O DIFÍCIL CONTROLE GLICÊMICO DOS PACIENTES DIABÉTICOS EM HEMODIÁLISE

Por Ana Luiza Leão Madeira de Assis | 01/03/2018 | Saúde

RESUMO

A Doença Renal Crônica constitui-se como a complicação mais severa do paciente diabético do tipo 2, além de ser uma das afecções mais comuns em pacientes mal assistidos em todo o mundo. Seu diagnóstico e tratamento precoce influenciam diretamente no melhor prognóstico e qualidade de vida desses pacientes. Objetivo: Nesse sentido, este estudo busca fazer a avaliação do controle glicêmico dos pacientes diabéticos tipo 2 com doença renal crônica estágio 5 que realizam hemodiálise. Métodos: trata-se de um estudo do tipo analítico, transversal de abordagem quantitativa sobre a assistência terapêutica, analisando o acompanhamento e controle do Diabetes Mellitus tipo 2, tratamento, perfil socioeconômico e controle glicêmico. Resultados:  foi obtido uma amostra de 64 pacientes, sendo a grande maioria do sexo masculino, com prevalência de um índice glicêmico elevado maior ou igual a 180 mg/dL. Conclusão: Quando posta em prática, a avaliação destes pacientes, pode-se ter uma melhor visão epidemiológica do tratamento assistencial e prováveis formas de melhoria tanto na sua qualidade de vida, evitando que aquele sujeito venha a apresentar maiores complicações ao longo do seu tratamento

Palavras-chave: Diabetes, Doença Renal Crônica, Hemodiálise.

INTRODUÇÃO

Atualmente, existe uma elevada incidência da Diabetes Mellitus Tipo 2 no Brasil e no Mundo1, e garantir uma assistência qualificada ao portador de diabetes, associada ao monitoramento da complicação renal, significa diminuir, de uma forma racional, a incidência da morbi-mortalidade a este grupo de risco. Essa associação pode ser observada no estudo deVilar2.

A Doença Renal da Diabetes (DRD) em estágio 5 está associada à consequências fisiológicas, psicológicas e sociais negativas, principalmente no que diz respeito à qualidade de vida e independência social3. O paciente pode sofrer privações em diversas áreas, decorrentes do seu estado de vulnerabilidade, o que ocasiona a dependência de uma terapia de substituição renal, comprometendo o rendimento escolar, laboral, bem como a qualidade de vida desses pacientes 1.

Portanto, na tentativa de melhorar o modus vivendi dos pacientes diabéticos em DRD Estágio 5, devem ser feitos controles periódicos da glicemia sérica, bem como da hemoglobina glicada, de modo a avaliar se a conduta adotada para o tratamento da hiperglicemia produz efeitos significativos para o paciente, podendo-se buscar uma melhor visão epidemiológica do tratamento e prováveis formas de melhoria, através da observação e da análise crítica dos serviços prestados ao portador de DRD 4.

Nesse sentido, acredita-se ainda que a avaliação do controle glicêmico prestada aos pacientes em terapia dialítica pode fornecer subsídios para a observação das políticas utilizadas e, caso seja pertinente, proporcionar melhorias para o serviço de assistência 5.

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