O ESTABELECIMENTO DO ENDOMARKETING NA ÁREA DE TRABALHO VOLUNTÁRIO

Por Estéfani de Melo Borba | 04/12/2016 | Adm

A temática do endomarketing tem importância no trabalho remunerado, mas também no serviço voluntário, sendo assim foi explanada a teoria e diagnosticado a qualidade de comunicação deste ambiente, a qual se compromete este estudo de caso. Na metodologia a parte teórica exposta através de pesquisas bibliográficas com variadas opiniões de autores quanto ao tema, ferramental proposta de maneira quantitativa, com questionário de quinze perguntas com respostas de múltipla escolha; aplicado a um grupo de pessoas frequentadoras dos grupos de crescimento. Será proposto diagnosticar os problemas, causas e efeitos destes a partir de três perguntas, que questionam o nível de conhecimento quanto à: missão, princípios e valor; assim como, investigando os meios de canais de comunicação utilizados e seu prazo de entrega é coerente.  Buscou-se entender se houve algum núcleo de apoio, além do administrativo, para ser base para o círculo de pessoas envolvidas nesta área voluntária. Há altos níveis de satisfação para estes assuntos quando abordados, todavia se entende que há pouco planejamento e estratégia para intensificar o assunto de comunicação interna, que precisa de estrutura para gerar um bom encaminhamento de cada mensagem gerada, como também ter uma boa recepção. Para que haja uma boa recepção é uma necessidade motivar cada indivíduo da área para se prontificar e fazer parte do meio a qual emiti diversas mensagens, resultando como um todo numa boa comunicação interna.

1 INTRODUÇÃO 

Surge nos dias de hoje uma palavra no que se refere à comunicação interna estratégica: o endomarketing determina tornar estável a motivação do funcionário, que em uma nova política é conhecido como cliente estabelecendo novos valores como dignidade, responsabilidade e liberdade de iniciativa.

Conforme Brum (2000, p. 29): 

A empresas que experimentaram trabalhar o seu público interno neste sentido conseguiram muitos resultados, entre eles o tão desejado “marketing intuitivo” praticado por todo funcionário capaz de falar da empresa na qual trabalha com brilho nos olhos. Afinal, “gostar do que faz” não deve ser um ponto de partida, mas um ponto de chegada para todo e qualquer ser humano. 

Todavia existe saliente diferença em trabalhar com empresas privadas, comparado á instituições em que são definidas por um trabalho voluntário. O local escolhido para a pesquisa é uma instituição religiosa, a qual possui várias ramificações de trabalhos voluntários, aonde a área abordada foi a de ensino deste local. A forma que os alicerces do endomarketing se expressam como motivação e a forma que a mensagem é entregue ao receptor gerando a comunicação interna, observados abaixo.

Há um novo sentido que metamorfoseia a forma, que os clientes internos em frente as suas atividades, aonde ao invés de traçar metas requeridas restritas ao serviço, seguem a motivação oriunda de forças interiores, desencadeadas a partir do acionamento da mente e do coração destes; sem deixar de esquecer que os programas que autodesafiadores de seus colaboradores com diferentes funções podendo ser mais motivadores do que apenas oferecer prêmios. (BEKIN, 2004).

  O bem-estar físico referente à estrutura, ambiente e financeiro, ligados aos integrantes de determinado local são de mais fáceis de serem contornados, comparados ao bem-estar psíquico complexo, entretanto solucionável ao pensar a forma que a comunicação interna ocorre como opções, de acordo Brum (2003, p. 28):  

  1. Criar e manter canais de comunicação abertos e diretos para fazer fluir as relações profissionais com clareza de regras, mensagens e papéis;
  2. Respeitar as diferenças existentes entre as pessoas e utilizá-los como fonte de crescimento e não de atrito. 

A informação sempre deve ser enfatizada, por ser considerado produto da comunicação interna, estrategicamente para vincular público interno, com determinada organização, sendo preciso transferir a informação com linguagem simples e cara, resultando numa decodificação lida de maneira rápida e eficaz; quando propiciado pela localização estratégica, e com manutenção junto com apelos visuais sendo expostos pela padronização e periodicidade. (BRUM, 2010). 

Diante deste cenário buscou-se responder a seguinte pergunta de pesquisa: É possível se estabelecer o endomarketing no trabalho voluntário? 

Pensou-se nesta temática para ser abordada, pois se quebra paradigmas, na questão de expor a necessidade de analisar a existência do endomarketing. Neste cenário de trabalho voluntário, analisar a qualidade que esta forma de ação social ocorre, e quando necessário se compromete em incentivar a atitude de investir neste novo ambiente.  

A partir destes fundamentos encontrados no endomarketing, este artigo buscou abordar e expor a realidade e os dilemas carregados, no ramo teórico e no prático; os quais quando se encontram não se neutralizam mais se contestam nos instigando a traçar resoluções cabíveis ao diagnóstico analisado por meio deste estudo.

Este artigo se se comprometeu a expor a realidade da comunicação interna, sobre a ótica dos colaboradores envolvidos no campo de ensino voluntário de uma organização religiosa, explanando as facilidades e dificuldades contidas neste meio, assim como apresentando tópicos de melhoria a este local. Este trabalho procurou diagnosticar o estado comportamental, bem como o nível da qualidade de informação, que se encontra nesta localidade.

Conforme a viabilidade e facilidade ao acesso de informações, fornecida por colaboradores de uma organização religiosa, que possui diversos ramos quanto à área voluntária. Escolheu-se a ramificação de grupos de crescimento, embasado na didática bíblica, denominação dada ao ensino diário, fora das dependências da organização; localizada em Canoas, Rio Grande do Sul, a qual possui mil visitantes dominicais, sendo oitocentos e trinta e um membros, cinquenta grupos de crescimento,  a qual esta  última definição será explorada  mais de perto, para se diagnosticar problemas e aplicar soluções quanto a comunicação interna. 

2 REFERENCIAL TEÓRICO

Neste trabalho se encontra a possibilidade de embasar teoricamente o significado que o endomarketing e as ramificações que este propõe, assim como apresentando o diferencial que este possui ao ser executado. 

2.1 Endomarketing e sua importância quando inserido nas organizações 

Conforme Brum (2008) é preciso no cotidiano conhecer cada indivíduo para transpor a unicidade, e fazer valer o “marketing interno”, que traz á tona o sentido do endomarketing, que é fazer cada pessoa se sentira precisa e necessária. A faceta desta gestão apenas ocorre quando cada humano deste meio é organizado e disposto em seu lugar necessário, como consequência do direcionamento, dos funcionários que carregam motivações que devem ser ligadas a empresa que estes se localizam.

Chiavenato (2009) informa que a eficácia de uma organização é resultado de uma gestão de pessoas, baseada em cooperação mútua entre clientes internos comprometidos em objetivos pessoais e objetivos organizacionais, os quais devem ter como bases processos em sua gestão sendo eles: processo de agregar, de aplicar, de recompensar, de desenvolver, de manter e o de monitorar pessoas, sendo que cada processo tem sua contribuição para que a organização alcance os resultados previstos.

Srour (2012) afirma que organizações devem ser coletivas por responder sistemas sociais, como articular entre seus recursos e relações dinâmicas alcançarem objetivos, por meio de combinarem agentes sócias (pessoas) e recursos, tendo como força motriz a ação social. 

2.1.1 Endomarketing e seus alicerces: Cultura 

França (2009) apresenta-nos o fato de que para ter bons relacionamentos entre empresa e empregado é preciso pensar aspectos: sociais, psíquicos, organizacionais, econômicos, institucionais, políticos e éticos, totalizando a motivação em ambos os lados, trazendo á tona a definição de cultura. Necessita-se entender que cada característica das pessoas, compõe uma cultura, e para se lidar de maneira eficiente é preciso conhecer esta.

Aprendemos com Laraia (2009), que os padrões transmitidos a partir do comportamento definem as culturas, que são sistemas humanas e adaptáveis apresentando como estrutura tecnologias, forma de organização econômica, que em sua essência caracterizam em agrupar-se como diferentes formas envolvidas pelo social e organização política, crenças e práticas religiosas, etc.

Entende-se que as pessoas executam semelhantes funções juntam-se através de aspectos como família, religião, tradição e costumes, gerando novas ramificações de ofício, causando a solução quantitativa que se relaciona conforme funções estabelecidas, que quando executadas necessitam dos demais sendo significante para sociedade (DURKHEIM, 1999). 

Por parte do caráter moral compõe a divisão do trabalho, afirma Parsons (2010), os quais influenciam o trabalho e a sociedade, as pessoas estruturam processos produtivos, que se materializam conforme desenvoltura de personalidades, criando laços entre si comuns na sociedade. 

2.1.2 Comunicação 

Subentende-se com Oliveira, Lima e Monteiro (2011), que comunicação intermedia a gerência inserida nas relações organizacionais, com produção de sentidos que se constrói coletivamente e de forma dinâmica, historicamente comprovada.

A informação deve ser repensada, então a forma que as mensagens são depositadas, os canais que está se compromete a levar, são alguns fatores para se repensar.

Quando a informação se mostra fidedigna ao que se comprometeu em levar e finalizar, tópicos como produtividade, aparecem como consequência de uma boa comunicação quando bem orientados colaboradores, executam bem sua tarefas. 

Chiavenato (2009) sentenciou que fazer tarefas em conjunto é administrar, assim como orienta o fazer, através das pessoas, levando organizações ao ápice. Sensível considera-se a área de gestão de pessoas, pois é dependente da cultura de cada organização e estruturas que a compõe (contextos ambientais, negócio, tecnologia, processos internos e outras variáveis).

Os meios de comunicação transformam a vida social produz mudanças culturais significativas de forma coletiva e individual, diferentes vínculos formam-se com o ser humano e sua organização a partir da força de trabalho; reflete-se como há a inserção dos mesmo que se preocupam em ter lógicas comunicativas, novos modos de funcionamento e estabelecer valores sociais.

2.2 Papel das gerências

Bourdieu (2009) diz que relações simbólicas de poder  se disseminam quando os indivíduos são envolvidos e as exercem sem perceberem a partir de instituições, símbolos e práticas sociais, que acabam sendo instrumentos sociais o qual com consenso,  reproduzindo dominância da ordem social que fidelizam cooperadores mesmo sem perceberem. Este deve ser um dos papéis das gerências, que devem discernir adversos aspectos competidos ás pessoas.

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