"O Drácula diário de todos nós"

Por Clayton Zocarato | 02/02/2013 | Filosofia

“O Drácula diário de todos nós”

Seria enfadonho sublinhar, que diariamente uma grande gleba de pessoas são sugadas por “vampiros” das mais paradoxais estirpes, não sendo necessário nem se quer “dentes pontiagudos” ou uma “capa preta”, para uma justificação de espectro fantasmagórico de repressão filosófica mental em intervir no processo de desenvolvimento de vidas alheias, aos quais são submetidos boa escala dos “homo-sapiens” outrora implementando  devaneios de lucidez do pensar e viver criticamente.

Ponderadamente, “a morte da organicidade” intelectual, progressivamente caminha por uma sucção de valores estéticos e morais, onde o poder da palavra é galardoado por uma regência decadente de demagogias diárias, onde cada “ser comum” ao redor de suas vidas nefastas, se auto-proclama dona  ou dono da verdade, substanciada em concórdias  de alardes mentais, engendrados na carência de permeabilidade idealística.

“O idealismo está sendo sepultado diante dos olhos daqueles que almejam ‘um mundo alternativo de leitura e extrovertido de retórica de reconstrução educativa humanística”, fazendo essa alternativa não culmine no espaço de uma ofuscação de massificação de vicissitudes medíocres, orquestradas por carestias de falta de criatividades mentais concisas de sentido lingüístico e prático.

 Em uma globalização cambaleante de suportes de integrações sociais, fabricam-se “Dráculas” em um cônscio de terror existencial, fazendo com que “indivíduos atomizados” de liberdades argumentativas, contenham na falsa ilusão de “auto-proclamação” de sua “sujeição” “moral e psicológica”, esteja adentrado em um ócio ininterrupto da máxima “socrática” “conhece-te a ti mesmo”.

As migalhas desse “vampirismo filosófico-degenerativo”, ao qual a humanidade passa, submetem-se um campo de ação dimensional, do “morrer mental-pensativo” em nome da dadivosa promulgação de “empatia-neurótica” no quesito, em postergar incidentes soberbos na admoestação referente ao respeito perante o “próximo”.

A tão esgarçada e sonhada condição da eterna juventude, vem em uma acoplagem “da caverna platônica”, lúgubres em esteios de transcendentalismo da razão, na ânsia do brilho eterno da mocidade livre de fronteiras temporais, exterminando etapas da vida, como, conhecimento e amadurecimento, sendo uma “gnose” ao contrário, acrescentando um esquecimento do “invisível” perante os olhos da alma, salientando um condicionamento de enxugamento do “sangue de polivalentes conjugados de intelecto saudáveis de clareza argumentativa”.

A “Pangéia” que nos colocaram em nossa respectiva época da linearidade historiográfica, é um estereótipo de “doença mental-binswangeriana”, com flagelos torpes de autoafirmação, sendo cada um, “dono da sua própria verdade”, camuflados por clivos de consonâncias defrontes estruturas malignas verborrágicas, dissimuladas em limpidez de raciocínios examinadores e de opinião investigativa sucintas.

“O Sherlock Holmes de cada eu, morre ao alvorecer do Drácula Diário da insanidade abismal de supra zumbis de pseudo-intelectuais”, extasiados em orbita de seus delírios de excentricidade, auspiciando uma “morabeza-cientificidade” em si próprio, suplantados a posturas egoístas de traquinagens de argutos prolixos de “ipseidade” degenerativa da “virtus” de “integridade espiritual e moral”.

Os “Dráculas Diários” de todos nós estão ai a soltas nas sociedades, em um pandemônio de ceticismo de confiança na capacidade de renovação serena das “ontologias educativas”, abarcando intrepidamente referentes fenomenológicos de “léxicos” no “como pensar cortês”, distante de amarras alucinantes do “amor a si próprio-egocêntrico”, como um protagonista de evasão de importância diante do sofrimento do próximo.

Todavia o “Drácula” do “coitadinho de carteirinha” assombra nossa civilidade com discursos arraigados de sensibilidade de apreços de redução dirigida ao julgar e pensar nítido de sentido conciliatório de leveza informativa, pois dentro de uma “psicopatologia distorcida”, de medo em professar sua “fé” em retouçar seu livre-arbítrio “mor” de cognição profunda de “labor” de orientação de signos informativos, o “homem-rude” é lançado nos agros do sepultamento de seus sonhos, adentrando em uma “condição humana” desigual, diante dos lapidados espasmos fracionados nas poderosas quimeras de estultos, no limiar das “castas de “capitais” concentrados nas mãos de poucos de “seus semelhantes”.

Não tem a menor importância ficarmos na ratificação ficcional em usarmos “cruzes e espadas”, para a aniquilação do maligno grilhão-sanguinário do “pensar em si próprio”, pois “já” nascemos programados a receber de nossos pais, a mácula combalida de sermos os “Dráculas” e consequentemente, sermos “melhores” em tudo, até conclamando o absurdo de sermos os “melhores entre os piores”, pois “indiretamente” “Vlad Tepes” é um conde, e quem não gosta de usufruir dessa nobiliarquia de averbações de confusões pluralísticas de identidades “bio-antropológicas”, execráveis de paradigmas éticos, acrescentadas em nossas “mentes enfermas” a todo momento.

A solidão do esquecimento ou a tristeza do sucesso passageiro, e seus nocivos efeitos quando ele acaba?

Qual seria o “Drácula” que estremece grande parte da humanidade hoje, além da maldição em alguns casos, de “ser” lembrado constantemente, não usufruindo tão pouco do “esquecimento”?

Vivemos nos abatendo a aceitações do tipo que “de médico e louco todo mundo tem um pouco”, e que tudo é normal, porém o monstro da bondade da “justa rebeldia” em descentralizar insanos organismos de sublevações de sádicos ofícios de psicoses de infestação de carências ideológicas, ainda aterroriza a máquina mortífera do “grande capital”.

O fantástico endurecimento da vida humana, ao alvorecer de ciladas vampirescas do cotidiano atordoante, criadas por “nós próprios”, seria uma “odisséia mefista”, ou a pura banalização da realidade, em que injetamos “novos glóbulos vermelhos de semânticas edipianas” junto a nossos “Dráculas Diários”, alimentando-os como feras famintas, que subitamente nos devoram a passos de tartarugas, como um câncer maligno, nos consumindo de argúcias de mantos sombrios de ciência e compaixão aos diversificados patamares de bizarrices de nosso funesto globo terrestre.

Os nossos “vampiros do cotidiano” anseiam um extermínio de nossas carnes como vermes, perpetuando uma aleivosia de sofrimento agudo, onde tanto a metafísica, quanto o materialismo são arremetidos a escatologias, em constâncias de um parasitismo intelectual construtivo de sentido “lógico – interpretativo”.

Os gêneros de massificação do homem simples colocam a humanidade em perspectivas de escuridão do senso crítico, destinando a um “limbo” somático de frangalhos em torno do conhecimento, fazendo com que haja uma renovação constante de suas “gêneses deficientes” a cada segundo, não cabendo similitudes de rupturas temporais que possam evacuar seus componentes enfermiços de “psicoses” de corpúsculos mentais de validade de vivências filosofias assimétricas de simbolismo expectável de linguagem formativa do “espírito de curiosidade sagaz”.

“Somadas às devidas prudências, “os mortos vivos sociais estão jactando desastres ambulantes” de promoção de uma “fenomenologia” coisificante” que possa elucidar um “cartesianismo coletivo” que preencha o espaço vazio de sublevações de comunicação e expressão da informação com referentes de significação, que favoreçam uma preparação do indivíduo “comum” em torno de suas “chakras”, aliteradas em taciturnos subsídios de mancebos de construção “instrutiva – teórica”, sadia em promover nascimentos de rebentos do saber ilimitados, sem fronteiras de coerção manipulativa.

A estranheza do “acalanto gênero do intelectual ativo”, ornamentado o desencanto com a vida, que caminha a passos largos, rumo a direções nostálgicas em um plebeísmo de tessituras éticas, culminam por regerem partituras de mentalidades paradoxais as tenacidades de uma subjetividade com lampejos de ajudar o próximo.

A morte do sonhar, aquém ao convívio diário com “mortos-vivos” que perambulam, em nossas vistas, subtraindo uma energia de turvos convulsivos de uma violência cíclica, deixando máscaras execráveis da imbecilidade institucionalizada na maioria dos seres humanos, isso ao simples ponto de vista em fazer-se uma ostentação de privilégios em lapidar organelas de cultura erudita, comuta em relacionamentos vazios, sem o sangue vital da sinceridade perante o outro.

Não é necessário mais “presas ou capa vermelha ou preta”, para nosso “vampirismo sagrado de cada dia”, pois, na mesma sintonia de ação, somos alimento e predadores, em um castelo de sincretismo altruísta de querer ser mais sanguinolento um que o outro.

Será que haverá fantasias de “Dráculas” para todos na próxima festa fantasia?

Ou...  Melhor enfatizando, será que precisamos de fantasias ainda?

Tenho pena dos donos das casas de alugueis de trajes exóticos, vão entrar em concordata...