O FILOSOFAR É O PROBLEMA QUE RENOVA O CONCEITO DO ENSINAR E APRENDER

Por Jorge Matias Silva | 08/10/2018 | Educação

O FILOSOFAR É O PROBLEMA QUE RENOVA O CONCEITO DO ENSINAR E APRENDER Podemos inferir que a interação entre o problema e o conceito é o trânsito que possibilita ao aluno, interagir, de forma a procurar uma resposta para convergir, divergir, construir e reconstruir os acontecimentos e os conhecimentos, sócio, histórico e cultural do mundo para o mundo, pensando, dialogando e argumentando de maneira crítica e autônoma, o como é importante saber reconhecer o que é necessário renovar, assimilar, acomodar e adaptar a práxis passada, presente, contemporânea e futura na educação brasileira, na manipulação do objeto a saber, problematizando e conceituando. Diante disto, podemos nos ancorar em grandes autores como Silvio Galo, o qual nos possibilita encontrar proposições filosóficas em busca de significados às repostas a ressignificar como uma atividade em que Gonzalo Armijos, enfatiza como o provocar das incertezas para problematizar o que se conceitua do objeto, a saber, convergindo, divergindo, refletindo e dialogando com o outro e consigo mesmo sobre a realidade do que, do como e do porque de tudo num trânsito em Marcelo Perine, diz que esta no ajuste do aprender e do ensinar a filosofar. Podemos dizer este é o momento, no qual iniciamos a formulação de questionamentos as respostas prontas dentro e fora da sala de aula no dia a dia, não só para comunicação, mas também para formulação e reformulação de conhecimentos. E assim seguir o que se propõe nas Orientações Curriculares Nacionais1 para o ensino médio, dentro de uma relação de compartilhar e interagir com as ideias e experiências, de forma que possibilite tanto o docente como o discente a pensarem e repensarem em qualquer relação como o conhecimento. Com a ressalva de que o docente não seja um simples transmissor de ideias unilaterais, mas que assuma o papel de mediador, ou seja, o agente a estimular ação e reação do discente no sentido de que ele passe a pensar por si só, deforma a evidenciar que o 1 Disponível em. < http://portal.mec.gov.br/programa-saude-da-escola/195-secretarias-112877938/sebeducacao-basica-2007048997/13558-politicas-de-ensino-medio>. Acesso em 10 de agosto de 2018. ...ensinar filosofia é um exercício de apelo à diversidade, ao perspectivismo; é um exercício fundamental para a existência humana; é uma abertura ao risco, de busca da criatividade, de um pensamento sempre fresco, é um exercício da pergunta e da desconfiança da resposta fácil. (GALLO, p. 209, 2014). É o não fixar métodos, mas sim o diversificar no sequenciamento de interrogações atrelado as mais variadas áreas do conhecimento, a possibilitar que o discente transforme a realidade do que se enuncia, “... não apenas como um conjunto de conhecimentos historicamente produzidos...” (SAVATER apud GALLO, p.207, 2014), mas como uma necessidade de conhecer a razão deste. E Aprender (...) dessa maneira é entrar numa tradição viva, não de pensamentos confiados a livros guardados em bibliotecas, mas de (...) compreender a realidade e a si mesmo num discurso que responda as exigências da racionalidade e universalidade (...) ativa e direta... (PERINE, p.153-154, 2014) Para possibilitar que se pratique a compreensão e o entendimento de algo que agora sabe desconhecer, assumindo que é necessário saber que não se sabe o deveria em sua profundidade, analisando o que advém do passado para conceituar o presente de forma constituir o futuro a ser pensando. Uma vez que problematize esta relação é permitido ascender perante as percepções imediatas e irrefletidas, assumindo assim a condição racional de protagonista, compilando conhecimentos. Para tanto se torna necessário filosofar em busca de fatos contingentes do mundo, impelindo as percepções imediatas e infletidas, desafiando significativamente o que lhe é imposto como verdade absoluta. É Um problematizar-se que tem a ver com algo que vai além de nossa relação imediata e passageira com as coisas e as pessoas (...) com questões que não podemos resolver de uma forma prática imediata ou de um modo empírico. (ARMIJOS, p. 196, 2014). Envolve o posicionamento a assimilar, acomodar e adaptar pela incessante vontade do indagar as diversas proposições pelo estimulo de duvidas e de incertezas, as quais possibilitam a representatividade mental de um objeto abstrato ou concreto sobre seus distintos aspectos sobre a realidade. É o investigar o próprio pensamento em todas as suas singularidades, refletindo que o conceito esta para o problema, como o problema esta para ele. Portanto é possível dizer que ...ensinar a filosofar talvez não consista em outra coisa que em provocar no estudante dúvidas que o motivem a se problematizar e tentar, por si mesmo, e no diálogo como os outros e com a tradição, sair da situação de ignorância em que se descobriu. (ARMIJOS, p. 203, 2014) É um processo a proporcionar o filosofar sobre o conhecimento de mundo para o mundo, dentro e fora da sala de aula, permitindo que se rememore e questione suas ações no universo para significar o que resinificar filosoficamente. E é na escola através de seus profissionais que se deve motivar a pratica do filosofar, extraindo o aprendente da mera reprodução e da passividade, para que ele possa trilhar o seu próprio caminho, a exercitar e buscar o saber que não pertence a ninguém, criando, renovando, acrescendo e extraindo os motivos, as razões e causas em suas origens. Com isto podemos dizer que a motivação filosófica deve ser vista como um dos principais mecanismos a predispor o aluno a ficar interessado em sequenciar seus estudos aprendendo o que aprender a significar e ressignificar sobre o que é lhe é ensinado e ao professor mediar o aprender que deve problematizar e conceituar o que lhe é ensinado, é a reciproca interativa junto ao objeto que pode modificar nosso comportamento em um ambiente a quebrar os entraves ligados a passividade humana. FONTE BIBLIOGRAFICA: Armijos, Gonzalo, O ensino de Filosofia e a “situação-problema, p. 195-204”. Disponível em < https://fl.uab.unifesp.br/mod/page/view.php?id=161>. acessado em 27 de julho de 2018. Gallo, Silvio. O ensino de filosofia e o pensamento conceitual, p. 205-214. Disponível em < https://fl.uab.unifesp.br/mod/page/view.php?id=161>. acessadas em 27 de julho de 2018. Perine, Marcelo. Aprendendo e ensinado a filosofar. .p145-156>. Disponível em < https://fl.uab.unifesp.br/mod/page/view.php?id=161>. acessado em 27 de julho de 2018.

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