O desleixo da superfície.
Por Edjar Dias de Vasconcelos | 20/12/2012 | PoesiasO desleixo da superfície.
O que é o mundo.
Uma escadaria espetada de estrelas.
Num colorido azul.
Perdidas a distância.
Num imaginação frágil.
Contida na improficuidade da vida.
Definido por um calendário despropositado.
Cheio de gente imbecil definindo verdades.
Transformando a ficção em realidade.
O que é o mundo.
O desleixo da superfície.
O ponto máximo do espalhamento.
Da escada excessiva que rola a baixo.
O caos esquecido das mitologias helênicas.
O ar dispensado os pés no vácuo.
A vastidão dos universos contínuos.
O olhar perdido entropicamente.
O que é tudo isso.
O sobressalto do baralhamento.
A loucura que afina aos líricos.
A sarapilheira de coisa nenhuma.
Um grande segredo.
Cuja natureza é indecifrável.
Apenas uma sabedoria intuitiva.
Profundamente indelével.
Cuja sorte perceptiva.
Antologicamente, percebi.
O que devo revelar.
Aquilo que é inexpressível.
Por ser a distração de uma contra lógica.
Epistemológica.
Que fere profundamente ao mundo.
Contemporâneo.
Mas não existe outra forma de explicação.
Ou entende dessa maneira.
Ou terá como companheira.
A eterna cegueira.
Tive a sorte peremptória.
De entender o único significado.
De tudo isso.
Que é incomunicável.
Não apenas ao senso comum.
Mas, sobretudo, por não ser.
Empírico.
A epistemologia.
A verdadeira realidade.
Ela é incompreensível
Por esse motivo.
O grande segredo.
O mundo terá que ser.
Uma eterna caverna platônica.
Aquele que perceber.
Definitivamente louco.
Mas a percepção.
Da distração.
Melancólica.
Devo dizer aos olhos.
De uma criança.
O sentimento afásico.
A própria alma recente.
O colorido da incompreensão.
O sentido refratário da anterioridade.
A mais indolente ausência.
É de lá que surgiu a intuição.
O que deve ser imaginado.
Imagina-se a ausência de tudo.
Retire dessa ausência.
A notoriedade do tempo.
Entende o vazio contínuo.
Tentando freneticamente.
Inventar a energia.
Na ausência da massa.
Presa ao incompreensível vácuo.
Modelado na natureza do infinito.
Além desse desértico escuro.
A única outra realidade possível.
Seria tão somente o frio.
Além naturalmente do escuro.
Todas essas causas.
Não tiveram causas.
Nem existências reais.
A inexistência desejando.
Ser existência.
Que coisa fascinante.
E por um processo químico.
Da produção do gelo.
Produziu pelo mecanismo.
Da evolução tudo o que existe.
O princípio do primeiro átomo.
E tudo que hoje existe.
A origem remota.
Distante quando a imaginação.
Não teve nenhuma relação de causa.
Muito menos efeito.
Refiro a distancia dessa imaginação.
Percebe-se e entende-se.
Apenas pela intuição.
Edjar Dias de Vasconcelos.