O fim da guerra Fria

Por Cristiane dos Santos Lopes | 20/09/2010 | Educação


Durante a Guerra Fria, o mundo se encontrava bipolarizado, ficando em aberto uma corrida dos EUA e da União Soviética em busca de expandir respectivamente o capitalismo e o socialismo. As áreas de influencias desses países seria as colônias que estariam em processo de descolonização, sendo que sua maior área de intervenção foram o continente africano e asiático. Durante a Guerra Fria, comunistas e capitalistas servem-se dos meios de comunicação e de todas as formas de produção cultural para difundir seus ideais de vida em sociedade.
No pós-guerra, a oposição entre os dois blocos era nítida. No plano militar, a Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) opunha-se ao Pacto de Varsóvia. No plano econômico, enquanto os países europeus organizavam-se para usufruir as vantagens da ajuda norte-americana, por meio do Plano Marshall, os países do Leste Europeu se estruturavam no Conselho de Ajuda Econômica Mútua (Comecom), sob a hegemonia soviética. Nesse período, restava aos demais países escolherem a liderança e o ingresso num dos campos antagônicos. Os não alinhados era considerado os países do terceiro mundo, expressão que estes se denominaram por ficarem neutro diante dessa divisão bipolar do mundo. Constituído pelos países da América Latina, da Ásia, da África, eles preferiram defender os seus próprios interesses, preferindo permanecer neutros na Guerra Fria, ou seja, não queriam estar alinhados nem com o Primeiro Mundo (o bloco liderado pelos Estados Unidos) e nem com o Segundo Mundo (o bloco liderado pela União Soviética). Já que foram, esquecidos entre as excludentes esferas de influência das então duas superpotências que emergiram da Segunda Guerra.
Estes países fizeram seus próprios potentados à custa do aliciamento forçado, clientelismo e do terror contra as populações locais; o nacionalismo e os interesses "locais" substituíram o arcabouço ideológico da Guerra Fria.
O grande palco da disputa entre as duas superpotências os EUA e a União Soviética teria sido o Terceiro Mundo, que ao emergir do processo de descolonização, buscava alcançar a independência política e o desenvolvimento econômico, a maiorias desses países constituíram praticamente o mesmo regime político dos senhores coloniais que os haviam conquistado, poucos países pensaram em mudar o social. Houve uma predominância de regimes militares unido a um extremo nacionalismo, fazendo com que o terceiro mundo sentisse o peso de governos autoritários e populares, ou seja, o colapso do populismo engendrou um tipo de relação política, de caráter autoritário, quando as burguesias abriram mão de certas liberdades para que o Estado, como sujeito da ação social, adotasse um modelo de desenvolvimento que lhes beneficiassem e, ao mesmo tempo, controlasse as massas. O modelo de desenvolvimento "técnico-burocrático" gerou uma crise social sem precedentes. Uma vez que o nacionalismo e o antiimperialismo pediam uma política independente, os estados desejavam se tornar industrializados inspirados no modelo soviético de planejamento centralizado. No entanto, a nova ordem que começou a ser construída após a independência desses países ditos do terceiro mundo não representa uma completa ruptura com o passado. Pelo contrário, só pode ser compreendida a partir dos elementos da velha ordem, que continuam presentes.
A União Soviética, por sua vez, reunia sob liderança o conjunto de países chamados socialistas, que adotavam o sistema de economia planificada. Pertenciam a esse bloco os países da Europa do Leste, alguns países da África e da Ásia, além de cuba (a partir de 1961).
A União Soviética possuía um sistema socialista, baseado na economia planificada, partido único (Partido Comunista), igualdade social e falta de Democracia. Após a Revolução Maoista ocorrida na China, à Coréia sofre pressões para adotar o sistema socialista em todo seu território. A região sul da Coréia resiste e, com o apoio militar dos Estados Unidos, defende seus interesses, outra guerra a do Vietnã, ocorreu entre 1959 e 1975 e contou com a intervenção direta dos EUA e URSS. Os soldados norte-americanos, apesar de todo aparato tecnológico, tiveram dificuldades em enfrentar os soldados vietcongs (apoiados pelos soviéticos) nas florestas tropicais do país, com isso o Vietnã passou a ser socialista.
Fim da Guerra Fria a falta de Democracia, o atraso econômico e a crise nas repúblicas soviéticas acabaram por acelerar a crise do socialismo no final da década de 1980. Em 1989 cai o Muro de Berlim e as duas Alemanhas são reunificadas. No começo da década de 1990, o então presidente da União Soviética Gorbachev começou a acelerar o fim do socialismo naquele país e nos aliados. Com reformas econômicas, acordos com os EUA e mudanças políticas, o sistema foi se enfraquecendo. Era o fim de um Período de embates políticos, ideológicos e militares. O Capitalismo vitorioso, aos poucos, iria sendo implantado nos países socialistas.