação. Isso pode ser deduzido pelo fato desses navios de serem chamados de navios tarshish (1 Reis 10.22, bíblia sagrada versão católica “O rei tinha no mar navios de Társis, que acompanhavam a frota de Hirão. De três em três anos, a frota de Társis trazia ouro, prata, marfim, macacos e pavões”), que eram grandes veleiros de alto mar, como os construídos pelos fenícios para o transportes de cobre em lingotes das minas e refinarias de Chipre e Sardenha. A fonte de cobre de Salomão até hoje é um mistério (desconhecida).

O comercio de cavalos e carros

 

Suas transações se faz conhecido por meio de 1 Rs 10.28 “Vinham do Egito os cavalos de Salomão; uma caravana de mercadores do rei ia comprá-los ali por um preço estabelecido”(biblia sagrada versão catolica), um carro de guerra era comercializado  e entregue do Egito por seiscentos siclos de prata, e um cavalo de Cicília por cento e cinqüenta. E assim, as suas mercadorias (Carros e Cavalos) eram entregues por meio de sua agencia (isto é, dos mercadores de Salomão) a todos os reis dos hititas e de Aram. Salomão se entranhou nisso durante a formação de seu exercito. Grandes quantidades de carros e cavalos eram necessários. Como Israel não possuía recursos para fabricar carros, nem criavam cavalos, importavam ambos. Desde inicio do império, o Egito tinha produzido os melhores carros de guerra, e Cicília era famosa, desde tempos remotos, como a terra dos melhores cavalos.  Percebendo que controlava todas as rotas de comercio entre Egito e a Síria, tornou-se o intermediário de um grande e lucrativo comercio cujas condições eram: cavalos cilícios e carros de guerra egípcios só poderiam ser obtidos por meio do comercio de Salomão. Este era um monopólio real, onde podemos ter certeza de que trouxe a Salomão um lucro considerável.

Sem duvidas Salomão trouxe muita prosperidade ao povo de Israel e enriqueceu o País. Ele mesmo, enriquecido pelo lucro de seu monopólio comercial e industrial e pelos bens da coroa, tornou-se extremamente rico. O nível de vida do país como um todo também se elevou consideravelmente. Os seus projetos, apesar de monopólios estatais, geraram muitos empregos a milhares e estimulado a outros de empresas privadas, elevando assim a capacidade aquisitiva da nação inteira, trazendo uma prosperidade geral. Jerusalém cresceu além de suas antigas muralhas, e muitas outras foram construídas.

O fortalecimento da segurança publica é ilustrado pelo abandono da pratica de armazenar cereais em cavidades dentro das muralhas da cidade.  Mas o mais notável dos projetos de Salomão estava situada na própria Jerusalém. Além de instalações militares e outras obras.

A gloria de Salomão não se constituía só de coisas materiais, porque se fez acompanhar por um extraordinário florescimento cultural. Havia também atividade genuinamente literária, em Israel e em outros lugares, provavelmente centrada no templo. Homens naturalmente são impelidos a relatar os acontecimentos do passado. Os israelitas certamente porque sua fé se radicava em eventos históricos, tinham um sentimento peculiar a historia. Começaram, portanto a produzir, e na mais clara das prosas, uma literatura de caráter histórico, sem par no mundo antigo. Contudo, aproximadamente no reinado de Salomão que o Javista, selecionando material dessas tradições e adicionando outros, moldou sua grandes historia teológica do relacionamento de Iahweh com seu povo, suas grandes promessas e seus grandes feitos. Esse documento, que forma a base narrativa do Hexateuco, é uma das obras-primas da bíblia.

A musica e a Salmodia também floresceu, principalmente quando Salomão investiu largamente os recursos do Estado no novo templo, enriquecendo seu culto de varias maneiras (1 Reis 10.12, bíblia sagrada versão católica,“Com este sândalo fez o rei balaustradas para o templo do Senhor, assim como harpas e flautas para os músicos do palácio real”). A música israelita, sob influência fenícia, provavelmente alcançou logo níveis de excelências, iguais aos nossos dias. A sabedoria também se desenvolveu. A bíblia descreve Salomão como um homem sábio (1 Reis 3,4-28; 10,7, bíblia sagrada versão católica,“Eu não quis acreditar no que me diziam, antes de vir aqui e ver com os meus próprios olhos. Mas eis que não contavam nem a metade: tua sabedoria e tua opulência são muito maiores do que a fama que havia chegado até mim”) que também gozava de fama internacional como autor de provérbios., e é razoável afirmar que a tradição de sabedoria de Israel, da qual o Livro dos Provérbios é a essência, começou a florescer nesta época. Pouca razão para duvidar de que a sabedoria tenha florescido em Israel no século décimo, provavelmente por meio de mediação canaanita, e cultivada na corte de Salomão.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

AS OBRAS PÚBLICAS SALOMONICAS.

 

O templo

 

Davi antes de falecer entregou a Salomão o desenho (planta) do templo, juntamente com os pesos e medida de cada objeto que iria ser utilizado, também deixou especificadas instruções sobre o trabalho dos sacerdotes e dos levitas (encarregados do louvor), tudo isso foi feito seguindo a risca todas as instruções que Deus havia deixado. O rei Davi também deu conselhos para que Salomão fosse forte e guardasse os mandamentos de Deus. O templo seria o local que guardaria a arca da aliança e os objetos sagrados. Também era importante no âmbito político, pois simbolizava a unidade nacional,  o povo hebreu precisava estar unido e a melhor forma de uni-lo era através da religião. O templo congregaria pessoas de várias partes e simbolizaria a presença do Deus de Israel no meio do seu povo. O povo de Israel ficaria ao redor do templo adorando, bendizendo, fazendo petições e holocaustos a Deus.

O templo seria edificado em Jerusalém no monte Moriá. A construção  foi iniciada no segundo dia do segundo mês do quarto ano do reinado de Salomão (II Crônicas 4:2). Salomão obtinha um firme controle do reino, e voltou-se para extenso programa de construção do templo. Hirão passou a fornecer madeiras para a construção, conforme havia prometido e Salomão enviou-lhe gêneros alimentícios acordados e outros bens como forma de pagamento. Foi também convocados trinta mil cortadores de lenha para que mensalmente, em turnos de dez mil homens, fossem auxiliar os trabalhadores de Hirão no Líbano. Setenta mil carregadores foram destacados para o serviço, mais oito mil cortadores de pedras, todos supervisionados por três mil e trezentos homens que respondiam diretamente a Adonirão, o oficial encarregado dos trabalhadores forçados.

Segundo a Bíblia,  O rei Salomão escolheu trinta mil operários em todo o Israel”).

(1 Reis 5.13-18, bíblia sagrada versão católica).

O estilo da construção do templo se assemelha ao tabernáculo construído por Moises e aos antigos templos do oriente médioem geral. Otemplo era sem duvida esplendoroso, um monumento impositivo da majestade e gloria de Deus. Sua construção durou sete anos e certamente uma construção sem igual no mundo antigo do oriente médio.

O templo ficava localizado na eira de Orna (Araúna), o jebuseu, situada nos limites entre o território de Judá e benjamim, formando uma ligação entre as tribos do norte ao sul, quase no centro de Israel. Basicamente o templo medida 60 côvados de comprimento e vinte côvados de altura. ( 1 Reis 6.3, bíblia sagrada versão católica,

Segundo a Bíblia Sagrada,  O pórtico, à entrada do templo, tinha vinte côvados de comprimento, o que igualava a largura do templo, e dez côvados de largura na frente do edifício”), era dividido em dois locais, respectivamente chamados “

 1 Reis 6.3.

 O lugar santo” (1Reis 6.3 – ARA) e o “Oráculo” ou “Lugar Santíssimo” (1 Reis 6.5 – ARC)

Segundo a Bíblia,  “Construiu, encostados às paredes do edifício, andares que rodeavam o templo e o santuário. Cercou assim o edifício de quartos laterais”.

Ambos os lugares eram divididos por folhas duplas articuláveis feita de madeira cipreste e ornamentadas com desenhos de querubins, palmeiras e flores abertas entalhadas, e estavam presas em dobradiças de ouro (1 Reis 6.31,32, bíblia sagrada versão católica, “Pôs à porta do santuário vigas de pau de oliveira; o seu enquadramento com as ombreiras ocupava a quinta parte da parede. Nos dois batentes de pau de oliveira mandou esculpir querubins, palmas e flores desabrochadas, e cobriu-as de ouro; cobriu de ouro tanto os querubins como as palmas”), nas portas havia um véu associado a elas. A entrada do Lugar Santo também possuía portas flexíveis feitas de madeira de cipreste e vergas (vigas) de madeira de oliveira e ornamentadas de maneira semelhante as portas do lugar santíssimo (1 Reis 6.33-35). O lugar Santíssimo era de formato cúbico, com 20 côvados em cada lado, e os dez côvados acima dele, na altura, na altura do restante do templo era usado como um lugar do tesouro, formando o cenáculo (câmaras ou andares superiores), no Lugar Santo tinha 40 côvados de cumprimento, 20 côvados de largura e 30 côvados de altura (1Reis 6.17, bíblia sagrada versão católica, “Os quarenta côvados restantes constituíam a parte anterior do templo”). As paredes do interior do templo eram formadas com pedras revestidas de madeira de cedro; e o assoalho, com madeira de cipreste (1 Reis 6.15-16, bíblia sagrada versão católica “Forrou o interior das paredes do edifício com placas de cedro, desde o pavimento até o teto; revestiu assim de madeira todo o interior e cobriu o pavimento com tábuas de cipreste”), as paredes laterais eram cobertas com entalhes de querubins, palmeiras e flores abertas (1 Reis 6.29, bíblia sagrada versão católica, “Mandou esculpir em relevo em todas as paredes da casa, ao redor, no santuário como no templo, querubins, palmas e flores abertas”). No alto das paredes havia janelas com grades estreitas provavelmente para ventilação, iluminação e a fim de permitir a saída da fumaça do incenso e das lâmpadas (1 Reis 6.4).

Tudo no templo era recoberto com finas placas de ouro, o piso, o teto e as paredes eram todos revestidos com ouro (1 Reis 6.20-22). Diante do templo e unido ao mesmo, havia um pórtico com 20 côvados de largura, 10 côvados de profundidade e 30 côvados de altura como a altura do próprio templo, em frente do pórtico havia também duas grandes colunas de bronze, chamadas “Jaquim e Boaz”, ricamente ornamentadas, que permaneciam ali como monumentos, e não para apoio (1 Reis 7.21, bíblia sagrada versão católica, “Hirão levantou as colunas no pórtico do templo; a coluna direita, que chamou Jaquin, e a esquerda, que chamou Boaz”). Junto às paredes laterais e de fundo, no templo, foi construída uma estrutura de três andares contendo salas para sacerdotes. Essas eram usadas como câmaras sacerdotais, locais do templo usado para armazenagem dos moveis e utensílios para o serviço do templo.

Essa construção de três andares não fazia parte do templo, mais ficava apoiada em suas paredes e cada andar tinha 5 côvados, 6 côvados e 7 côvados respectivamente, e os seus acessos (câmaras) eram através de uma entrada e de uma escada espiral (1 Reis 6.8).

Ao redor do Santuário havia dois grandes pátios, chamados “Pátio Interno” e “Grande Pátio”. O Pátio Interno era formado por uma parede composta de três camadas de paredes lavradas e uma camada de vigas de cedro aparentemente apoiadas no topo das pedras para a proteção e embelezamento (1 Reis 6.36, bíblia sagrada versão católica, “Construiu, ao redor do átrio interior, um muro de três ordens de pedras talhadas e uma fileira de traves de cedro”).

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Detalhes do templo

In:Jerusalem3000: Three Millenia of History. [online] Disponível na Internet via, http://www.usm.maine.edu/~maps/exhibit1/05blarge.jpg  . Arquivo capturado em 16 de Julho de 1998.

Templo de Salomão

Ilustração para revista - templo de Salomão - publicado no especial UMA BREVE HISTÓRIA DAS CIVILIZAÇÕES da revista Super Interessante de 04/2009.
© copyright - editora Abril

 

O palácio Real

Após a construção do templo, Salomão passou a construir o seu próprio palácio, uma borá que levou treze aos para ser concluída. Os dois projetos foram realizados em seqüência, e não simultaneamente, pois embora 1 Reis 3.1 registre que Salomão construiu seu palácio e o templo do senhor, o historiador  indica que foi preciso sete anos para um total de vinte anos (1 Reis 9.10, bíblia sagrada versão católica, “Quando, passados vinte anos, Salomão acabou de construir os dois edifícios, o templo do Senhor e o palácio real”). O templo foi terminado em cerca de959 a.C, e o palácio depois de 946.

A residência real era mais larga do que o templo, consistindo aparentemente de um edifico central maior, o palácio da floresta do Líbano, com alas ou estruturas geminadas, tais como a sala da justiça e as dependências privadas de Salomão.

A casa de moradia de Salomão ficava atrás da sala do trono, onde julgava. Para a filha de faraó fez uma casa igual a sua, coberta de cedro, desde o piso ate o teto. Todas as construções eram de pedra de valor, pedras lavradas e cortadas por medida, serradas do lado de dentro e do lado de fora. Os fundamentos eram grandes pedras de dez côvados cada uma, e por cima desta era assentada a pedra das faces das paredes, serrada. Pedro, 1942, pag. 48.

A casa da floresta do Líbano pensa-se que seria um grande salão, uma espécie de tribunal ou cenáculo, onde havia reuniões publicas. Neste Salão se encontrava a Sala do trono, onde ali recebia pessoas para o juízo, não havia um sistema judicial, assim os casos mais complicados eram levados ao rei para julgamento. Havia levitas e sacerdotes espalhados por todo o Israel, em servia de juizados, mais ainda sim existiam casos difíceis ao qual somente o julgador principal, que era o papel do rei, poderia julgar.

EVIDÊNCIA ARQUEOLÓGICA DO TEMPLO DE SALOMÃO

 

“No final do ano passado a descoberta de uma urna funerária com inscrição em aramaico mencionando o nome de "Tiago, filho de José, irmão de Jesus" chamou a atenção da mídia. Agora, outra descoberta está sendo apontada como a confirmação de um relato bíblico. É um bloco de pedra originário do Mar Morto, do tamanho de um caderno escolar, com inscrições em fenício, onde se lê que o rei israelita Joás instruiu os sacerdotes a recolher dinheiro para pagar as reformas do primeiro Templo de Jerusalém, construído por Salomão. O texto da pedra é similar a descrições do mesmo fato em II Reis. Osexames feitos no artefato indicaram a presença de salpicos de ouro fundido na superfície da pedra, que poderiam ter sido causados por um incêndio, como o que destruiu o Templo de Salomão, em 586 a.C.
Evidências arqueológicas desse famoso templo nunca tinham sido encontradas.”

http://missaojovem.net.br/ler_arqueologia.php?id=8

 

 

Fragmento de jarros encontrados nas escavações do muro de Salomão.

Além dos cacos de cerâmica, estatuetas de culto também foram encontradas na área, assim como as impressões de selos na jarra lida com a palavra "ao rei", que atestem a sua utilização dentro da monarquia. Também foram encontrados impressões de selos com os nomes hebraicos, também indicando a natureza real da estrutura.

A maioria dos pequenos fragmentos descobertos vieram de peneiração húmida intrincada feito com a ajuda do Projeto de Restauração Monte do Templo, dirigido pelo Dr. Gabriel Barkai e Zweig Zachi, sob o patrocínio da Autoridade Israelense de Parques e da Natureza e da Fundação Ir David.

Entre a grande torre na entrada da cidade e do edifício real os arqueólogos descobriram uma seção da torre de canto que é de 8 metrosde comprimento e 6 metrosde altura. A torre foi construída em pedra talhada de invulgar beleza. A leste do edifício real, uma outra seção da muralha da cidade que se estende por cerca de 35 metrostambém foi revelado. Esta seção é de 5 metrosde altura, e é parte do muro que continua a nordeste e uma vez delimitada a área de Ofel.

Fonte: http://news.yahoo.com/s/ap/ml_israel_ancient_wall

 

 

Outros Projetos

 

Salomão também fortificou e alargou a cidade de Jerusalém com uma muralha em forma de circunferência, que envolveu toda a cidade antiga, abrangendo também o templo e os edifícios públicos situados ao norte de ofel, Sua área media cerca de99 quilômetrosde norte para o sul, e vinte quilômetros do leste para o oeste. Para os padrões daquela parte do mundo, esta era uma cidade bastante significativa. Como parte do sistema de defesa da cidade e nivelamento, Salomão construiu proteções em Nilo, suas estrutura em forma de terraço que foram construídas nas encostas dos despenhadeiros de certas partes da cidade, facilitando construções de melhores muralhas para defesa e edifícios de vários tipos. Por fora da cidade, Salomão autorizou a reconstrução e fortificação de outras cidades, particularmente Hazor, Megido e Gezer, esses locais serviam como cidades de armazenamento de suprimentos necessários e quartéis militares, pelos quais o rei exercia efetivo controle do território. Postos avançados no exterior da cidade também receberam atenção especial, fortificou um importante Oasis no deserto, chamado Tadmor ( ou Palmyra), cerca de225 quilômetrosa noroeste de Damasco (2 Cr 8.2-6, bíblia sagrada versão católica, “Construiu Tadmor no deserto e todas as localidades que serviam de entreposto na terra de Emat”). Assim Salomão criou uma cadeia de posições defensivas que protegiam não apenas a cidade de Jerusalém e Israel, mas também as principais rotas de seu império.

 

Mais Uma Descoberta Arqueológica Que Comprova o Texto Bíblico

“JERUSALÉM – Uma arqueóloga israelense disse na segunda-feira que as fortificações antigas recentemente escavadas em Jerusalém datam do tempo do Rei Salomão, ou seja, de 3.000 atrás, e apoiam a narrativa bíblica sobre a época. Se a idade do muro for correta, o achado seria uma indicação de que Jerusalém foi a sede de um governo central forte que tinha os recursos e mão-de-obra necessários para construir fortificações maciças antes do 10º. século antes de Cristo.

Este é um ponto-chave da discussão entre eruditos, porque isso se harmonizaria com o relato da Bíblia de que os reis hebreus Davi e Salomão governaram de Jerusalém em torno desse tempo.”

Fonte: http://news.yahoo.com/s/ap/ml_israel_ancient_wall

Salomão também engaja na construção de navios, através dos fenícios, como anteriormente já citado, os fenícios como já anteriormente dito, eram peritos na arte de construções de navios, eram grandes navegadores. “Em crônicas somos informados que salomjão doi a Eziom-Geber e a Elote (Elate), na terra de Edom no extremo sul da palestina, no mar vermelho, ver os navios. Entre as parcerias de Salomão com hirão estava a navegação nos mares.

Os hebreus não eram marinheiros, mais os fenícios eram práticos nessa arte. Eram conhecedores do mar.” Os seus navios iam por toda parte do mar, ate os lugares mais distantes e desconhecidos como Ofir, alguns acreditam de uma grande possibilidade da Amazônia, onde se acredita que eles estiveram aqui, no Brasil, onde vieram as especiarias, a pimenta do reino, o ouro, os búzios. “Os arqueólogos e historiadores ainda não terminaram o trabalho iniciado para se verificar se os fenícios estiveram ou não no Brasil.” Alguns acreditam que sim, tantas são as possibilidades, uma delas está o rio Solimões, na Amazônia, bem que pode representar homenagem a Salomão, existe certa tribo de índios diferentes dos de pele vermelha, um tipo de índios claros chamados cablocos ou tapuias de um tipo aloirado, de qual a origem é desconhecida. Os fenícios conheciam o atlântico norte. Diz que no interior de Alagoas foram encontrados vestígios de um idioma desconhecidos, possivelmente dos fenícios, na pedra da gávea, Rio de Janeiro, há caracteres, sinais de uma escrita desconhecida onde alguns peritos acreditam ser língua fenícia, onde a bíblia afirma que na terra de Ofir, traziam vários tipos de madeiras e muitas desconhecias (1 Reis 10:11, bíblia sagrada versão católica, “A frota de Hirão, que trazia o ouro de Ofir, trouxe também grande quantidade de madeira de sândalo e pedras preciosas”), chamada de sândalo, possivelmente pode se dizer que era a nossa madeira preciosa pau-brasil, alem disso traziam muitas coisas como pavões e coisas semelhantes a nossa flora e fauna.

 

 

 

 

 

RECURSOS FINANCEIROS PARA O CUSTO DOS PROJETOS SALOMONICOS

           

O projeto da construção do templo se deu através de Davi, quando analisando a necessidade da construção de um templo para Iahweh , o Deus dos deuses, pois cada povo tinha o seu deus e o seu templo para adoração dos seus deuses, como poderia o Grande eu sou não ter seu templo e com a construção do mesmo, unir o grupo do norte e do sul, e assim forma uma nação, nação de Israel. “Era tempo de dar curso a esta necessidade social, desde então Davi começou a ajuntar ouro, prata, bronze e tudo que pudesse vir em sua mão.” Quando soube que a construção viria pelas suas mãos, se desanimou, mais logo que soube que seu filho que iria dar continuidade a construção do templo, alegrou-se e continuou ajuntando e deu continuidade aos preparativos, doando após tudo que tinha conseguido.

A construção do templo além dos recursos financeiros se deu também pela mão de obra de 183.300 operários, incluindo os administradores durante oito anos. Para a obra o rei fez um recenseamento dos estrangeiros e contou 153.000. Destes  designou 70.000 para levar as cargas, 80.000 para cortar pedras nas montanhas e 3.600 para dirigir os serviços.  Foram necessários também 30.000 trabalhadoresde Israel que se subdividiram em grupos de 10.000 homens, estas levas iam para o Líbano buscar cedros e eram dirigidas por Adonirão, ficavam um mês no Líbano e voltavam para descansar dois meses. Quem fez o trabalho pesado na construção do templo foram os estrangeiros, pois era proibido dar aos pagãos a liberdade de dominar e proibido fazer dos israelitas escravos.

Os materiais usados para a construção do templo e tarbernaculo, a maioria foram obtidos através de ofertas voluntarias do povo, não através dos dízimos que eram separados para o ministério sacerdotal. Houve basicamente três principais materiais utilizados para a construção do templo: metais, pedras e madeiras.

 

 

 

 

 

 

 

 

Cedro do Líbano

Cedrus libani, conhecido pelas designações vernáculas de cedro-do-líbano é uma árvore conífera, majestosa, nativa das montanhas da região mediterrânica, no Líbano, Síria Ocidental e Turquia centro-meridional. No Líbano e na Turquia é abundante principalmente a altitudes entre os mil e dois mil metros, quanto ao clima o Cedro do Líbano é pouco tolerante à sombra, por isso prefere as posições onde existe sol total. Tem facilidade o seu crescimento e disseminação em terras ácidas e em solos finos sob pedra calcária. A importância do cedro-do-líbano em diversas civilizações clássicas compreende-se pela diversidade de usos possíveis. A sua madeira, homogénea e aromática, foi bastamente utilizada na antiguidade, pelos Fenícios, para construir as suas embarcações militares e comerciais, bem como para a construção de templos e habitação. Os Egípcios utilizavam a sua resina na prática da mumificação - encontram-se, de facto, vestígios da sua serradura nos túmulos dos Faraós. A árvore é, aliás, mencionada 75 vezes na Bíblia. Foi ainda utilizada frequentemente pelos Romanos, Gregos, Assírios e Babilónios. É o símbolo nacional do Líbano, onde é ostentado na bandeira nacional. Como resultado da sua exploração constante ao longo da história, poucas árvores antigas restam no Líbano, o que justificou a implementação de um programa ambiental para a conservação e regeneração das suas florestas. O plantio extensivo tem também sido levado a cabo na Turquia, onde cerca de30 000 ha de cedros são plantados anualmente. É uma árvore ornamental bastante comum por todo o mundo, em parques, jardins e avenidas.

Referencia - FRANCO, J.; Cedro, in "Enciclopédia Verbo Luso-Brasileira da Cultura, Edição Século XXI", Volume VI, Editorial Verbo, Braga, Setembro de 1998.

Aqui descrevo algumas das ofertas recebidas para a construção do templo, desde a época de Davi:

  1. Dádivas de Davi

3.000 talentos de ouro de Ofir (105 toneladas)

7.000 talentos de prata refinada (245 toneladas)

2. As ofertas dos lideres e do povo

5.000 talentos de ouro e 10.000 dáricos de ouro (175 toneladas de ouro e 10.000 moedas de ouro),

10.000 talentos de prata (350 toneladas),

18.000 talentos de bronze (630 toneladas),

100.000 talentos de ferro (3.500 toneladas) paras as ferramentas e pregos 1 Reis 6.7;1 e

Pedras preciosas

3. Dádivas de Salomão, em troca de madeiras – 1 Reis 5;2

20.000 coros (tonéis) de trigo batido,

20.000 coros (tonéis) de cevada,

20.000 coros ou batos de vinho,

20.000 batos de azeite.

Outro recurso utilizado foi à colaboração de Hirão, rei de Tiro, onde fornecia madeira, ouro e operários, todavia sua ajuda tinha interesses financeiros. Hirão, um artesão encarregado de obras de bronze, fez duas colunas de bronze, enfeitadas com romãs, que não tinham a função de sustentar e sim a de ornamentar. Seus nomes eram Jaquim (ele estabelecerá) e Boaz (ele vem em poder). Fez o Mar de Fundição ou Mar de Bronze, um tanque grande que era o principal depósito de água destinada aos ritos de purificação para a santificação. Era usado pelos sacerdotes. O vaso de Amatunte, no Museu do Louvre da uma idéia provavelmente precisa do que foi o Mar de Bronze do Templo de Jerusalém.  Fez além destas obras, 10 pias (para a lavagem dos holocaustos), pás (para pegar as cinzas dos altares), caldeirões e bacias. Salomão terminou as obras do templo e então trouxe os tesouros que Davi havia dedicado ao templo. Salomão empenhou vinte cidades da galileia além dos tributos anuais, como garantia, mais quando Hirão viu as cidades, não se agradou e rejeitou e “chamou-lhes Cabul ou inútil, segundo a interpretação de Josefo.”

Salomão trouxe muitas riquezas para Israel, e muitos tipos de recursos financeiros, o estado cresciaem poder. Paraas construções de seus projetos Salomão precisou utilizar muito dos seus recursos financeiros, como taxas e impostos pagos pelas províncias e estados vassalos.

A cobrança de impostos aos povos conquistados, mas não desposados de suas terras e cidades, eram altíssimos, e os que não conseguiam pagar seus impostos foram reduzidos a servidão.

O estado defrontava-se com um dilema financeiro, apesar da genialidade de Salomão, os recursos de que dispunha eram muitos poucos para dar uma base solida para os seus projetos, luxo e riqueza do palácio real. Para isso Salomão sobrecarregou seus impostos. Para que a arrecadação fosse eficiente, ele reorganizou os seus domínios, dividindo em doze distritos administrativos, cada qual com um governador responsável (1 Reis 4,7-19). Alguns desses distritos coincidissem com as áreas tribais, devido a isso, as fronteiras dessas áreas não eram respeitadas e a antigas cidades-estados canaanitas foi incluída na divisão. A finalidade dessa medida foi, principalmente, obter maiores fontes de receita. Cada distrito era obrigado a fornecer á corte provisões de um mês do ano. “Em media conforme, o historiador, entrava todo ano em Israel cerca de 666 talentos de ouro, alem da quantia recebida dos tributos  e do comercio.”  Outro tipo de medida fiscal para adquirir recursos administrativos foi a necessidade de providenciar mão de obra para seus numerosos projetos, escravidão estatal e trabalho forçado para o estado eram praticas comuns no mundo antigo. Quando Davi sujeitou os povos conquistados ao trabalho forçado, Israel levou isso como fato consumado, e Salomão deram continuidade, mais ele foi mais longe, trazendo a corvéia em Israel, equipes de trabalhos foram recrutados e forçados a trabalhar por turnos em derrubadas de madeira do Líbano, isso representou uma exploração do trabalho humano, mais não há nenhuma evidencia de que Salomão tenha subjugado o seu povo a um estado de escravidão. Outra medida tomada por Salomão, trata-se da cessão de algumas cidades ao longo da fronteira, perto da baia de Acre ( 1 Reis 9,10-14), ao Rei de Tiro. Essa medida de Salomão pode-se dizer que foi para pagar a Hiram o fornecimento de material de construção (divida), mais a verdade é que, simplesmente eram vendidas, ou apresentadas como garantia de um empréstimo em dinheiro e sem resgates no futuro. A confederação tribal, com suas instituições sagradas e sua liderança carismática, deu lugar ao estado dinástico.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 A INSATISFAÇÃO DO POVO E O DECLINIO DO GOVERNO SALOMONICO E O DESENVOLVIMENTO DO PAGANISMO.

A monarquia era uma instituição problemática, em que alguns acreditavam ser uma dádiva e outros achavam intoleráveis. Israel tinha sido submetido a monarquia, e por mais que alguns que rejeitando a nova como uma rebelião contra Deus não havia nenhuma possibilidade de retorno as condições pré-monarquicas. Alguns aceitaram o estado davídico como uma instituição divinamente ordenada e estavam prontos a considerar a realeza sob um aspecto completamente pagão. Muitos se rebelaram contra a tirania de Salomão, que eles consideravam como a personificação de tudo o que um rei não deveria ser, e longe de considerar o Estado como uma instituição divina considerava-o intolerável.

Umas das causas que levou Salomão ao declínio em seu reino, não foram às riquezas e nem as letras, mais as muitas alianças feitas pelos povos ao redor, e a maioria dessas alianças feitas por Salomão foi devido a sua grande fama. Segundo a época as alianças se davam por conta de um casamento com princesas, num total de 700 casamentos (alianças), conseqüentemente cada uma dessas princesas possuía suas culturas e religiões, ao qual era diferente a de Salomão, e todas possuíam o direito diplomático, digamos assim, de manter seus cultos e Salomão não podia proibir. A princípio, o assunto seria coisa de interesse interno do harém, mas, com o tempo, cada um foi exigindo cada vez mais, um santuário num monte e outro santuário em outro monte, de modo que Jerusalém foi emprestada de santuários. Jerusalém se tornou santuários de outros deuses, onde deveria ser prestigiado culto somente a Iahweh (Deus dos Hebreus). Salomão já se encontrava com idade avançada (idoso), onde provavelmente possa ter perdido um pouco de sua lucidez e se deixara enrolar com coisas que antes rejeitara, agora deixará. Cada uma de suas esposas pedia um santuário diferente ao seu deus, e conforme a regras do jogo internacional, ele dava esses santuários, mas custeados por si próprio, e conseqüentemente queimava incensos nesses santuários, contradizendo sua cultura e religião. Aqui começa a insatisfação do povo hebreu e começo de seu declínio, pois a bíblia a firma que Salomão seguiu a Astarote, deusa dos fenícios, em latim chamada Venus, a deusa da beleza e da fertilidade, fecundidade, outra divindade que Salomão prestou homenagem foi Milcon, uma abominação dos amonitas, uma divindade sanguinolenta, na bíblia chamado de Moloque, seu culto era prestado de forma de sacrifícios humanos, em tempos de calamidades, as mães lançavam seus filhos sobre os braços da estatua de Moloque aquecida, seus filhos eram sacrificados vivos por suas próprias mães, um culto horrível prestigiado por Salomão. Assim Salomão fez para com todas as suas mulheres (1 Reis 11:8, bíblia sagrada versão católica, E o mesmo fez para todas as suas mulheres estrangeiras, que queimavam incenso e sacrificavam aos seus deuses). Temos então uma chusma de templos, em Jerusalém, cada qual com o seu sacerdócio, pois certamente estes cultos exigiam serventuários, que o estado estipendiária. Lá iam elas e ele queimar incensos a estas divindades.” Até as suas concubinas tinham direito ao ter seus templos. Assim o povo foi corrompido, já que o povo de Israel já tinha um declínio para adoração a outros deuses, e de se virar contra Deus, sempre se viam adorando outros deuses, principalmente os deus dos cananeus, agora o exemplo vinha do alto poder aquisitivo, do rei, onde deveria prestigiar somente o único Deus verdadeiro, o Grande eu Sou. Em 1 Reis 11:4, diz “Sendo já velho Salomão (imbecil), suas mulheres lhe perverteram o coração para seguir outros deuses.” Salomão terminou por prestar cultos a outros deuses. Tudo isso de seu devido ao um luxo, um orgulho, pois naquela época o homem que mais mulheres possuíssem tornava-se o mais famoso. E todo luxo que suas mulheres e concubinas viviam eram sustentadas pelo povo.

 

(Astarte)



Astarte (grego Αστάρτη) (hebraico עשתרת) - personagem do panteão fenício e na tradição biblico-hebraica conhecida como deusa dos Sidónios (I Reis 11:2) . Era a mais importante deusa dos fenícios. Filha de Baal e irmã de Camos. Deusa da lua, da fertilidade, da sexualidade e da guerra, adorada principalmente em Sidom, Tiro e Biblos. Também conhecida como: Asterate / Asterath / Astorate / Asterote / Astarte / Asera / Baalat.

Ritualismo Os seus rituais eram múltiplos, passando por ofertas corporais de teor sexual, libações, e também a adoração das suas imagens ou ídolos. O seu principal culto ocorria no equinócio da primavera e era altura de grandes celebrações à fertilidade e sexualidade. O sexualismo e erotismo ligados ao seu culto faziam dela uma deusa muito adorada entre os povos da altura, exatamente pelo seu teor. Talvez seja este o motivo que levou o rei Salomão a adorar esta deusa (1 Reis 11:5), contrariando o seu Deus.

http://templodeastarte.blogspot.com

Figura do deus moloque (deus dos amonitas).

“Moloque era o deus dos amonitas, seu nome no hebraico significa rei, também era conhecido por Malca e Milcon. Os Amonitas descenderam de Ló , através de seu filho Bam-Ami (Gn 19:38), os Amonitas se dedicaram de tal maneira a seu deus, que seus sacerdotes eram mais nobres que seus príncipes (Jr 49:3). A adoração a Moloque era feita através de sacrifícios humanos, na sua maioria crianças, seus adoradores deveriam dar sua semente, para serem queimadas no fogo. Moloque era um deus de aparência horrenda, era meio homem e meio boi, todo esculpido de bronze, possuía na altura do seu ventre uma fornalha onde eram lançadas vivas as crianças ofertadas. Seus sacerdotes o aqueciam de tal modo que se tornava vermelho, trazendo assim a atenção de seus adoradores.”

No final do reinado de Salomão, o império começou a desintegrar-se ao redor, o antigo cisma entre Israel e Judá começou a ressurgir, a condição de levar o povo de Israel a escravidão, onde Israel tornou-se potencia, trouxe muita riqueza para alguns, para outras escravidão, o estado crescia em poder mais Israel gemia numa opressão sem precedentes.Uns dos motivos foram a tolerância da adoração idolatra, se não a promoção de um sincronismo religioso comandado pelo próprio rei. As muitas esposas e concubinas de Salomão, provavelmente adquiridas através de muitas alianças e negociações, tratadas internacionais e outros, exigiram que ele lhes fizesse um local apropriado para adoração dos outros deuses pagãos, com isso Salomão construiu  altares nos lugares altos e outras instalações de cultos a fim de pacificá-las, como conseqüência, Iahweh o levou a perda do império.

Já perto do fim de seu reinado, Salomão começou a passar por alguns problemas com sua política, Jeroboão, chefe de corvéia das tribos de Jose (1 Reis 11.28, bíblia sagrada versão católica, “Ora, Jeroboão era um jovem enérgico, e Salomão, vendo-o tão laborioso, confiou-lhe a superintendência de todos os trabalhadores da casa de José”), tramou uma rebelião com a ajuda do profeta Aias. A conspiração foi abafada, e Jeroboão forçado a procurar refúgio no Egito.

 

A independência de Edom.

 

Umas das primeiras rupturas do governo de Salomão surgiram no leste do mar morto, na província de Edom, este reino orgulhoso tinha sido conquistado por Davi na primeira metade de seu reino, possivelmente em conexão com as guerras amonitas. “No curso daquela conquista, Joabe programou uma política de genocídio que destruiu a maior parte da população masculina” mais o príncipe Hadade conseguiu escapar. Em sua fuga, passando no deserto nas cidades de Mídia e Parã, Hadade e seus seguidores chegaram ao Egito, onde encontraram refugio, provavelmente sobre a proteção de faraó Amenemope. “Hadade provavelmente não alcançou idade para se casar até o reinado de Siamum (faraó) e é provável que tenha se casado com a cunhada deste (1 Reis 11.19, bíblia sagrada versão católica, “Hadad ganhou a simpatia do faraó, que lhe deu por mulher sua cunhada, irmã da rainha Tafnes”). Se isto estiver correto, percebe-se a ironia de Siamum ao dar sua filha como esposa a Salomão, e sua cunhada para Hadade, o maior inimigo de Israel.” Foi bem no inicio do reinado de Salomão, que Hadade retornou para Edom, pois a noticia da morte de Davi e Joabe o incentivou a voltar. Hadade foi astucioso, esperou o melhor momento, isso se deu por volta de 30 anos, quando Salomão já se encontrava velho, junto com outros adversários de Salomão, para reivindicar a independência. “A extensão reconquistada pelos edomitas não está clara, pois a próxima vez em que são mencionados (cerca de setenta e cinco anos depois) aparece vivendo sob um fraco controle imposto por Jeosafá, rei de Judá (1 Reis 22.47).”

Rezim de Damasco.

 

Outra fonte de dificuldade externa para o reinado de Salomão era Rezim de Damasco, depois que Davi venceu o rei de Zobá, Rezim que era vassalo, ganhou forças e estabeleceu seu próprio domínio em Damasco, onde teoricamente Damasco era uma província de Israel sob o comando de Salomão ate o final de sua vida, logo após a morte de Salomão, Rezim tirou a cidade de Damasco de sob controle de Israel.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

 

Brigth, Jhon. A História de Israel. Editora Paulus.

MERRILL, Eugene H. Historia de Israel no Antigo Testamento. Editora CPAD.

FARIA, Jacir de Freitas (org.).Historia de Israel e as Pesquisas Recentes. Editora Vozes, 2º Edição.

KESSLER, Rainer. Historia Social do Antigo Israel.

PEDRO, Antonio. Historia Antiga e Medieval, Editora Moderna, 1º Edição.

CARDOSO, Ciro Flamarions. Antiguidade Oriental- Política e Religião. Editora Contexto.

CONNER, Kevin J. Os segredos do Templo de Salomão. São Paulo. Editora Atos, 2005.

MESQUITA, Antonio Neves de. Estudos nos Livros de Reis. 3º Edição, Rio de Janeiro, Editora JUERP, 1983.