O Destino do Pardal

Por Ricardo Tenorio Rodrigues | 27/08/2010 | Poesias

Pobre do pardal
Já nasce com uma predestinação
De sofrer, ser descriminado.
E ser apedrejado

Só lhe resta, porém.
Sua liberdade
Liberdade esta
Que é dolorosa

Pois ele é esquecido
Pela sua falta de beleza
Por sua cor acinzentada
E por sua fama de sujo

Por isso, ele vive tão livre.
Que pena tenho desse pássaro vadio!
Ninguém nunca se importa
Com o seu habitat

Pobre do pardal
Que destino desgraçado
O seu fim é ser morto
Pelo estilingue do garoto.