O Fim da Família

Por José Nunez | 09/12/2009 | Literatura

O Fim Da Família como a Conhecemos

A industrialização e o consumismo são os causadores da destruição do planeta, e também é o causador da destruição da família, nossos filhos são reflexos dessa cultura com base no consumo.

Apesar de todos os nossos esforços,

Nossos filhos são vítimas dessa nova ordem mundial,

E a educação que busca formar cidadãos para o exercício da cidadania e das virtudes humanas, perdeu para a cultura baseada apenas no consumo e no prazer individual e imediato.

O mais grave dessa formação é o fato de essa geração não ter idéias,

Não ter participação política, é uma geração perdida em consumos de produtos que trouxeram a ilusão de progresso, ilusão sim, basta observar que os valores que realmente trazem o progresso material são os mesmos de sempre, terras e propriedades,

Produtos como celulares, computadores, dvs e muitos outros são a ilusão de progresso da sociedade moderna, basta observar que há barracos em favelas que possuem tvs e outros aparelhos são mais caros que o barraco.

O que dizer da família quando se pensa no casal, hoje o são tão parecidos em seus comportamentos que os dois parecem ser do mesmo sexo, se fossemos defini-los através comportamentos, é o fim da caracterização, que não é uma boa coisa.

A industrialização e o progresso tecnológico inseriu a mulher no mercado de trabalho, dando a essa mulher liberdade financeira, política e social, essa mulher não depende do homem para se sustentar, não são as educadoras de seus filhos, a educação dos filhos foi terceirizada e assim perdemos os valores familiares inclusive o respeito pelos mais velhos pela falta de vínculos familiares e ainda pelo distanciamento que a tecnologia deixou entre as gerações.

A mulher contemporânea é um outro homem dentro de casa ou metade homem e metade mulher, o homem contemporâneo não é diferente é também um pouco homem e um pouco mulher.

A tolerância e a dependência um para com o outro diminui muito em nosso tempo, devido o poder econômico da mulher. Se a homem perde ou piora e sua condição social e a mulher tem mais oportunidades de progresso, é quase normal que ela não suportará esse homem que é menos que ela socialmente. É desse descontentamento virá provavelmente o fim da família já constituída. Estou falando de família constituída a maneira tradicional, e não dos muitas possibilidades de associações que hoje também as denominamos de família.

Sim, é claro que o homem ainda possui o comportamento cafajeste de abandonar mulher e família quando passa a ter uma melhor condição social, é claro que isso ocorre depois de ele ser pego em flagrante.

A mulher é muito mais direta, isso porque não -acionais iguais os homens, a saída da mulher se da quando ela começa a pensar que merece muito mais do que possui naquele momento.

A televisão volta e meia da a noticia de um marido que matou a esposa e os filhos porque não suportou a humilhação resultante do fato de estar desempregado a muito tempo, portanto desmoralizado diante de sua família e sua esposa. Desse homem foi tirado o que seu instinto de macho (sem o sentido pejorativo) sempre afirmou: homem sustenta a casa e mulher educa os filhos. Hoje se fala muito em descaracterização, mas que vemos é uma enorme crise de identidade, a mulher biologicamente e na essência psicológica a mesma mulher de antes da industrialização e da tecnologia, do mesmo modo é o homem, o mesmo ser primitivo com instintos de conquistas. Será que na verdade não conquistamos nada, e tudo não passou de um processo natural, e uma necessidade de um momento, será que na verdade nós homens e mulheres não somos mais vítimas do que réus da historia contemporânea.

J.nunez

O imparcialismo: LITERATURA PARA O NOVO  CONTEXTO