O FUNDAMENTO DO ALTAR SAGRADO
Por Pablo Araujo de Carvalho | 26/04/2016 | ReligiãoO FUNDAMENTO DO ALTAR SAGRADO O altar sagrado é o ponto maior de convergência de forças e poderes das Divindades de Deus, e é a partir do altar (conga) de um templo que tudo se inicia, é ali quando nos posicionamos diante do altar é que estamos de frente para Deus (Olorum) e suas Divindades os sagrados Orixás. Todo templo religioso tem no seu altar o ápice simbólico de sua religião, onde se encontra Deus, todas as suas Divindades e todas suas representações simbólicas enquanto culto religioso. A liturgia de todo templo religioso, começa ali, no seu altar sagrado, pois é ali que são assentados e firmados todos os símbolos, imagens e elementos que são ativadores da Fé, da força e do poder no qual a religião se alicerça e se fundamenta. É no altar sagrado que esta assentado Deus e as suas Forças manifestadas como, Anjos, Arcanjos, Devas, Orixás, Santos etc, e que estão representadas por objetos simbólicos nos quais são condensados e energizados com suas vibrações vivas e divinas e a partir desses objetos sacros, são irradiadas a todos os seus fieis, que bastando se posicionar diante do altar e direcionar suas vibrações mentais através de pedidos, votos , preces e orações, para que recebam um fluxo energético direto das divindades a partir das vibrações condensadas e imantadas nos objetos e imagens que compõem o altar sagrado. O altar é montado segundo a ordem ou inspiração superior de um guia ou mentor responsável pela abertura e direção dos trabalhos espirituais no templo religioso, onde ali no altar são fixados e assentados objetos sacros, pois são objetos que foram consagrados a Deus e as divindades regentes do culto religioso. Em geral as religiões, todas sem exceção possuem na sua estrutura religiosa um único Criador de tudo e de todos, responsável pelo mundo manifestado onde tudo tem inicio Nele, pois Tudo é gerado á partir Dele o único e divino Criador o qual chamamos de Deus, Jeova, Olorum, Zeus, etc. Em geral as religiões, todas sem exceção possuem na sua estrutura religiosa Um Deus Supremo e Sua Corte Divina que o Auxiliam como poderes e individualizações Sua, na manutenção e no amparo da criação ( mundo manifestado) e nos seres e criaturas que nelas habitam. Por isso no altar de um templo religioso, sempre a um lugar mais alto ou de mais destaque que simboliza Deus como poder supremo e abaixo desse lugar de destaque suas Divindades ou corte divina, amparando toda Sua criação, no qual também podemos atribuir as suas Divindades como sendo governadores das realidades e planos divinos de Deus e Ele sendo o poder supremo, criador e fonte onde tudo se inicia. Nas religiões em geral os altares são construídos dessa forma com um degrau, um púlpito, ou um espaço diferenciado do restante do templo no qual direcionamos nossa atenção e Fé, ou seja, um norte indicando de onde provem e a partir da onde se manifesta a força e poder assentado no templo. Vamos comentar a composição de um Altar de Umbanda. Pois bem, há um lugar de destaque para Deus que para nós Umbandista também esta acima de tudo e de todos, pois é a partir Dele que tudo se originou. Geralmente o altar ou conga (como é chamado na Umbanda) é feito de base triangular onde no vértice do triangulo ou no seu ponto mais alto, esta a imagem de Oxalá simbolizando como principio divino à Fé, pois é o orixá e o trono regente do mistério da Fé, por onde tudo se origina e tem o seu começo, pois a Fé é o símbolo maior de uma religião e é através dela que a religião ou o corpo religioso se manifesta e se concretiza. Como Deus (Olorum) é o criador incriado, e que a tudo concebe e cria, não conseguimos concebe-lo através de uma imagem, pois como conceber ou caracterizar e dar forma a um poder que criou e gerou tudo e esta em tudo que Criou como poder vivificador. Não conseguimos concebe-lo, senão em partes, pois essa é a única forma de cultua-lo em todas as religiões, pois mesmo sabendo que ele é o Criador que tudo gerou e esta em tudo e em todos e por estar em tudo e em todos, possui todas as formas possíveis, pois Ele é o senhor das Formas que à tudo modelou, por esse motivo que não conseguimos sintetizarmos “algo” que esta em tudo, em uma única forma ou objeto de culto, e é por isso que existem muitas religiões, pois elas são formas de cultuar um poder já individualizado em partes, pois só assim podemos compreende-Lo, pois nossa capacidade nos limita a compreende-Lo em partes, pois a ninguém foi permitido compreende-Lo de forma completa, pois esse Atributo só Ele o nosso divino Criador é possuidor. Sendo assim o Cristianismo O cultua através ou na pessoa do Mestre Jesus e na manifestação do Divino Espírito Santo como a manifestação do espírito santificado detentor do virtuosismo que é por onde Deus se manifesta. No Budismo se Cultua O poder Criador e a Onipotência Divina, na pessoa do Buda ou do mestre Sidartha Gautama, espírito que se santificou, pois tornou-se manifestador das virtudes divinas e fez dela seu caminho e sua verdade, assim como o Mestre Jesus, Sócrates, Zaratustra e tantos outros luminares e profetas que tornaram-se ainda em vida verdadeiros espíritos santificados e manifestadores divinos das virtudes de Deus, pois fizeram das virtudes divinas o seu destino e sua verdade, guiando e conduzindo milhares e milhares de pessoas cuja religiões ou escolas por eles fundadas ou abertas, contribuíram em muito com a evolução da humanidade. O conga ou altar sagrado é em si um portal divino onde nos colocamos de frente para Deus (Olorum) e sua corte divina (os Sagrados Orixas), e a partir do altar recebemos as suas irradiações, vibrações, energias e imantações, fortalecendo assim o nosso espírito e despertando em nossos íntimos as virtudes divinas aonde naturalmente vamos também despertando algumas faculdades mentais ligadas a uma das virtudes ou aspectos divinos que são: (FÉ, AMOR, CONHECIMENTO, RAZÃO, ORDEM, EVOLUÇÃO E GERAÇÃO) e de forma ordenada passamos a servir Deus a partir de faculdades mentais, manifestadas a partir desses dons e assim vamos sendo preparados de forma inconsciente e depois já despertos vamos assumindo os compromissos e chamamento divino a nós destinados e vamos dando vazão a essa faculdade que se manifestara em nós através de um desses sentidos divinos, nos transformando em pólos atratores, onde muitos se achegarão para receberem irradiações dessas faculdades que visa acelerar a evolução do meio humano. E se trazemos em nós a faculdade do conhecimento no campo da fé ou da religiosidade, nos tornaremos ótimos professores da religião que adotamos e através do conhecimento sempre embasados nas virtudes e preceitos que elevam o espírito, vamos conduzindo aqueles que até nós nos achegam e querem se instruir. E se trazemos em nós a faculdade da Lei no campo da fé ou da religiosidade, Seremos ordenadores das manifestações religiosas, conduzindo aqueles que até nos achegar, de forma a esclarecer as condutas morais e éticas no campo religioso, ordenando todos os aspectos morais da religião para que no corpo religioso não se forme fiéis fanáticos, inescrupulosos, charlatões, etc. É a partir do congá ou altar que tudo se inicia e se manifesta, pois é diante do altar que estamos de frente para Deus e por Ele somos abençoados.