O DRAMA DOS JOVENS TAILANDESES
Por FRANCISCO SILVA JÚNIOR | 12/07/2018 | LiteraturaI
Dentre as grandes batalhas
Que o mundo testemunhou
De longe nenhuma delas
Despertou tanto clamor
Treze vidas encarceradas
Famílias desesperadas
Dos jovens e do treinador
II
Dia vinte e três de junho
Saíram para explorar
Uma Caverna na Tailândia
Fronteira com Mianmar
Uma chuva inesperada
Transforma toda empreitada
Num drama de apavorar
III
Rapidamente a caverna
Começou a inundar
Fugindo desesperados
Tentando as vidas salvar
Pro fundo do precipício
Sendo este o único artifício
Que o grupo pode usar
IV
Um espaço bem pequeno
Mil metros abaixo do chão
Medo, agonia, desespero!
E aperto no coração
Famílias desesperadas!
Dos seus filhos separadas
Noticias, não tinha não!
V
Um ambiente hostil
Escuro, ar rarefeito
A comida racionada
Sem poder dormir direito
Exercício de paciência
Pra manter a consciência
Até Deus mostrar seu jeito
VI
Já passados nove dias
Que o grupo desapareceu
Ao subir pra respirar
A surpresa que se deu
Dois heróis mergulhadores
Do ambiente, conhecedores
Aos meninos apareceu
VII
Ressurge a esperança
De um novo rumo tomar
O drama destes guerreiros
Que tavam pra não aguentar
O mundo se uniu em prece
São muitos que se oferecem
Para os meninos ajudar
VIII
Enorme são as dificuldades
Para o grupo resgatar
E neste esforço gigante
Um herói a nos deixar
Sucumbiu na boa ação
Exemplo de um cidadão
Que na vida veio a somar
IX
A equipe entristecida
Com grande consternação
Se unem mais uma vez
E continuam na missão
Levando remédio, comida
A esperança de vida
Que passa de mão em mão
X
Juntos chegam ao consenso
Para à todos resgatar
O tempo é inimigo
A chuva a se aproximar
E num esforço tremendo
Numa luta conta o tempo
Ensina o grupo a nadar
XI
A caverna é enorme
Com passagens diminutas
Água turva e barrenta
Com poucas áreas enxutas
Somente profissionais
De elite, especiais!
Enfrentam as águas fortuitas
XII
Finalmente chega o dia
Da missão executar
Quatro são os escolhidos
Para o resgate iniciar
Com prece do mundo inteiro
Um planejamento certeiro
Voltam ilesos pro seu lar
XIII
Por ser muito cansativo
E logo escurecer
A missão é suspendida
No dia seguinte ocorrer
E o povo em oração
Aperto no coração
Pedindo para não chover
XIV
Segundo dia o resgate
Inicia bem cedinho
Os heróis mergulhadores
Enfrentam o mesmo caminho
Arriscando suas vidas
De forma brava, destemidas!
Com cuidado, devagarzinho.
XV
Afinal são cinco horas
Para chegar na caverna
Mais cinco para voltar
E chegar na área externa
Mais quatro são retirados
Ao hospital são levados
Chegando o fim da espera
XVI
O cansaço toma conta
Mas dali ninguém arreda
E ao chegar o terceiro dia
No túnel o grupo envereda
Com força, determinação
Trabalho de mão em mão
Salvam todos da esparrela
XVII
Alivio em todo planeta
Pela salvação dos meninos
Parecia até que estes jovens
Eram nossos próprios filhos
Lutaram bravamente para viver
Conseguiram a morte vencer
Nossos apelos foram ouvidos
XVIII
O povo juntos, unidos
Em prece, em oração
Torcendo com toda força
Pro sucesso da missão
E os Javalis Selvagens
Com força e com coragem
Mostraram superação
XIV
Que o drama ora vivido
Por este time guerreiro
Sirva para refletirmos
Não nos meter em vespeiro
Deus na sua bonança
Amparou, Trouxe esperança
Nos deixou alvissareiro
XX
A grande lição que fica
E que não dá pra esquecer
Riquezas, bens materiais
Não vale nada pra você
Portanto seja feliz!
Não deixe sua vida num triz
VIVA E DEIXE VIVER!