O DRAMA DO MENINO RHUAN

Por FRANCISCO SILVA JÚNIOR | 18/06/2019 | Literatura

O DRAMA DO MENINO RHUAN

Autor: Francisco Silva Júnior

 

O que esperamos dos pais

É sempre aos filhos proteger.

Dar-lhes carinho, amor, afeto

E até por eles morrer.

O caso que eu vou contar

Por Deus, é de arrepiar!

Machuca a mim e a você.

 

Rhuan Maycon da Silva Castro

Estado do Acre, é natural

Menino alegre e feliz

Levava uma vida normal.

Aos cinco anos de idade

Sequestrado por maldade

Conheceu a face do mal.

 

A mãe Rosana Auri Cândido

Junto com sua companheira

Kacyla Priscila, por nome,

De forma vil e sorrateira

Do pai tirou o garoto

Sem combinar a contra gosto

Cruzou do Acre a fronteira

 

Passaram a se esconder

Em Goias, Distrito Federal

Sem dar notícia a família

Que perdeu contato geral.

Sem notícias os parentes

Mostravam-se descontentes

Não achavam aquilo normal.

 

Começa ali o calvário

Do lindo e meigo menino

Sem conhecer o amor

Traçava-se ali seu destino

Maus tratos, isolamento

No corpo o sofrimento

Por tão cruel desatino.

 

Teve o pênis decepado

De forma vã e cruel

Pela mãe que devia cuidar

E a quem a vida lhe deu!

Não pode um canto existir

Ante ao que vimos aqui

Que abrigue a ela no Céu.

 

Tentando em vão justificar

O horror, e tamanha cena

Disseram que o pequeno Rhuan

Desejava ser uma menina.

Um ato sem precedente

Cometido por uma doente,

Melhor chamar: Assassina!

 

Privado de ir à escola

De ter uma vida normal.

Ao médico não era levado

Até mesmo passando mal!

Um pesadelo constante

Não teve paz um instante

Algo assim, sobrenatural.

 

Não tendo como esconder

A farsa por muito tempo

Juntas em comum acordo

Seu plano sujo, nojento!

Ao Rhuan decidiram matar

E seu corpo esquartejar

Sem remorso ou sentimento.

 

Ao dar a primeira facada

Rhuan de joelhos ficou

Como a pedir por clemência

Não me mate, por favor!

Sem dor e nem piedade

No coração só maldade

A mãe o decapitou.

 

Não contentes com a cena

Do brutal e cruel assassinato

Tentaram ao corpo queimar

Como quem faz um churrasco!

Não tem como descrever

Nominar tão cruel ser

Que já está putrefato.

 

Não dá pra continuar

É muito forte a emoção.

Não me agrada relatar

História tão sem noção.

Mas é preciso mostrar

Que não importa o lugar

Tem gente sem coração.

 

Rhuan hoje está feliz

Pois já cumpriu sua missão.

Pra suportar tamanha dor

Deve ter tido uma razão.

Nem eu, nem você sabemos

Por isso, juntos oremos

Rhuan, paz no seu coração.

 

Referência: https://revista.painelpolitico.com/o-drama-do-menino-rhuan-nascido-no-acre-raptado-pela-mae-e-sua-companheira-foi-esquartejado-e-ja-havia-tido-o-penis-decepado-por-ela-ha-um-ano/