O destino da fantasia.
Por Edjar Dias de Vasconcelos | 16/07/2012 | PoesiasO Destino da Fantasia.
Existe um destino comum.
Entre as flores e o deserto.
Com o brilho do sol à distância.
Aqui nesse canto de terra perdidamente.
O que devo dizer ao silêncio.
Nada gnóstico ao entendimento.
O mundo não poético da solicitude.
A intuição gongórica destina se ao reino introito.
O que seria o medo da grande possibilidade do auscultar-se.
Além da realização metafísica da destinação lépida.
O que seria o sonho de um desejo no plano da representação.
Apenas um poeta as margens daquilo que nunca deveria ser dito.
Existe um segredo maravilhosamente indistinto, que faz a cada pessoa, não ser ela mesma.
Após essa revelação a outra fala o que poderia não ser descrita.
Um leva giro ideológico sem a perspectiva da dialética oposta.
Teria que lhe dizer o mais absoluto segredo, mas aquele que revelar certamente seria louco.
Pouca cultura para quem é culto esse é o único sinal.
Melancolicamente destina ao que deve ser escondido.
Nada mas natural à inexorabilidade metafórica do silêncio.
Teria que dizer o ato da libação à léria concatenação indesejada.
Entre outra coisa úbera a linguagem contemplativa.
Como se existisse à distância o conceito ético da libertação.
Chego mesmo imaginar, isso aqui será eternamente uma caverna cega.
Platão pelo menos em parte certamente teve alguma razão.
Mas o mundo da miscigenação helênica a mais absoluta alienação.
Nada disso teve algum sentido, reflito dizer silenciosamente.
O que devo dizer não ao silêncio do despertar ancorado ao medo.
Os princípios de uma dialética da terceira exclusão.
Fala-me a distância de tudo isso, uma simples compreensão.
O mundo é apenas o segredo do tempo, da ausência do mesmo e da realização dele.
Dos contextos adversos a ele, das suas mediações complexas.
A vontade de sair dessas circunstâncias, mas o desejo é a mesma revelação.
Por que temos que ser reféns dessa gente, e o poder público ser tão medroso.
Ao ponto de estabelecer de forma indelével a covardia.
Não se pode levedar ao nível crítico a mais intima proposição.
Isso não é proibido, o pecado não tem sentido, o desejo não pode ser permitido.
A ideologia da libertinagem da burguesia e seu anacronismo político.
Esqueçam os deuses, distanciem se das idiotices daqueles e de suas formações errôneas.
A liberdade é sua, apenas do seu direito, não aceite ser escravo.
A pior escravização talvez a única, depois do poder econômico, o mundo das ideias erradas.
Nada disso é certo, garanto lhes a destinação como as tontices.
Libertem se das indicações formais, sem motivo de serem, restam nelas ausências de substancias necessárias.
Uma onda que vai acima da imaginação, o mundo está cheio de loucos e neofascistas, como se fossem defensores da democracia.
Eles não têm neles mesmos, nenhum caráter de humanismo.
Aliás, essa é a pior onda da anti-irracionalidade que o mundo o está construindo.
Gente breca que nunca teve capacidade à solidariedade.
Incrusta se no poder forma se bandos, coletividades organizadas admiradas por um antipovo.
A loucura reina indistintamente.
Edjar Dias de Vasconcelos.