O GADARENO DE MINAS
Por Paulo de Aragão Lins | 25/05/2009 | ContosO GADARENO
DE MINAS
Em Uberlândia, no triângulo mineiro, preguei sobre o endemoninhado gadareno e citei algo que é muito divulgado, principalmente entre os pregadores americanos - que os gadarenos eram judeus que criavam porcos e eles mesmos não os comiam, mas vendiam-nos aos gentios para que eles comessem.
Falei que isto era o cúmulo da hipocrisia. Não usar, mas vender para que outros usassem. Emendei falando sobre crentes que são donos de bares ou até mesmo de lanchonetes ou restaurantes que não bebem, mas vendem bebidas alcoólicas para os incrédulos.
Ao terminar o culto uma irmã me procurou e pediu-me para fazer uma visita à sua casa para conversar com seu esposo. Ela disse que ele era um bom crente mas que seu único defeito é que tinha um bar de onde vinha o sustento da família.
Quando conversei com ele, ele me disse que tinha muita vontade de vender o bar e cuidar de outros negócios, mas os tempos estavam difíceis e ninguém queria dar mais do que uma certa quantia que era praticamente a metade do que valia seu bar.
Aconselhei-o a vender mesmo por aquela quantia e nós iríamos orar e pedir a Deus que o orientasse em um novo negócio lícito para um filho de Deus. Ele disse que um homem da cidade era capaz de passar um cheque no valor oferecido até naquela noite mesmo.
Quando voltei à casa do pastor que me hospedava, aquele irmão procurou o interessado e vendeu-lhe imediatamente o bar.
Tempos depois estava em um congresso de pastores e líderes em Ribeirão Preto quando um homem desceu de um carro novo e foi logo dizendo:
- Pastor Paulo, a paz do Senhor! Pastor, eu estou rico, aleluia!
Fiquei um pouco atrapalhado com aquele rompante. Eu não sabia quem era aquele homem, nem sabia porque ele estava dando o relatório de sua atual condição financeira. Como um cristão sincero, falei com ele assim:
- Perdoe-me, irmão, porque eu não vou fingir que lhe conheço. Quem é o senhor?
- Pastor, eu sou aquele irmão de Uberlândia que tinha um bar. O senhor pregou sobre o gadareno e aconselhou-me a vender o bar. Eu vendi o bar naquela mesma noite e fiquei com o dinheiro guardado no banco, esperando a resposta do Senhor. Minha esposa tinha um pequeno negócio de vender salgados. Era muito pequeno mesmo. Ela, então, perguntou-me se eu podia emprestar-lhe algum dinheiro para aumentar seu pequeno negócio. Eu emprestei o dinheiro, ela comprou alguns equipamentos e dentro de pouco tempo devolveu-me o que tinha tomado emprestado. Depois, pediu-me, outra vez, dinheiro emprestado e, agora pediu tudo o que eu tinha no banco. Não tive dúvidas que ali estava trabalhando a mão do Senhor. Passei o dinheiro para suas mãos e ela empregou em seu pequeno fabrico que já estava se tornando médio. Para encurtar a conversa, hoje temos uma grande fábrica de macarrão e de biscoitos. Graças a Deus estamos ricos! Graças a Deus e graças ao senhor, pastor.