O FENÔMENO EXISTENCIAL
Por Fernando Rosemberg Patrocínio | 03/09/2016 | FilosofiaIntrodução
Representando 'conjectura existencialista', o presente e.Book (31º. deste autor), dos mais resumidos, pede ao distinto leitor que faça uso do seu bom senso e de sua razão para o entendimento de como é simples fazer-se a prova cabal da existência de Deus, do Espírito imortal, como também como palingenésico, para os aprendizados do Mundo, do Universo, ou, do Multiverso, para culminar-se com o saber dos mais altos cumes da espiritualidade.
Dito saber, em tão altos cumes, tratar-se-á, na verdade, da Sabedoria, pois que estará reunindo Conhecimento e Moralidade, aspecto sublime do Ser que avança, lentamente, para a conquista de sua maior alegria: a de ser feliz em acatar a Vontade do Pai Supremo: alegria maior do filho imortal.
-Ora, como ser feliz na Terra, ou em qualquer outro lugar, com os reclamos egoísticos do nosso orgulho?
-Como ser feliz com a rebeldia que ainda se agita em nossos imponderáveis corações?
Em suma:
-Como ser feliz em não acatando as Normas do Evangelho: Máxime Tradutor da Vontade Divina?
Sua Lei é Simples:
"Amar a Deus acima de todas as coisas e a teu semelhante como a ti mesmo". (Jesus).
Expressando, pois: nosso desequilíbrio em pretender amar a Deus sem amar ao próximo, bem como o de amar ao próximo sem amar a Deus. Mas tal princípio nos revela muito mais, ou seja, que a Dimensão Divina, em precedendo a Tudo: É Plena de Amor e de Misericórdia pelo filho, competindo a ele, pois, liberar-se das amarras do Mundo pelo esforço do mesmo Amor: única forma de nossa mais pronta e mais exata liberação terrena e, portanto, material.
O humilde autor: mui semelhante a ti: Caro Leitor.
Parte 1
HÁ EFEITO SEM CAUSA?
Trataremos, na presente conjectura, tão modesta e tão simples, de algumas questões fundamentais do Ser e, obviamente, de sua perene existencialidade.
E digo existencialidade rimando com imortalidade, pois alguns autores, em equívoco, falam em eternidade do Ser, o que é incorreto, pois que, de eterno, só há um: Deus; e, quanto ao filho, para este, o seu aspecto mais fundamental, é o de sua imortalidade que se estende para todo o sempre de sua existencialidade.
Logo, somos um fato existencial de característica imortal, fato que, por sua vez, decorre da eterna existencialidade divina. E o fato do existir, em termos filosóficos, e, pelo menos para este autor, reduz o que tanto buscamos, em termos de compreensão, quiçá física ou material, do Ser Espírito, que, por tal situação (física ou material), não se define, e daí, nossas dificuldades de se compreendê-Lo já que se situa em plano que nos transcende por sua alta e inconcebível espiritualidade.
Todavia, buscando o cético que em nada crê, nem em Si mesmo e muito menos de um eterno Criador, digo a este que, de modo matematicamente lógico e preciso, "O Livro dos Espíritos" (AK - 1860 - "edição definitiva" - Ide), tem a solução simples para tais problemas que, em síntese notável, dá as seguintes explicações.
Ou seja: provando racionalmente a existência de Deus, encontramos com os sábios do referido livro que:
"Não há efeito sem causa. Procurai a causa de tudo que não é obra do homem, e vossa razão vos responderá". (Opus Cit.).
Expressando, pois, que a Causa de Tudo que não procede do homem, procede da Inteligência Suprema, e, inclusive nós próprios, como Seres de tão perfeita engenharia construtiva que, por sua vez, não sendo obra do próprio homem, há que ser obra de Outrem, exceto se não admitirmos a referida Lei de Causalidade.
E, em se referindo ao sentimento intuitivo que todos carregam em Si mesmos da referida Causa de Tudo, os referidos e sábios Espíritos observam que tal intuição é também a mais autêntica prova do Criador, pois que:
"... de onde lhe viria esse sentimento se ele repousasse sobre nada? É ainda uma conseqüência do princípio de que 'não há efeito sem causa'.". (Opus Cit.).
Notem, por aí, a sabedoria e a simplicidade de tais ensinos! Só duvida de Si mesmo, como Espírito imortal; só duvida de Deus, o Criador, quem quer, por sua livre e espontânea vontade: descrer; pois que, se o homem não dá existência a Si próprio, Alguém o dera; e, no mais fundo de Si mesmo, e, portanto, do seu próprio sentimento, o Homem sabe, e, portanto, crê, em Si como filho de Deus: o Criador.
Todavia, questiona-se:
Por que o filho, que é Espírito, e, portanto, da mesma natureza divina, duvidaria do Pai, o Criador?
A resposta é das mais simples!
Ele só o faz por sua altivez, seu orgulho e sua rebeldia, e, portanto, por nada querer acima de Si, julgando-se, por isto, todo poderoso e suficiente em Tudo, até em menosprezar seu Pai mesmo, Magnânimo Criador.
Mas é relativamente fácil derrocar tal assertiva da suficiência humana. Com efeito, e, como já dito: o homem sabe que não dera existência Si próprio, e, portanto, o que, afinal, O dera? Se o homem físico, e biológico, surgira da água e de algumas proteínas fundamentais, o que o levara a tal estado físico, e biológico, bem como a tal estado de: Homem Inteligente e Consciencial, ou, se o quiserem: Moral e Espiritual?
Só por aí, resolve-se tudo do Homem que, muito além de ser físico e biológico: é Ser, sobretudo: Espiritual, dotado que está de Consciência, de valores intelectuais, axiológicos, éticos e morais.
Dizer que tudo do Homem surge do nada é crer que o nada pode fazer alguma coisa, mas o nada: Nada É, e, portanto, nada pode fazer, o que derruba o sofisma ideológico dos materialistas, cépticos e descrentes do Espírito, quando, por ele mesmo é que nascem, crescem, pensam, laboram, sofrem e choram, sendo o Espírito, pois, nós mesmos, Seres intelectuais e morais, sobrevivente à carcaça física e biológica de nossas experienciações, tão necessárias ao avanço do Cognitivo imortal.
O Espírito, pois, somos Nós mesmos, o Ser indestrutível que estava presente na água e proteínas várias de nossa gênese construtiva, para elaborar, por mecanismos bioplásmáticos (ou perispiríticos), tudo quanto somos de Nós mesmos: organismos complexos que culminam na Consciência, no Espírito que já estava lá:
"Na ontogênese que recapitula a filogênese". (Haeckel).
Logo, respondendo ao título desta parte inicial, é fato científico e matematicamente preciso de que:
"NÃO HÁ EFEITO SEM CAUSA".
E, se o efeito do material e biológico, Consciencial e Espiritual de nós mesmos, não pode ser imputado ao Homem, ou seja: a Si próprio, óbvio que tal efeito há que ser imputado a Outrem, ou seja: a um Criador do Espírito imortal, Ser este que ainda retorna ao Mundo vias palingenésicas, como tantos sábios e estudiosos do tema tem provado sobejamente.
"Logo, não nos comportemos tergiversados às mais elementares Leis já conhecidas do plano antropológico, intelectual e cultural, e sim, aderidos a elas por lógica científica e matemática, espiritual e moral, coisas mesmas do filho em aprendizado constante de Tudo quanto lhe cerca, e inclusive, desse Invisível de Consciência e de Espiritualidade". (FRP).
OS SÁBIOS E O ESPÍRITO
Sabe-se - conquanto algumas falácias - que o Espírito é fato provado e comprovado pelos maiores sábios do Mundo, tais como Crookes, (físico e químico) Lombroso (antropólogo), Crawford (físico), Flammarion (astrônomo), Barret (físico), Bozzano (filósofo), Myers (psicólogo), Geley (biólogo), Valery (engenheiro), Morselli (neurologista), Zollner (astrônomo), Wallace (naturalista), e muitos outros mais.
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