O filho que nunca tive

O filho que nunca tive
Caroline Gomes
O mês de maio é um mês muito carinhoso, afinal de contas é o mês das mães. Em todo segundo domingo de todo mês de maio de todo ano, milhares de filhos presenteiam suas mães e dizem que as amam.Mas, e os filhos que não tem mãe? Não estou falando dos que perderam suas mães, mas sim daqueles que um dia foram rejeitados pelas mulheres que mais amariam. E as mães que ainda não tem filhos?
Neste momento tão maternal me pego pensando: Como deve ser para mães e filhos que esperam nas imensas filas de adoção?
Afinal, adoção vai além do desejo de adotar uma criança e da permissão legal para isso. Uma mãe que se dispõe a adotar uma criança precisa ama - lá mais do que se fosse sua geradora, pois vai amar alguém, que nem saiu dela, como se tivesse saído.
O amor materno é algo inexplicável, o amor adotivo é mais: é mágico.É por isso que me entristeço ao ver tantas crianças precisando de uma mãe e tantas mães precisando de um filho sem poderem ter.
Sei que o processo é lento para a segurança da própria criança, mas no tempo que ela espera ela fica mais velha e menos desejável a um casal que prefere uma criança menor. Concordo que os casais não devem tratar os orfanatos como supermercados de crianças, onde você vai na prateleira e escolhe, mas se eles podem escolher um tipo ( ou biótipo) com o qual melhor se adaptem porque não deixar eles escolherem?
A pouco tempo o sistema de adoção brasileiro foi modificado para tornar o processo de adoção mais rápido- mas infelizmente ainda não é o suficiente.Espero que as modificações tenham melhor resultado com o tempo.Para que em futuro próximo todas essas mães possam receber de seus filhos um :"FELIZ DIA DAS MÃES, TE AMO MAMÃE".