O divórcio nos evangelhos sinóticos: qual a posição de Jesus sobre o assunto, e a sua relevância para sociedade pós-moderna.
Por Claudio José Bezerra de Aguiar | 19/05/2015 | ReligiãoO divórcio nos evangelhos sinóticos: qual a posição de Jesus sobre o assunto, e a sua relevância para sociedade pós-moderna.
Divorce in the synoptic gospels: which the position of Jesus on the subject, and its relevance to post- modern society.
Claudio José Bezerra de Aguiar[1]
Resumo
O divórcio é tratado como algo natural e necessário na atualidade. Muitos cristãos acreditam na Bíblia, mas parecem desconhecer os sinóticos. Estes evangelhos apresentam uma realidade mais dura. Jesus vai mostrar o projeto de Deus, a finalidade do divórcio, e como esta proposta está distante da vontade divina. Os evangelhos mostram que Jesus tem uma mensagem para a igreja contemporânea.
Palavras chaves: Evangelhos sinóticos, Divórcio e Jesus
Abstract
Divorce is treated as something natural and necessary today. Many Christians believe the Bible, but seem unaware the synoptic . These gospels present a harsher reality . Jesus will show the design of God , the purpose of divorce, and how this proposal is far from divine will. The Gospels show that Jesus has a message for the contemporary church.
Key words: Synoptic Gospels, Jesus and Divorce
Introdução
Na sociedade pós- moderna o tema divórcio faz parte do cotidiano. Quase todos os dias os cartórios recebem pessoas para realizar o casamento, na mesma medida recebem pessoas para se divorciarem. Muitas vezes, cidadãos que recém tinham se casado, alguns casos a questão é de meses, outros semanas e alguns até dias. A concepção de casamento está reduzida a simples união de um homem com uma mulher, mas sem nenhum comprometimento um com o outro. O indivíduo escolhe uma mulher e se casa com ela, fica um pouco de tempo e se não houver compatibilidade se divorcia e procura outra para realizar um novo casamento. No mesmo caso a mulher, escolhe um homem, casa-se, se não ocorrer a “combinação de genes”, o divórcio soluciona. Mas como ficam os filhos gerados nestes envolvimentos? Que compreensão de casamento eles terão ao chegar à fase adulta? Que modelo de família eles terão? Que sociedade esta sendo gerada para o futuro? Estas são algumas perguntas que precisam ser respondidas hoje, para trazer alguma solução para as novas gerações.
A pós- modernidade primordialmente se define pelo abandono, ou rejeição do conceito distinguido por modernidade. De acordo com Ayres os valores até então, aceitos como modelos a serem seguidos (liberdade, igualdade social, divisão de poderes políticos e justiça), passam a serrem rejeitados e os “princípios racionais supostamente universais, desenvolvidos na época do iluminismo (razão como princípio do conhecimento, razão como meio para alcançar a paz, verdades absolutas)”, começa a serem tratados com desconfiança. “A filosofia de perfil irracionalista do final do século XIX preparou terreno para a pós-modernidade. Mas a pós-modernidade, propriamente dita, tem origem nas primeiras décadas do século XX, e seu impacto maior ocorreu nas últimas décadas”.[2]
Por influência do pós-modernismo presencia-se uma sociedade incapaz de se posicionar frente aos desafios apresentados (o que é a verdade? quem é certo ou errado? quais são as atitudes corretas de um cidadão?). Ayres confirma que “este tempo é marcado por superficialismo, relativismo, pluralismo e rejeição da verdade absoluta ou mesmo a completa aversão sobre o simples mencionar da verdade”. Não havendo verdade, não existe um padrão às pessoas que lhe sirva de referencial. O que torna cada pessoa juiz das suas próprias ações. De acordo com Miranda, o desconhecido, o estranho são figuras que fazem parte da vida das pessoas nesta época.
O sentimento que a sociedade pós- moderna enfrenta é o da falta de liberdade, ou ao contrario uma liberdade excessiva que não consegue deixa as pessoas totalmente à vontade. A sociedade está contaminada “por uma epidemia silenciosa de insegurança e de angústia”. A proposta “generosa e abundante de definições da realidade”, estão com a aparência de um “shopping bem sortido”, disponibiliza aos sujeitos “maior espaço para sua liberdade, mas, simultaneamente, descarregam sobre ele o difícil ônus de construir sua própria identidade sem lhe oferecer referências sólidas, objetivos comprovados, ideais aceitos pela sociedade que, outrora, lhes garantia honorabilidade e, sobretudo, credibilidade”.[3]
O desafio é mostrar que Deus é o parâmetro que está em falta nesta sociedade. E por isso é preciso mostrar pela sua Palavra, qual o ideal dEle, para este mundo. Assim este artigo se limita aos Evangelhos Sinóticos para apresentar a resposta de Jesus, o filho de Deus, para o assunto divórcio. Sem dúvida a resposta de Jesus surpreende e pode reconstruir paradigmas que estão destruídos acerca do casamento.
1 RAZÃO DO DIVÓRCIO
Para compreensão acerca das Palavras de Jesus sobre o divórcio, se faz necessário passar rapidamente pelas Escrituras e observar o que é o casamento no entendimento bíblico, e encontrar nele, a origem do divórcio. Assim se descobrirá a razão do divórcio e a sua implicação no Novo Testamento. Na sequência se deterá restritamente ao que os evangelhos sinóticos têm a ensinar.
1.1 Casamento nas Escrituras
De acordo com Merrill, os sociólogos fazem uma distinção entre casamento e família. Para eles, o primeiro é “um ato, evento ou mesmo um processo” e o segundo “é uma instituição social.” Mas no geral, o casamento é a junção de duas pessoas de sexo (gênero) oposto que a partir de uma cerimônia passam a viver como marido e mulher. Agora passam a constituir uma família “no qual a natureza humana pode ser treinada e encontrar realização.”[4] A concepção geral condiz com as Escrituras, o problema é que para sociedade moderna este entendimento está ultrapassado e as pessoas estão a procura de novos parâmetro para suas vidas. Razão para observar as Escrituras, e ver os benefícios que ela pode apresentar.
Nas palavras das Escrituras, Deus criou os seres humanos e lhes deu regras, para ao se multiplicarem não se perdessem devido à maldade do seu coração. Um dos parâmetros mais importantes deixados por Deus para humanidade se orientar e lhes ensinar viverem bem, é o casamento. Willmington explica que Deus criou o homem Adão, para gerenciar a terra e cuidar dela. O homem estava a desempenhar bem o seu papel, mas, Deus percebe que o homem não tem ninguém igual a ele para se comunicar e compartilhar seus sentimentos, então Deus institui pela primeira vez o milagre do casamento. Ele concede ao homem uma mulher, retirada da sua própria costela, para ambos se amarem, viverem juntos e em igualdade (Gn 3.20).[5] Para Buckland, o casamento é uma instituição criada por Deus para o bem da humanidade. Destarte, sua origem, de acordo com as Escrituras, está juntamente na criação do mundo (Gn 2.23,24). O que torna o casamento um fator muito sério, ele é uma união divina e as pessoas devem olhar para esta adesão com mais cuidado.[6] Para realçar o valor do casamento, David Dockery vai citar as leis e obrigações dos homens como filhos (amor, obediência e respeito) em relação aos pais, elas entram num segundo plano. O homem ao se comprometer em unir-se a uma mulher, e vise- versa, para cumprir o mandamento deixado por Deus em Gênesis 2.24,[7] devem deixar os compromissos obrigatórios com os pais num segundo plano, para assumir uma união completa com a(o) esposa(o). O que coloca o casamento uma união de envolvimento físico, espiritual e material.[8]
Nas considerações de Tenney, as Escrituras manifestam a criação do casamento como uma união monogâmica entre um homem e uma mulher como “expressão da vontade de Deus.” A poligamia é resultado do pecado do homem, a fim de constar sua natureza depravada, conforme mostra a descendência de Caim. Onde, Lameque se une a duas mulheres, assumindo-as como esposas. Esta é a primeira fez que aparece esta forma de relacionamento. Em total contradição com os ensinamentos existentes da época.[9]
Dockery expõe a contratição desta prática com o plano de Deus ao apresentar as razões pelas quais homem não devia ter mais de uma mulher. Primeiro, o casamento representa a união de amor de Deus com o homem. Se o homem conseguir dividir seu amor entre mais mulheres, o mesmo ele vai realizar com Deus. Segundo, esta união tem por finalidade levar os filhos a conhecerem a Deus e o seu propósito para as pessoas. A poligamia não condiz com o caráter de Deus, porque Ele se intitula como o único Deus, e não está no seu projeto. E por último, o casamento serve para instruir os jovens a viverem em comunidade e como bons cidadãos, além de apresentar aos povos pagãos o modelo do povo de Deus. No entanto, o homem que têm várias mulheres, consequentemente terá vários filhos, tornando difícil dispensar o tempo necessários para educação de cada filho, normalmente será um pai ausente, como no caso de Davi, Salomão, etc. Este tipo de relacionamento era o que existia entres os povos pagãos, assim o povo de Israel não teria diferença como povo de Deus entre as civilizações vizinhas. Para concluir com as palavras do autor o assunto, pode-se afirmar que o casamento representava um compromisso de amor a fim “de levar os filhos a conhecer Deus e seu estilo de vida e de ensiná-los a se tornarem bons cidadãos de Israel, o povo de Deus.”[10]
1.2 Origem do Divórcio
Apesar de Deus instituir o casamento como uma santa união entre os cônjuges, Deus conhecendo a dureza e perversidade do coração humano, por saber que o homem iria quer tomar para si, mais mulheres que o necessário (uma é o suficiente), e desprezaria algumas delas, Ele cria leis que visam proteger os direitos das mulheres, entre elas a carta de divórcio (Ex 21.7-11; Dt 21.14; 22.13-19; 25-30; 24.1-5).[11] “O divórcio é a dissolução legal do casamento enquanto os cônjuges ainda estão vivos. O princípio ético do casamento certamente é contrário a tal dissolução; no entanto, o princípio ético nem sempre é suficiente nas circunstancias reais da vida.” Se o fator que era para ser o clímax da felicidade se tornou em infelicidade, então o recomendável é que a “união infeliz seja dissolvida.”[12] Contudo, nas palavras de Tenney o homem age de astúcia e usa a lei a seu favor. [13]
Buckland descreve que Moisés ao redigir a lei (Dt 22.19,29; e 24.1 a 4) não a colocou de uma maneira muito clara. Para melhor compreensão se apresentará Deuteronômio 24.1-4 na versão Almeida Revista e Atualizada:
1 Quando um homem tomar uma mulher e se casar com ela, se ela não achar graça aos seus olhos, por haver ele encontrado nela coisa vergonhosa, far-lhe-á uma carta de divórcio e lha dará na mão, e a despedirá de sua casa. 2 Se ela, pois, saindo da casa dele, for e se casar com outro homem, 3 e este também a desprezar e, fazendo-lhe carta de divórcio, lha der na mão, e a despedir de sua casa; ou se este último homem, que a tomou para si por mulher, vier a morrer; 4 então seu primeiro marido que a despedira, não poderá tornar a tomá-la por mulher, depois que foi contaminada; pois isso é abominação perante o Senhor. Não farás pecar a terra que o Senhor teu Deus te dá por herança.[14]
Os interpretes da lei, ao analisar a frase “por haver ele encontrado nela coisa vergonhosa,” tiraram suas próprias conclusões, e deduziram que seria qualquer fator que para o esposo fosse motivo de vergonha, perda da beleza, envelhecimento, mulher não caprichosa, etc. O que resultava uma carta de divórcio por razões fúteis.[15] Tenney observa, a lei na forma em que está escrita não impõe nenhuma restrição séria para o divórcio, destarte, por qualquer motivo o homem tinha o direito de abandonar a esposa.[16]
Leonard descreve que, a passagem de Deuteronômio 24 não representa nenhuma benção ou aprovação da parte de Deus em relação ao fim do casamento. Esta passagem é apenas um reconhecimento da prática que era comum entre os israelitas. Este mandamento vem a fim de reduzir a injustiça que era praticada contra as mulheres, por maridos descontentes com suas esposas e por qualquer razão mandavam suas esposas de volta para seus pais. Mas, para evitar que o esposo mais tarde alegasse que sua mulher lhe abandonou, para não precisar devolver o dote (bens que a mulher recebe, e leva para sua nova residência quando se casa), foi instituída a lei do divórcio, para o homen realizar os pagamentos necessários, e a mulher ter uma prova, que foi o marido que a dispensou.[17]
Assim pode-se resumir que a origem do divórcio está nas escrituras do Antigo Testamento, não como um resultado do plano de Deus, mas como um meio de proteção a condição feminina. Destarte, por que no Novo Testamento este tema é mencionado novamente? E o que Jesus responde quando indagado sobre este tema? Para obter as respostas os Evangelhos Sinóticos serão o suficiente.
2 DIVÓRCIO NOS EVANGELHOS SINÓTICOS
2.1 Evangelhos Sinóticos
O Dr. Erich Mauerhofer é um especialista nos escritos do Novo Testamento. Conforme seu depoimento, os evangelhos não podem ser considerados aretalogias (relatos de milagres), nem lecionários (textos de leituras culticas), Nem pode ser comparado ao midrash. Os evangelhos têm um novo propósito, anunciar boas notícias, as boas novas de salvação. O Novo Testamento apresenta quatro evangelhos, Mateus, Marcos, Lucas e João. Mas, apenas os três primeiros apresentam uma similaridade singular. Esta proximidade dos textos destes evangelhos (Mateus, Marcos e Lucas), levou no século XIII Johann Jakob Griesbach a denominá-los como evangelhos sinópticos, devido à necessidade de serem estudados em conjunto, um ao lado do outro. Apenas, colocados nesta forma começam a aparecer a grandes divergências e similaridades, que resultaram em grandes debates por longas datas.[18] Entendido um pouco sobre a questão sinótica, partir-se-á a análise dos textos que tratam sobre o divórcio nos evangelhos.
2.2 Divórcio no Evangelho de Mateus
O emérito professor de exegese do Novo Testamento, Tasker, informa que existem registros suficientes que comprovam a primazia do evangelho de Mateus. Conforme a tradição e os escritos dos pais da igreja este foi o primeiro evangelho a ser escrito. Somente nos últimos séculos é que os críticos relutaram contra está hipótese.[19] No entanto, de acordo com registros antigos, este evangelho foi escrito pelo discípulo de Jesus, Mateus que era cobrador de impostos. A maioria dos estudiosos concordam que foi redigido no período anterior ao ano 70.[20] Um material escrito para judeus e de cunho apologético, como defesa ao messianismo de Cristo, com pauta nos escritos do Antigo Testamento, que constituíam os escritos Sagrados dos judeus e da igreja primitiva.[21] Keener relata que este livro foi escrito provavelmente na “região da Síria-Palestina, porque foi ai que os rabinos exerceram maior influência nos anos de setenta e oitenta do primeiro século.”[22] De acordo com o autor, alguns estudiosos defendem que o evangelho de Marcos já circulava, enquanto o evangelho de Mateus era redigido.[23] Os dados descritos mostram a historicidade do livro, apesar de toda a questão crítica que envolve o evangelho. Destarte, toda problemática não retira a credibilidade das palavras de Jesus. De modo que se delimitará nas palavras contidas em Mateus 19.3-12:
“3. Vieram a ele alguns fariseus e o experimentavam, perguntando: É lícito ao homem repudiar a sua mulher por qualquer motivo? Então respondeu ele: Não tendes lido que o criador desde o princípio, os fez homem e mulher, 5. e que disse: Por esta causa deixará o homem pai e mãe, e se unirá a sua mulher, tornando-se os dois uma só carne? 6. De modo que já não são mais dois, mas uma só carne. Portanto, o que Deus ajuntou, não o separe o homem. 7. Repicaram-lhe: Por que mandou, então, Moisés dar-lhe carta de divórcio, e repudiá-la? 8. Disse-lhes ele: Moisés, por causa da dureza dos vossos corações, vos permitiu repudiar as vossas mulheres; mas, ao princípio, não foi assim. 9. Eu vos digo, porém, que qualquer que repudiar a sua mulher, não sendo por causa de prostituição, e casar com outra, comete adultério; e, o que casar com a repudiada, também comete adultério. 11. Disseram-lhe os seus discípulos: Se assim é a condição do homem, relativamente à mulher, não convém casar. 12. Ele, porém, lhes disse: Nem todos podem receber esta palavra, mas só aqueles a quem foi concedido. 12. Porque há eunucos que assim nasceram do ventre da mãe; e há eunucos que foram castrados pelos homens; e há eunucos que se castraram a si mesmos, por causa do reino dos céus. Quem pode receber isto, receba-o.”[24]
A passagem em questão é denominada por Tasker de “A questão do divórcio.” Beener classifica como “As bases para o divórcio.” Para Bruce são “Os ensinamento de Jesus acerca do casamento e do divórcio.”
Nas palavras de Tasker, este ensinamento de Jesus acontece, logo após ele ter deixado a Galiléia e estar a percorrer a região da Judéia. Momento em que se traziam muitos enfermos pra serem curados por Jesus, e os fariseus para aproveitar a ocasião na tentativa de envergonhar e fazer as pessoas desacreditarem das palavras do mestre, lançam-lhe uma pergunta: “É lícito ao homem repudiar a mulher por qualquer motivo?”[25] Conforme Keener, a pergunta dos fariseus remetia Jesus a uma questão controvertida entre os judeus sobre livro de Deuteronômio. Muitos deles acreditavam que se a mulher fosse infiel ao marido, era permitido o divórcio, outra grande maioria defendia que se “a mulher queimasse a torrada” ou o homem encontrasse outra mulher mais atraente era concedido o repúdio.[26] Para Bruce, a intenção dos fariseus era incitar Jesus a favor de um destes dois grupos, o que com certeza iria gerar muita confusão.[27]Para Ribas, os fariseus queriam que Jesus escolhesse uma das duas posições, porque se ele apoiasse o divórcio, seria uma confirmação que os fariseus estavam certos, se negasse, estaria em contradição com a lei Moisés. Em ambos os lados Jesus ficava numa difícil situação.[28]
Keener averigua que Jesus sabiamente emprega um sistema de interpretação vigente da época, onde se usa um texto para confrontar outro. Jesus retoma o texto da criação, Gênesis 2.24 para comprovar que Deuteronômio era uma “concessão”, um termo bem conhecido entre os rabinos, ele representava “algo que fosse permitido por ser melhor para o controle do pecado do que a completa renúncia a esse controle.” A considerar os propósitos da criação “o divórcio, naturalmente, passa a figurar esta categoria.”[29] Em conformidade com Tasker, Jesus apresenta plano de Deus para criação era, o relacionamento entre homem e mulher. Uma comunhão estável e solidária que garantisse “a felicidade da raça humana.” As tentativas para destruir esta união, quer por promiscuidade sexual, por “ascetismo e celibato forçado”, má utilização dos modos naturais, ou outras formas de desfazer a unidade que Deus planejou, são todas contrárias ao propósito divino.[30]
Ribas irá demonstrar que Jesus está preocupado em apresentar o casamento, enquanto os fariseus estavam interessados no divórcio. As palavras de Jesus demonstram que o casamento foi instituído por Deus para nenhum homem desfazer. No entanto, os homens por interesses comerciais usavam o casamento, na intenção de granjearem mais propriedades. Estes relacionamentos não tinham nenhum consenso com a vontade divina, por isso, estavam fadados a destruição e infelicidade. Para aliviar o sofrimento destas famílias, Moisés institui o divórcio, não como vontade de Deus, mas, como proteção para as mulheres, uma vez utilizadas sexualmente por seus maridos, sem a carta de divórcio, seriam abandonadas, e não teriam outra opção de sustento a não ser a prostituição.[31]
Em síntese, o evangelista Mateus quer mostrar para os seus compatriotas que Jesus, o messias prometido veio para colocar de forma clara a verdadeira vontade de Deus. Muitos dos conceitos que os judeus estavam instituindo como vontade do Pai, estavam na verdade, bem longe do propósito divino. O divórcio estava enquadrado num destes conceitos distorcidos. Jesus não espera uma nova sociedade antidivórcio, seu propósito é mostrar que o casamento deve ser realizado com as finalidades corretas. Quando não ocorre, o casamento perde seu sentido, e o adultério é a comprovação que o casamento, na realidade já não existe. Destarte ser este o único motivo para separação.[32]
2.3 Divórcio no Evangelho de Marcos
Adolf Pohl comenta que, o título deste evangelho, assim como os outros evangelhos, é algo posterior aos costumes dos primeiros cristãos. Não existia a necessidade de intitular os livros com o nome dos autores. Todos conheciam os escritos e sua autoria, nem mesmo o nome do redator, que era costume colocar na apresentação das cartas, nos evangelhos fogem do hábito. Por volta do segundo século, devido aos escritos apócrifos que surgiam, e para terem credibilidade apontavam o nome de um dos apóstolos como autor, viu-se a necessidade de classificar os escritos considerados canônicos, e o dever de designar o verdadeiro autor. Além de facilitar na busca de alguma passagem de acordo com a precisão. Assim se designou o titulo “Evangelho segundo Marcos.”[33]
A maioria dos estudiosos confirmam que este livro foi escrito por João Marcos, e pela quantidade de vezes que o autor esclarece os costumes judaicos, apontam que ele direcionava este escrito para pessoas que não tinham conhecimento destes hábitos, possivelmente á gregos e romanos recém-convertidos ao cristianismo.[34]Sua mensagem é apresentar Jesus como o “Filho do homem” e o “Filho de Deus”, que se tornou servo de todos, a fim de anunciar “uma boa noticia”, que o “Reino de Deus” se havia manifestado trazendo salvação para todas as pessoas que acreditassem.[35]
Neste evangelho Jesus também falará sobre o divórcio, e a passagem em questão está registrada em Marcos 10.2-12:
“2. E, aproximaram-se dele, os fariseus perguntaram-lhe, tentando-o: É lícito ao homem repudiar sua mulher? 3. Mas ele, respondendo, disse-lhes: Que vós mandou Moisés? 4. E eles disseram: Moisés permitiu escrever carta de divórcio, e repudiar. 5. E Jesus, respondendo, disse-lhes: Pela dureza dos vossos corações, vos deixou ele escrito esse mandamento; 6. Porém, desde o princípio da criação, Deus os fez macho e fêmea. 7. Por isso deixará o homem a seu pai e a sua mãe, e unir-se-á a sua mulher, 8. E serão os dois uma só carne: e assim já não serão dois, mas uma só carne. 9. Portanto, o que Deus ajuntou não o separe o homem. 10. E em casa tornaram os discípulos a interrogá-lo, acerca disto mesmo. 11. E ele lhes disse: Qualquer que deixar a sua mulher, e casar com outra, adultera contra ela. 12. E, se a mulher deixar o seu marido, e casar com outro, adultera.”[36]
Para Adolf, esta perícope de trata do “Ensino sobre o casamento.” Jesus anuncia uma boa notícia, a instauração do “Reino de Deus.” Destarte, com essa nova perspectiva, erros poderiam ser cometidos pelos seguidores de Cristo, que estavam inseridos num contexto de libertinagem. A necessidade de se dedicar pelo “Reino”, o abandonar as coisas deste mundo, amar mais a Deus que a esposa, podia levar ao desprezo do aspecto espiritual do casamento. Marcos vai apresentar para seus leitores que na perspectiva do reino de Deus, o casamento é algo sério. Deus o instituiu, e diferente do contexto, ele é para ser inseparável se estiver no propósito do criador.[37]
Dewey percebe que Jesus está a caminho de Jerusalém e a multidão o segue. Como em varias ocasiões, ele aproveita o momento para trazer ensinamentos para seus discípulos. Os fariseus nesta ocasião se apresentam para testá-lo, e lançar alguma acusação contra Jesus.[38]Aos mesmos parâmetros de Mateus, Marcos mostra que eles tentam Jesus em relação à permissão ou não do divórcio. Duas escolas rabínicas predominavam as linhas de interpretações da época, a de Sammai e a e Hillel. A primeira defendia o divórcio apenas em casos vergonhosos, como o adultério. A segunda, e que era a mais aceita, proferia o divórcio por qualquer razão. Jesus para resolver o dilema, lança uma pergunta, “Que vós ordenou Moisés?” Ele coloca a atenção dos ouvintes para a vontade de Deus, não se preocupa com as vantagem que os fariseus querem tirar sobre tal permissão. Ao caso de os fariseus nem reponderem a indagação de Jesus, eles apelam para permissão, não para o mandamento de Moisés. Jesus então apresenta o propósito desta permissão, “Moisés permitiu lavrar carta de divórcio e repudiar. (...) Por causa da dureza do vosso coração.” Destarte, o divórcio não estava no designo original de Deus.[39]
Pohl revela que Marcos quer mostrar para os novos cristãos que o casamento é uma união indissolúvel. Deus criou o homem e a mulher e os uniu formando uma só carne. Uma aritmética diferente, que na soma de um mais um o resultado é um. O propósito de Deus é uma união completa, onde um complementa o outro. A separação marca a rebeldia do homem em querer destruir a boa dádiva dele para os seres humanos. Quando ocorre o adultério, o casamento não existe mais, de modo que o mais conveniente é a separação. Esta era a permissão que Moisés estava a conceder para o povo. No mais, o evangelista quer desmascarar a realidade dos judeus. Eles negavam a poligamia, mas pelo divórcio realizavam a prática de maneira oculta. Jesus faz uma acusação contra aquele povo, ele chama a atenção tanto dos homens como das mulheres. A separação sem um motivo real (adultério) coloca ambos na condição de adúlteros. Os judeus levavam uma vida promiscua e deduziam estarem corretos e o evangelista Marcos, mostra pelas palavras de Jesus que eles não passavam de miseráveis pecadores que precisavam de arrependimento.[40]
2.4 Divórcio no Evangelho de Lucas
O livro de Lucas, mesmo incluso na designação de um evangelho sinótico, tem algumas peculiaridades que o torna diferente dos dois primeiros evangelhos. Em seu início ele apresenta um prólogo que contém informações cruciais para o entendimento do livro.[41] Keener expõe que colocar um prólogo numa obra era costume dos artistas e escritos refinados do mundo grego. Lucas se inclui numa destas grandes obras, aqui ele apresenta todo o seu labor e pesquisa para elaboração deste evangelho. O seu propósito era tornar clara as verdades reveladas acerca do evangelho de Jesus Cristo. Como de costume, no prólogo indicava normalmente o financiador da obra em pauta. Neste caso o “Excelentíssimo”, designação atribuída a alguém a alta classe, “Teófilo”, um nome judeu comum daquele período, que revinifica um evangelho nítido, em vista as varias teorias existentes no mundo romano.[42]
Nas especificações de Evans, a tradição comprova que esta obra literária é dividida em dois volumes, Lucas e Atos dos Apóstolos, e escrita por Lucas o médico e companheiro de Paulo em suas peregrinações. Há fortes indicações que Lucas era um gentio convertido ao cristianismo, que tinha conhecimento da sinagoga judaica e conhecia a septuaginta (tradução grega do Antigo Testamento). Em sua obra concentra sua atenção nas profecias e eventos históricos, razão para não tecer comentários sobre “questões farisaicas.”[43]No entanto, Bruce irá destacar algumas características que formam o livro e o tornam peculiar. Ele vai mostrar que Lucas se trata de um “evangelho universal.” O texto anuncia a mensagem aos judeus, depois para os gentios e posteriormente, na segunda parte da obra(Atos), leva o evangelho até os confins da terra. Um “evangelho da alegria”, pois muitas passagens atribuem a ênfase é alegria, as boas novas são boas novas de alegria. O “evangelho das mulheres”, dos famintos, dos marginalizados e desprezados, do sobre natural, e um evangelho da oração. Todos estes temas são enfáticos no livro de Lucas, o que dá uma forma especial para o evangelho e o torna diferente dos demais evangelhos sinóticos.[44]
Outra característica especial de Lucas é o material reservado para anunciar um tema que nos outros evangelhos foi tratado detalhadamente, em relação a este evangelho. Para abordar o tema do divórcio ele apresentou apenas um versículo (Lc 16.18). Contudo, para compreender a sua proposta é preciso analisar a partir do versículo 14. Lucas 16.14-18:
“14 Os fariseus, que eram avarentos, ouviam tudo isto e o ridicularizavam. 15. Mas Jesus lhes disse: Vós sois os que vos justificais a vós mesmos diante dos homens, mas Deus conhece o vosso coração; pois aquilo que é elevado entre homens é abominação diante de Deus. 16 – A Lei e os Profetas vigoraram até João; desde esse tempo, vem sendo anunciado o evangelho do reino de Deus, e todo homem se esforça por entrar nele. 17 – E é mais fácil passar o céu e a terra do que cair um til sequer da lei. 18 – Quem repudiar sua mulher e casar com outra comete adultério; e aquele que casa com a mulher repudiada pelo marido também comete adultério.”[45]
Leon Morris ao comentar esta passagem, obseva que os fariseus não gostavam das palavras de Jesus. Estes homens eram avarentos e disfarçavam seus pecados na justificativa de riqueza como sinal de aprovação divina. Mas, Jesus desmascara suas intenções ao demonstrar que Deus conhece os corações dos homens. [46] Conforme Bruce, os fariseus se inquietaram com as palavras de Jesus, porque conheciam suas atitudes, sabiam que impressionavam apenas os homens, e Deus jamais poderia ser enganado.[47]
Fritz Rieinecker constata que os fariseus tinham como suas escrituras as “leis e os profetas.” Mas, Jesus lhes anuncia uma nova realidade que eles estavam despercebidos, os seus escritos sagrados duraram até João Batista. Eles estavam preocupados no cumprimento literal da lei, e deixavam os aspectos principais da lei de lado, amor, compaixão a vida. Jesus inquire com suas palavras, não a abolição da lei, mas, o cumprimento na sua integridade. O reino de Deus não se conquista pela parcialidade no cumprimento da lei, mas pela entrega total da pessoa para Deus. Para concluir, uma das distorções das escrituras que os fariseus realizam abertamente, era o divórcio. Lucas mostra todas as controvérsias na prática da lei realizadas pelos fariseus e apresenta como exemplo, a má utilização do divórcio. Este versículo recebe as mesmas observações realizadas nos outros evangelhos. Contudo, a ênfase de Lucas neste texto, estava no emprego incorreto das escrituras. Isto era o que ele desejava apresentar como a verdade sobre o evangelho, que a lei se confirma pela fé e deve ser seguida em consideração todos os seus adendos. O divórcio é um paradigma de erros cometidos que devem ser evitados no novo reino anunciado nos evangelhos. [48]
3 ANÁLISE DOS EVANGELHOS
Após esta breve análise nos evangelhos é perceptível que o que os qualificam como sinóticos são as semelhanças e divergência encontradas, quando colocados lada a lado e analisados. Algumas passagens se tornam peculiar a apenas um dos evangelhos. Outras se destacam em dois. Mas, outras são as que aparecem nos três evangelhos, às vezes no mesmo lugar, ou em pontos diferentes, e ainda com porções maiores e menores.[49] A passagem sobre o divórcio é uma das porções que aparecem nos três evangelhos. Em sua forma escrita, não a divergências, a não ser a porção escrita. No evangelho de Mateus nove versículos são reservados para tratar da questão. Marcos designa dez versículos do seu evangelho para desenvolver o tema. E Lucas apresenta apenas um versículo, com outros quatro que desenvolvem o tema da ganância dos fariseus, mas num contexto geral introduzem os princípios da lei para o divórcio.[50]
Esta divergência se atribui ao objetivo de cada escritor. Mateus está preocupado em mostrar para seus leitores judeus, que Jesus era o messias prometido no Antigo Testamento, e ao tratar sobre o repudio, que demonstrar que o messias veio para anunciar o princípio da vontade de Deus. E para condenar a pratica que era comum entre os judeus, o divórcio. Marcos está anunciando um messias para gregos e romanos. Seu designo é mostrar que Jesus é o servo sofredor que veio para salvar o mais vil pecador. Ao apresentar o tema do divórcio, quer arguir com a cultura dos novos convertidos, destacando a prática como fora da vontade de Deus, e mostra que nem mesmo os judeus, que faziam parte da promessa estavam livres de condenação, se não deixassem suas praticas pecaminosas. E Lucas tem um propósito mais específico, é apresentar a um homem da alta classe, a verdadeira história sobre o evangelho de Jesus Cristo. Por isso seu evangelho é um empreendimento investigativo, ele não está preocupado com minúcias. Sua atenção esta voltada para os principais fatos e relatos sobre o evangelho. Destarte, ao tratar sobre o divórcio sua intenção não é se ater a esta divergência judaica, sua ênfase está em toda a lei que estas má empregada.[51]
Quanto à mensagem, se destaca nas palavras de Jesus, a ênfase de o divórcio não estar no plano divino. Os três evangelhos mostram um grupo de pessoas religiosas preocupadas em mostrar para as pessoas a maneira correta de servir a Deus. No entanto, Jesus vem para mostrar que a atitudes destas pessoas não passa de hipocrisia. Eles servem a Deus na aparência, mas os seus corações estão muito longe de Deus. Eles estão em busca de elogios dos homens, enquanto escondem seus pecados atrás de uma falsa interpretação das Escrituras. Usam a palavra de Deus para encobrirem os seus pecados, está é a mensagem enfática de Lucas. Mateus e Marcos são mais específicos, acusam diretamente a prática de adultério dos judeus religiosos. Eles apontam que estes homens estavam usando a lei de Moisés para encobrir o adultério que estavam cometendo. De um lado diziam abominar a poligamia, mas doutro modo, por carta de divórcio viviam com varias mulheres. Deus criou o casamento para ser indissolúvel, porque nele, Ele iria mostrar o seu grande poder. Mas, os homens criaram meios para quebrar o propósito de Deus, por isso Moisés é obrigado a instituir o divórcio. Os casamentos que os homens realizavam não estavam de acordo com os padrões divinos. Assim, pela cultura a mulher seria a desfavorecida, então Deus permite a separação como um escape e proteção à parte mais fraca no relacionamento.[52]
Por hora, nesta análise pode-se deduzir que existe uma mensagem sobre o divórcio nos sinóticos. Esta mensagem é que o casamento é criação de Deus e indissolúvel, o divórcio é uma estratégia divina secundária, nunca deve ser colocada como primordial como faziam os fariseus, e judeus de sua época.
CONCLUSÃO
Como pode se analisar o casamento é uma instituição sagrada. Deus a criou para alegria das pessoas. Nos evangelhos sinóticos se aprende com Cristo uma lição muito importante, o casamento não foi criado para ser desfeito. Num olhar panorâmico se constata que homem também não foi criado para o pecado. Destarte, tudo que Deus realiza e perfeito e bom. Mas, assim como o homem caiu, foi necessário um novo propósito para restauração. O mesmo acontece com o casamento, o homem sob influência da queda, e pela dureza do seu coração, jamais conseguirá cumprir o plano de Deus, razão de os discípulos de Jesus exclamarem, se está é a condição do homem em relação ao casamento, então é melhor não se casar. É neste ponto que entra a resposta de Jesus, nem todos podem receber esta mensagem, mas, somente aqueles que tiverem entendimento. Jesus quer manifestar, que todos os que compreenderem o princípio da criação devem assim se portar.
Os evangelistas não pretendem que os novos cristãos sejam uma comunidade de pessoas contra o divórcio. Eles almejam pessoas que valorizem o casamento, e o realizem no propósito correto. Deste modo, não há razão para se preocupar com o divórcio. Mesmo assim, eles destacam que Jesus deixa uma margem para a realização da separação, em casos de adultério, traição o divórcio é concebível. Quando este incidente ocorre, está comprovado que não existe mais um casamento neste relacionamento, de modo que não há razões para se continuar nesta farsa. Jesus não condena o divórcio, antes ele defende o casamento.
A acusação de Jesus é contra os cristãos que vivem uma falsa fé. Andam em desconformidade com os propósitos divinos e julgam estar tudo bem. A palavra de Deus condena o adultério, e os cristãos contemporâneos vivem em adultério e pesam estar tudo bem. O divórcio não é plano de Deus. Jesus fez questão de mostrar que repudiar a mulher por qualquer motivo, simplesmente comprova a descrença das pessoas em Deus. Deus constituiu o casamento para alegria e felicidade das pessoas. Ele nos momentos de crise é quem vai realizar o impossível para manter esta união. Estas são as palavras de Jesus, para o homem pode ser impossível viver com outra pessoa sem a possibilidade de se separar, mas para Deus nada é impossível, e ele garante a estabilidade do casamento. As dificuldades não surgem para separar o homem e a mulher, elas são projetos de Deus para o casal se conhecer melhor e aprender a confiar na providência divina. [53]
REFERÊNCIAS
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[1] Mestrando pela Faculdade Batista do Paraná. claudioaguiar7@gmail.com
[2] AYRES, Jonas. A igreja no horizonte pós-moderno. São José dos Pinhais: NAPEC, 2011, p. 4.
[3] MIRANDA, Mário de França. A igreja numa sociedade fragmentada. São Paulo: Edições Loyola, 2006, p264.
[4] TENNEY, Merrill C. et al. Enciclopédia da Bíblia. São Paulo: Cultura Cristã, 2008, p. 976.
[5] WILLMINGTON, H. L. Dicionário de referências bíblicas: como encontrar mais de 6000 assuntos para estudos e mensagens. Rio de Janeiro: CPAD, 2003, p. 36.
[6] BUCKLAND, A. R., et al. Dicionário bíblico universal. São Paulo: VIDA, 1999, p. 85.
[7] “Portanto deixará o varão o seu pai e a sua mãe, e apegar-se-á a sua mulher, e serão ambos uma só carne” Gn 2.24 ARC.
[8] DOCKERY, David S. Manual bíblico vida nova: como encontrar mais de 6000 assuntos para estudos e mensagens. São Paulo: VIDA NOVA, 2001, p. 398.
[9] TENNEY, 2008, p. 977.
[10] DOCKERY, 2001, p. 398- 399.
[11] DOCKERY, 2001, p. 397.
[12] TENNEY, 2008, p. 981.
[13] TENNEY, 2008, p. 982.
[14] Colocar nota da bíblia utilizada
[15] BUCKLAND, 1999, p. 117.
[16] TENNEY, 2008, p. 983.
[17] ARCHER, Gleason Leonard. Enciclopédia de temas bíblicos: respostas as principais dúvidas. São Paulo: Vida, 2002, p. 176.
[18] MAUERHOFER, Erich et al. Uma introdução aos escritos do Novo Testamento. São Paulo: Vida, 2010. p. 67- 100.
[19] TASKER, R. V. G. O evangelho segundo Mateus: introdução e comentário. São Paulo: Vida Nova, 2006, p. 8.
[20] TASKER, 2006, p. 11.
[21] TASKER, 2006, p. 14..
[22] KEENER, Craig S. Comentário bíblico Atos: Novo Testamento. Belo Horizonte: Atos, 2004, p. 41.
[23] KEENER, 2004, p. 41.
[24] Bíblia Sagrada. Versão João Ferreira de Almeida Revista e Atualizada. Barueri: Sociedade Bíblica do Brasil, 1999, cap. 19.
[25] TASKER, 2006, p. 141.
[26] KEENER, 2004, p. 98.
[27] BRUCE, F. F. Comentário Bíblico NVI: Antigo e Novo Testamento. São Paulo: Vida, 2009, p. 1581.
[28] RIBAS, Degmar. Comentário do Novo Testamento: aplicação pessoal. Rio de Janeiro: CPAD, 2010, p. 116.
[29] KEENER, 2004, p. 99.
[30] TASKER, 2006, p. 142.
[31] RIBAS, 2010, p. 117.
[32] TASKER, 2006, p. 144.
[33] POHL, Adolf. Evangelho de Marcos: comentário esperança. Curitiba: editora Evangélica Esperança, 1998, p. 8.
[34] POHL, 1998, p. 11.
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[36]Bíblia Sagrada, 1999, cap. 10.
[37] POHL, 1998, p. 203.
[38] MULHOLLAND, Dewey M. Marcos: introdução e comentário. São Paulo: Vida Nova, 2005, p. 112.
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[40] POHL, 1998, p. 205.
[41] HORSTER, Gerhard. Introdução e síntese do Novo Testamento: comentário esperança. Curitiba: Editora Evangélica Esperança, 1996, p. 25.
[42] KEENER, 2004, p. 195.
[43] EVANS, Craig A. Novo comentário bíblico contemporâneo: Lucas. São Paulo: Vida, 1996, p. 16.
[44] BRUCE, 2009, p. 1639.
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[46] MORRIS, Leon L. O evangelho de Lucas: introdução e comentário. São Paulo: Vida Nova, 2007, p. 00.
[47] BRUCE, 2009, p. 1696.
[48] RIENECKER, Fritz. O evangelho de Lucas: comentário esperança. Curitiba: Editora Evangélica Esperança, 2005, p. 224.
[49] MAUERHOFER, 2010, p. 80.
[50] RIENECKER, 2005, p. 218.
[51] BRUCE, 2009, p. 1494.
[52] BRUCE, 2009, p. 1485.
[53] POHL, 1998, p. 205.