O governo de Getúlio Vargas.
Por Edjar Dias de Vasconcelos | 02/05/2013 | HistóriaGoverno de Vargas.
O presidente Getúlio Dornelles Vargas, nasceu em 19-4-1882 e morreu em 24-8-1954, foi presidente do Brasil em dois mandatos dos anos de 1930 a 1945 e de 1951 a 1954.
Dos anos 1937 a 1945 implantou na política brasileira que denominamos de Estado Novo, uma fase de ditadura institucional.
Seu governo foi definido pela ideologia nacionalista, fundamentado no populismo como base de sustentação política.
Governo autoritário usava do povo para governar de forma não democrática, fechou o congresso em 1937, logo em seguida estabeleceu o Estado Novo.
Sua forma de governar, controladora autocrática, tinha o poder em suas mãos. Não respeitava o congresso por considerá-lo de direita e golpista.
Para eliminar a oposição direitista, criou o departamento de imprensa, com a finalidade de fazer propaganda do próprio governo, proibia qualquer tipo de manifestação que fosse contrária ao seu governo.
Perseguiu todas as formas de oposição, sobretudo, se fosse partidária do socialismo, portanto, era um governo que combatia a direita, no entanto, era de direita também, em diversos aspectos.
Com grande base populista, fingia que era defensor da classe trabalhadora transformou em mito operário, um populismo de caráter de defesa ao culto a personalidade.
Atendendo ao desenvolvimento industrial do Brasil fez grandes realizações que agradaram profundamente aos operários, criou a Justiça do Trabalho no ano de 1939.
O que levou a ele ao mais absoluto populismo foi à criação de vários direitos trabalhistas, criando uma ideologia como se fosse o pai dos pobres.
O estabelecimento do salário mínino, antes não existia salário estabelecido, o patrão pagava ao operário o que bem interessava, o estabelecimento das leis do trabalho, a pessoa trabalhava de 12 a 14 horas por dia, relações de trabalho ainda de escravidão.
Foi estabelecido que operário pudesse trabalhar apenas 48 horas por semana, carteira profissional e férias remuneradas.
O conjunto dessas medidas levou Vargas aos braços dos operários, tornando muito poderoso politicamente e provocando uma reação aristocrática, o que foi posteriormente responsável pelo seu suicídio.
O governo de Vargas fez fortes investimentos na área de infraestrutura: criou a Companhia Siderúrgica Nacional do Vale do Rio do Doce, empresa nacional que cumpria o papel de estratégia para o desenvolvimento nacional, privatizada nos últimos anos por interesses de grandes grupos econômicos.
Criou também a Companhia Hidrelétrica do Vale do São Francisco. Por último o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. No ano de 1945, populista como era ele, a elite para conseguir tirá-lo do poder deu um golpe militar.
Entretanto, continuava poderoso, eleito em 1950 a presidente da República, pelo caminho da democracia, com os votos exatamente da classe operária.
Nesse segundo período do seu governo, continuou desenvolvendo uma política nacionalista criou uma campanha que o petróleo é nosso.
Queria com isso impedir a exploração desse produto por empresas estrangeiras. Essa campanha resultou exatamente na criação da Petrobrás uma das maiores empresas do mundo.
No ano de 1954, a direita brasileira, formulou o segundo golpe contra o governo de Vargas, ao perceber que ele era invencível nas urnas.
O primeiro instrumento usado para derrubar Getulio foi o instrumento da crítica pela imprensa, a direita sempre comportou dessa forma no Brasil.
Os militares também estavam contra Getúlio, por achar que ele governava dando muito atenção aos operários, a situação econômica do país não estava boa.
Aconteceu uma forte união da imprensa controlada pela burguesia, com a classe política, e o militarismo, o ideal da burguesia brasileira era depor o governo de Getúlio, desenvolver o capitalismo exclusivamente para seus interesses, exatamente o que se realizou.
Cercado de todas as formas, o proletariado fraco para uma possível reação, ele entendendo o momento da história e não percebendo saída, em agosto de 1954, se matou dando um tiro no peito.
Mas o populismo só foi de fato extinto com o governo da ditadura militar a partir de 1964, com um golpe de Estado elaborado pela burguesia antidemocrática.
Edjar Dias de Vasconcelos.